Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 30 de outubro de 2007

Uma luta pelos direitos humanos

Esta história contém:

Uma luta pelos direitos humanos

Vídeo

Meu nome é Ivonete da Silva Souza, e eu completo ano dia 28 de outubro de 1974, tenho 33 anos, nasci aqui em Açailândia do Maranhão. Meu pai se chama Sebastião Pereira de Souza, minha mãe, Luiza da Silva Souza. Eles vieram do Ceará, são cearenses e os pais deles são indígenas. Os dois trabalham com a questão da lavoura, na roça, são agricultores. Minha mãe nunca trabalhava fora, só às vezes na roça, cozinhando pro meu pai pra questão da roça. Minha mãe sempre cuidou de nós. Da casa, nunca trabalhou fora.

A gente morava numa casa ainda de barro, na época, também era de palha, depois fio de barro. Agora, hoje, é uma casa construída, com toda a estrutura que uma casa tem que ter. Mas no início era de palha e pronto. Palha e coberta de barro. Então aqui não era, não tinha. Ele é um dos primeiros habitantes aqui de Açailândia.

Meu avô era puro indígena, já morreu, a minha avó não. Ela é cearense pura, mas meu vô não, era indígena mesmo, casado com uma branca. Teve que sair do convívio social dos indígenas.

A gente, na verdade, brincadeira, como só era mais mulheres, a gente brincava muito de casinha. Como na roça a gente tem privilégio, não tinha carro nem nada, de correr, de brincar de bambolê, de elástico, de cancan, que a gente chama, que é amarelinha, então dessas brincadeira a gente brincava muito. Como tinha muita mulher, então não tinha dificuldade pra brincar.

Quando eu comecei a estudar minha oitava série, eu comecei a ler livro de literatura. Eu comecei a ter o gosto pela leitura, então eu lia muito, muito, muito livro. Eu engolia, comia livro de literatura. É... esses livros de Machado de Assis, eu lia quase todas as coleções dele. Então eu gostava muito disso, de explicar, de ir na frente falar, de explicar as matérias, de conversar com os professores depois que eu fui entendendo mais das coisas. Foi a partir daí que eu comecei a colocar na minha cabeça que eu tinha fazer uma...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Meu pai foi o cara da minha vida
Vídeo Texto

Rubens da Silva Couto

Meu pai foi o cara da minha vida
Entre fios e bordados
Vídeo Texto

Marcelina da Silva Couto Ferreira

Entre fios e bordados
Minha vida na Juréia - Sustentabilidade em pauta
Vídeo Texto
Vídeo Texto

Germano Araújo da Silva

"Eu não vi o século passar, não"

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.