Estava num bairro horrível e desconhecido esperando um ônibus. Sozinha. Era noite, parecia bem tarde, não havia ninguém nas ruas e uma neblina danada não me deixava enxergar direito. Eu estava numa especie de praça só de asfalto e muito grande caminhando para o ponto de ônibus. De repente vi que ele vinha vindo mas desviou do seu caminho e foi se afastando de mim. Corri feito louca gritando até que o ônibus parou e eu entrei. Lembro que estava vazio, muito limpo e bem iluminado. O motorista era simpático, alegre e me cumprimentou. Sentei num banco um pouco atrás dele pensando que eu tinha tido muita sorte. Agradeci o motorista por ter parado. E então ele me pergunta: está indo prá onde? E eu respondo, não tenho a menor ideia Alex. Acordo, já estava amanhecendo e me pergunto _quem é Alex? rsrsrsrs.
Que associações você faz entre seu sonho e o momento de pandemia?
O fato de me encontrar completamente perdida, sem a menor noção de quando isso acaba nem para onde estou indo. Há uma certa esperança, contudo, no ônibus claro, limpo e que parou para eu entrar. Mas a sensação horrível, a incerteza que me cerca nesse momento tem voltado todas as noites em sonhos diversos.