P/1 - O senhor pode me dizer o seu nome completo, onde nasceu e a data?
R - Sérgio Gomes Campodarve. Nasci na cidade de São Paulo na data de 22 de março de 1958.
P/1 - O senhor começou a trabalhar na Eneva em que ano?
R - Eu entrei na Eneva em junho de 2006, primeiramente na planta [da usina] de Pecém, e logo em seguida acabei assumindo responsabilidades da planta [da usina] de Itaqui também.
P/1 - O senhor então se mudou de São Paulo pro Ceará, é isso?
R - Na verdade, eu continuo com a minha base familiar em São Paulo, mas tenho dado meu expediente de forma regular não só na sede da companhia, no Rio de Janeiro, mas também no Ceará e no Maranhão.
P/1 - Então o senhor primeiro foi pra planta de Pecém [no Ceará] e depois de Itaqui, aqui no Maranhão.
R - Exatamente. Comecei as minhas atividades na Eneva em junho de 2016, na planta de Pecém, e já em abril de 2017 acumulei, assumi também a planta de Itaqui. Hoje eu sou o diretor responsável pela divisão de carvão da Eneva.
P/1 - Então o senhor está sempre viajando entre Maranhão e Ceará.
R - Sempre viajando entre Maranhão, Ceará e Rio de Janeiro.
P/1 - Quando o senhor teve contato, conhecimento sobre o projeto da Eneva feito aqui na Vila Canaã? Nesse momento também?
R - Eu tive esse contato tão logo eu cheguei na planta, em 2017. Passei a ter conhecimento da história, de tudo o que aconteceu. É sempre motivo de muita alegria e muito orgulho da minha parte falar sobre esse projeto, principalmente e também pelo fato de que ele se mistura com a história da planta de nossa termelétrica de Itaqui e reflete toda uma cultura da nossa companhia. Nenhum projeto pode ser considerado viável sem que a gente tenha, paralelamente a ele, benefícios sociais, ambientais e culturais.
É o que a gente de fato verifica hoje, depois de dez, onze anos. Nós temos uma termelétrica que está disponível para gerar energia a qualquer momento e que tem...
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P/1 - O senhor pode me dizer o seu nome completo, onde nasceu e a data?
R - Sérgio Gomes Campodarve. Nasci na cidade de São Paulo na data de 22 de março de 1958.
P/1 - O senhor começou a trabalhar na Eneva em que ano?
R - Eu entrei na Eneva em junho de 2006, primeiramente na planta [da usina] de Pecém, e logo em seguida acabei assumindo responsabilidades da planta [da usina] de Itaqui também.
P/1 - O senhor então se mudou de São Paulo pro Ceará, é isso?
R - Na verdade, eu continuo com a minha base familiar em São Paulo, mas tenho dado meu expediente de forma regular não só na sede da companhia, no Rio de Janeiro, mas também no Ceará e no Maranhão.
P/1 - Então o senhor primeiro foi pra planta de Pecém [no Ceará] e depois de Itaqui, aqui no Maranhão.
R - Exatamente. Comecei as minhas atividades na Eneva em junho de 2016, na planta de Pecém, e já em abril de 2017 acumulei, assumi também a planta de Itaqui. Hoje eu sou o diretor responsável pela divisão de carvão da Eneva.
P/1 - Então o senhor está sempre viajando entre Maranhão e Ceará.
R - Sempre viajando entre Maranhão, Ceará e Rio de Janeiro.
P/1 - Quando o senhor teve contato, conhecimento sobre o projeto da Eneva feito aqui na Vila Canaã? Nesse momento também?
R - Eu tive esse contato tão logo eu cheguei na planta, em 2017. Passei a ter conhecimento da história, de tudo o que aconteceu. É sempre motivo de muita alegria e muito orgulho da minha parte falar sobre esse projeto, principalmente e também pelo fato de que ele se mistura com a história da planta de nossa termelétrica de Itaqui e reflete toda uma cultura da nossa companhia. Nenhum projeto pode ser considerado viável sem que a gente tenha, paralelamente a ele, benefícios sociais, ambientais e culturais.
É o que a gente de fato verifica hoje, depois de dez, onze anos. Nós temos uma termelétrica que está disponível para gerar energia a qualquer momento e que tem capacidade de geração equivalente a 65% do consumo de energia do Estado do Maranhão, e paralelamente a gente tem uma situação que envolve a Vila Canaã e o polo agrícola, em que 95 famílias foram realocadas, reassentadas.
Essas famílias acabaram tendo uma moradia digna e por ter uma moradia digna se organizaram, reconheceram a importância da capacitação e do conhecimento que a companhia aportou, todo o investimento que a companhia aportou nesse empreendimento, de forma que, com a organização que eles fizeram, acabaram empreendendo, acabaram por criar trabalho e renda pra todo esse grupo. Esse trabalho acabou se tornando sustentável ao longo do tempo; houve uma emancipação de toda essa comunidade e hoje tem toda uma atividade sustentável e que permite que possa desfrutar de emprego e renda, fornecendo seus produtos de forma regular pra toda a comunidade interessada em seus produtos, principalmente as instituições escolares, as universidades, os feirões.
Em última instância, é sempre motivo de muito orgulho falar do projeto da Vila Canaã, é importante falar do polo agrícola. É uma grande referência pra nós, como empresa; uma empresa que se autodesafia a crescer de forma acelerada e que todos os outros empreendimentos em que a Eneva busca investir certamente vão levar a referência desse projeto como uma forma de multiplicar, replicar uma história de sucesso.
P/1 - Vocês pensam muito em usar a história do que foi feito aqui como modelo pra outros empreendimentos?
R - Sem dúvida que sim. Nós somos visitados regularmente pelo presidente da companhia, por toda a diretoria, membros do conselho. Regularmente, as plantas são visitadas por toda a alta administração da companhia e uma das principais coisas que nós abordamos nessas visitas é o legado que aquela planta está deixando para as comunidades no entorno.
Essa é uma história de sucesso que a gente busca replicar. A empresa está investindo em novas usinas de geração de energia elétrica, de prospecção de gás, e naturalmente esse sucesso da Vila Canaã e do polo agrícola está sendo sempre alvo de ser replicado em outros projetos.
P/1 - O senhor acha que é raro ver uma relação entre empresa e comunidade que tenha dado certo dessa forma, com o cuidado e carinho com que [o projeto] foi feito?
R - Eu diria que sim. Acho que isso reflete muito planejamento e muita disposição, principalmente de ter uma relação próxima com o poder público. E tem um monitoramento assistido muito próximo das Defensorias Públicas, do IBAMA também. Requer que a gente tenha uma equipe buscando qualificar fornecedores que possam trazer sua parceria, sua contribuição pra esse projeto; requer envolver as empresas do Sistema S, pra trazer todo o conhecimento pra que possa haver esse protagonismo social que tanto se espera desse tipo de projeto; requer a participação de universidades, com todo o conhecimento que possam trazer, e os projetos de engajamento que a companhia tem, pra poder manter uma comunicação constante, fluida, com as comunidades. Que isso possa ser uma forma de eles reconhecerem valor em todo esse processo e ter a atitude positiva de transformar essa oportunidade em uma realidade de atividade sustentável.
Acho que é um experiência que se mostrou extremamente positiva, mas que requer todo esse conjunto de atividades concorrendo de forma simultânea para que o sucesso possa ser atingido.
P/1 - Como o senhor falou, a vila já entrou em processo de emancipação, mas mesmo assim a Eneva está bastante presente aqui, não é? Ainda continua fazendo ações?
R - Sem dúvida. Tudo nasceu com esse objetivo, de fazer desse movimento um movimento de sucesso. Embora tenha havido a emancipação, o que muito nos alegra - quer dizer, a atividade se tornou sustentável ao longo do tempo - isso não significa que não estamos acompanhando e dando todo o apoio que ainda possa ser importante para abrir portas.
Hoje, o polo agrícola fornece seus produtos de forma regular. O polo se tornou uma grife, acima de tudo. Embora seja sustentável, a gente está sempre buscando acompanhar e dar qualquer apoio que ainda possa ser importante pra que o crescimento do polo como um todo possa não ter limites. Isso é o que a gente sempre busca acompanhar, pra efeito de eternizar esse momento.
P/1 - Tenho só mais duas perguntas. A penúltima é: o que o senhor acha, até pelo que nós percebemos nesses dias aqui, dessa modernização da agricultura? As comunidades aqui vieram de culturas agrícolas bastante rudimentares e agora parece que estão com o que há de mais moderno em tecnologia, na vanguarda de produção. Isso também foi pensado pela Eneva?
R - Nosso compromisso com os benefícios sociais, culturais, também os ambientais, desde o começo do projeto visou a sustentabilidade e o manejo orgânico das culturas. Hoje a gente entende que o sucesso desse empreendimento está fortemente associado ao fato de ser um projeto agroecológico, com manejos sustentáveis o que diferencia bastante os produtos do polo agrícola. Tanto é que essa atividade tem sido premiada de forma recorrente por vários organismos locais, estaduais, bem como nacionais. E esse selo de produto verde, orgânico, certamente é parte de um sucesso inequívoco desse projeto. Desde o começo, ele se mostrou receptivo e aberto a sair do manejo rudimentar pra essa prática muito vinculada à parte orgânica e sustentável. Acho que isso é inevitavelmente parte do processo que trouxe o sucesso do empreendimento como um todo.
P/1 - A última pergunta tem duas partes. Primeiramente, gostaria de perguntar para o senhor o que espera, deseja, planeja para daqui a uns dez, vinte anos pra Vila Canaã. O que o senhor quer ver aqui e nas outras plantas e comunidades que vão ser tocadas pelos projetos da Eneva?
R - O compromisso da nossa companhia em de fato trazer um impacto social, ambiental e cultural nas regiões onde investimos, onde estamos crescendo.
Naturalmente, a base está feita. É o que nós estamos vendo aqui hoje, algum tempo mais tarde: um projeto extremamente positivo, de sucesso, sustentável.
As novas gerações já estão chegando e estão se engajando nessa atividade, entendendo que ela deve ser o seu meio de vida, seu meio de renda, seu emprego. O que a gente de fato espera é ver o crescimento, que a associação [de moradores] continue esse trabalho de entendimento, de tomar decisões conjuntas, num espírito de colaboração mútua, de equipe, e que esse projeto possa crescer, alçar outros meios de suprimento, outras fontes de fornecimento das mercadorias, de forma que a gente possa ver isso tudo se potencializar, se tornar uma espiral positiva pra que possa ser alvo de objetivo das gerações vindouras.
A gente espera é que esse projeto possa ser replicado nos outros investimentos da companhia. Como eu sempre digo, a companhia se autodesafiou a crescer de forma acelerada e projetos de novas plantas estão em curso, certamente virão. Tudo que a gente espera é pode trazer o exemplo da Vila Canaã, do polo agrícola pra ser multiplicado em todos esses outros projetos que a gente vai certamente desenvolver.
É motivo de muita alegria, de muito orgulho, que nos faz transformar esse resultado positivo em algo a ser perpetuado e aprimorado - se é que é possível esse aprimoramento, diante de tanto sucesso que vem sendo atribuído a esse projeto.
P/1 - Muito obrigado pela fala.
R - Eu que agradeço pela oportunidade de dar um pouco do meu depoimento e da minha gratidão de participar desse projeto de tamanho sucesso.
P/1 - Obrigado, Sérgio.
R - Obrigado.
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