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Por: Museu da Pessoa, 22 de setembro de 2004

Uma porta que se abre: de infrator a multiplicador do conhecimento

Esta história contém:

Uma porta que se abre: de infrator a multiplicador do conhecimento

P/1 – Ronaldo, boa tarde! A gente poderia começar com você dizendo o seu nome completo, local e data de nascimento, por favor?R – Ok, boa tarde Danilo. Meu nome é Ronaldo Antônio Miguel Monteiro. Nascido a 5 de abril de 1959, 45 anos. Resido em São Gonçalo, Rio de Janeiro, município de (Frigobor?). Praticamente sou nascido e criado ali em (Frigobor?), estudei naqueles colégios do entorno, Colégio Batista, Instituto de Educação, Plínio Leite, né? Colégio Industrial Henrique Lage e tenho como formação terceiro grau incompleto.P/1 – Uhum.R – Iniciei as faculdades de Educação Física, no Fundão, e Tecnólogo em Processamento de Dados no Lisboa. Essa é meu início de história, né?P/1- Perfeito. Você poderia contar um pouco da sua trajetória até chegar no CDI [Centro de Democratização da Informática]?R – Isso. Olha, nasci em uma família normal, numa família humilde, mas que me proporcionou o direito da educação. Então eu fiz primeiro grau, segundo grau, como todo jovem que sonha, ingressei numa faculdade pública federal, né, por concurso, e me formei em técnico em edificações no Henrique Lage antes de prestar o vestibular. Vim numa trajetória normal, ingressei nas forças armadas e formei-me oficial do exército. Fiquei dez anos como oficial do exército, casado, três filhas, dois netos hoje e há treze anos, atrás por desvio de conduta eu perdi o meu direito de oficialato, fui excluído, fui desligado do exército, preso e condenado a treze anos, ou melhor a vinte e oito anos de reclusão por crimes, entre os quais extorsão mediante sequestro. Foi esse crime que me levou ao cárcere, onde eu fiquei treze anos.P/1 – Uhum.R – Nesses treze anos, logo no início dessa minha caminhada no submundo, lá no submundo do mundo, vou dizer assim, eu tive algumas experiências, né? Entre elas, tive a experiência de iniciar um trabalho de alfabetização com internos, porque o sistema...

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Dados de acervo

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Projeto: Memória CDI

Entrevistado por: Danilo Ferretti

Depoimento de: Ronaldo Antônio Miguel Monteiro

Local: Rio de Janeiro

Data: 22/09/2004

Realização: Instituto Museu da Pessoa

Código: CDI_TM011

Transcrito por: Fabio Lyra

Revisado por: Juliane Roberta Santos Moreira

P/1 – Ronaldo, boa tarde! A gente poderia começar com você dizendo o seu nome completo, local e data de nascimento, por favor?

R – Ok, boa tarde Danilo. Meu nome é Ronaldo Antônio Miguel Monteiro. Nascido a 5 de abril de 1959, 45 anos. Resido em São Gonçalo, Rio de Janeiro, município de (Frigobor?). Praticamente sou nascido e criado ali em (Frigobor?), estudei naqueles colégios do entorno, Colégio Batista, Instituto de Educação, Plínio Leite, né? Colégio Industrial Henrique Lage e tenho como formação terceiro grau incompleto.

P/1 – Uhum.

R – Iniciei as faculdades de Educação Física, no Fundão, e Tecnólogo em Processamento de Dados no Lisboa. Essa é meu início de história, né?

P/1- Perfeito. Você poderia contar um pouco da sua trajetória até chegar no CDI [Centro de Democratização da Informática]?

R – Isso. Olha, nasci em uma família normal, numa família humilde, mas que me proporcionou o direito da educação. Então eu fiz primeiro grau, segundo grau, como todo jovem que sonha, ingressei numa faculdade pública federal, né, por concurso, e me formei em técnico em edificações no Henrique Lage antes de prestar o vestibular. Vim numa trajetória normal, ingressei nas forças armadas e formei-me oficial do exército. Fiquei dez anos como oficial do exército, casado, três filhas, dois netos hoje e há treze anos, atrás por desvio de conduta eu perdi o meu direito de oficialato, fui excluído, fui desligado do exército, preso e condenado a treze anos, ou melhor a vinte e oito anos de reclusão por crimes, entre os quais extorsão mediante sequestro. Foi esse crime que me levou ao cárcere, onde eu fiquei treze anos.

P/1 – Uhum.

R – Nesses...

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