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Por: Museu da Pessoa, 18 de agosto de 2007

Zé Pedreira e o repente da Bahia

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Zé Pedreira e o repente da Bahia

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Sou José Alcântara dos Santos, conhecido como Zé Pedreira. Cresci em Teofilândia até os 20 anos. Ao nascer, não era cidade, era um distrito de Serrinha. Teofilândia ainda é uma cidade pequena, e, quando passou a cidade, não parecia ser cidade. Era a praça, umas três ou quatro ruas, alguns meninos de calça curta e os velhos carregando cabeça de boi do açougue nas costas – inclusive, meu pai. Matavam o boi, eles compravam a cabeça, levavam. Tiravam a carne, pescoço e tudo, e o resto jogavam para os urubus.

Na verdade, nós não tivemos muito tempo para brincar. Porque nós, filhos de agricultores, entramos na vida da agricultura logo cedo. Brincava de futebol de domingo. Apesar de eu ter deficiência física, desfilava no campo com a bola, atuei muito nos campos de várzea, lá na minha região. Eu, sendo o mais velho dos irmãos, mantinha uma certa liderança, não a punho de ferro como os outros. Meu pai, que saudosa memória, que, para mim, continua presente, confiava muito em mim. Se eu viajasse, os trabalhos só andavam mais quando eu aparecia. E eu pegava de igual para igual com o meu pai. Por volta de 63, comecei a fazer as primeiras estrofes. Em 64, comprei a primeira viola. E meti a cara no mundo, cantando. Apareceu um companheiro, cantando de feira em feira. Violeiro é tido como preguiçoso, cantava para ganhar dinheiro mais fácil. Meu pai disse: “Meu filho, e isso presta?” Eu disse: “Um dia, o senhor vai ver se presta.” E ele viveu o suficiente para me ver gravar o primeiro disco, ter programa no rádio AM durante 18 anos. E ele viveu o suficiente para ver se prestava ou não.

Comecei sem ser apaixonado, porque não tinha coragem de enfrentar sozinho só a música. Porque, no começo, as dificuldades para você conseguir as apresentações são terríveis. Eu cantava e trabalhava com aquilo que aparecesse. Com isso, fui levando o barco, e, em 1969, fundaram, foi para o ar a rádio difusora de Serrinha,...

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