Seu Antônio era uma criança que aprontava muito, gostava de balançar umas bolsas de ração para assustar as mulas, fazendo elas correrem e quem estivesse montado caísse no chão. No período da escola ele apanhava muito de um colega que era maior que ele. Tinha somente uma professora para todas as turmas, que totalizavam em média uns 50 alunos. Contudo na escola ele não aprendia somente os conteúdos e sim as coisas essenciais sobre a vida. Nas comunidades de Entre Rios, São Roque, e São João dos Timbós, tinham jogos de futebol todos os finais de semana, aonde sempre ia para competir com os outros times. Sendo que em Entre Rios ele sempre jogava em um campo ao lado de sua casa. Tinha o sonho de comprar um trator, seus pais não tinham muitas condições, mas em 1970 aos 16 anos eles conseguiram lhe presentear com o seu primeiro trator, que além de ser usado para o trabalho na agricultura era o seu único meio de transporte. Também sonhava em ter um relógio, depois de um tempo conseguiu comprar, mas infelizmente o perdeu. Num certo dia chegou em uma cooperativa, onde um senhor pediu sobre seu relógio, comentando ter visto um igual com outra pessoa, sendo assim ele se dirigiu a loja para pedir seu relógio de volta e o senhor o entregou, sem questionamentos e ele ficou muito feliz em recuperá-lo. Na sua adolescência foi a um baile na sua comunidade, com um carro bem antigo, onde conheceu sua amada esposa com quem vive até os dias de hoje. Seu Totonho, como é mais conhecido, não foi crismado quando criança, porque os padrinhos não compareceram no dia, pois estava chovendo muito, então se crismou quando adulto. Mas lembra de que no dia de sua crisma, levaram um trator para guardar em sua casa, fazia pouco que havia chegado de outra cidade, quando foi retirar o trator do galpão juntamente com o debulhador de milho para verificar as correias, seu filho ligou o trator antes do tempo e ele prendeu seus dedos e teve que amputar um deles. No...
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Seu Antônio era uma criança que aprontava muito, gostava de balançar umas bolsas de ração para assustar as mulas, fazendo elas correrem e quem estivesse montado caísse no chão. No período da escola ele apanhava muito de um colega que era maior que ele. Tinha somente uma professora para todas as turmas, que totalizavam em média uns 50 alunos. Contudo na escola ele não aprendia somente os conteúdos e sim as coisas essenciais sobre a vida. Nas comunidades de Entre Rios, São Roque, e São João dos Timbós, tinham jogos de futebol todos os finais de semana, aonde sempre ia para competir com os outros times. Sendo que em Entre Rios ele sempre jogava em um campo ao lado de sua casa. Tinha o sonho de comprar um trator, seus pais não tinham muitas condições, mas em 1970 aos 16 anos eles conseguiram lhe presentear com o seu primeiro trator, que além de ser usado para o trabalho na agricultura era o seu único meio de transporte. Também sonhava em ter um relógio, depois de um tempo conseguiu comprar, mas infelizmente o perdeu. Num certo dia chegou em uma cooperativa, onde um senhor pediu sobre seu relógio, comentando ter visto um igual com outra pessoa, sendo assim ele se dirigiu a loja para pedir seu relógio de volta e o senhor o entregou, sem questionamentos e ele ficou muito feliz em recuperá-lo. Na sua adolescência foi a um baile na sua comunidade, com um carro bem antigo, onde conheceu sua amada esposa com quem vive até os dias de hoje. Seu Totonho, como é mais conhecido, não foi crismado quando criança, porque os padrinhos não compareceram no dia, pois estava chovendo muito, então se crismou quando adulto. Mas lembra de que no dia de sua crisma, levaram um trator para guardar em sua casa, fazia pouco que havia chegado de outra cidade, quando foi retirar o trator do galpão juntamente com o debulhador de milho para verificar as correias, seu filho ligou o trator antes do tempo e ele prendeu seus dedos e teve que amputar um deles. No ano 2000, se elegeu vereador, mesmo ano em que fundaram a escola Pantaleão Thomaz, ele sempre gostou muito de política, mas teve que abandonar pois apresenta baixa visão, ainda guarda muitos documentos desta época. Hoje em dia o sustento de sua família é com os rendimentos da agricultura e de sua leitaria, Totonho conversa com as vacas e as chama pelo nome: Lara, Lala, Cola Branca, Diná, Pretinha, Zezé, Três Tetos, entre outras e se sente realizado com o que faz.
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