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Por: Museu da Pessoa, 30 de setembro de 2005

Sempre trabalhei com gente melhor que eu

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P1 – Bom dia, João Augusto. R – Oi. Bom dia, Márcia. Bom dia, Estela. P2 – Bom dia. P1 – Eu gostaria que você desse o seu nome completo, local e data de nascimento. R – Eu me chamo João Augusto Reverendo de Miranda. Eu imagino sempre que alguém na família queria um padre na família, que era muito comum em Portugal, onde eu nasci. Então botaram Reverendo aí no meio. Esse Reverendo, no tempo do primário, era um negócio complicado, porque os meus colegas me gozavam demais por causa desse Reverendo. No fim eu acabei aprendendo e tirava vantagem disso. Eu nasci em 14 de outubro de 1943 em lugar muito bonito chamado São Jacinto. É uma pequena ilhazinha, mas muito pequena mesmo. Acabou se transformando numa base militar portuguesa perto de uma cidade grande chamada Aveiro. Eu sou português, eu vim para o Brasil com onze anos. Vim para o Brasil em 1955. Meu pai veio uns quatro anos antes. Minha família estava muito bem em Portugal, mas tinha um primo dele que escrevia para ele regularmente, naquela época, dizendo que este país era uma maravilha, que aqui dinheiro dava em árvores. Ele acreditou e veio para cá. Sofreu muito nos primeiros anos como imigrante. Meu pai, depois, com o tempo, ele acabou tendo algum sucesso na carreira, ele acabou sendo um dos construtores do estádio do Morumbi. A empresa dele ganhou algumas concorrências em Brasília, ele fez muitos prédios e deixou muitas praças em São Paulo, que davam a ele muito orgulho. Era um português bravo, como a maioria dos portugueses. P1 – Me diz o nome do seu pai, o nome de sua mãe. R – Meu pai chamava-se, João Maria de Miranda e minha mãe chamava-se Ana Emília Reverendo. P1 – E os nomes dos seus avós, você lembra? Você sabe?R – Lembro. O meu pai era filho de pai incógnito, o que para ele deve ter sido um sofrimento fantástico. Em Portugal, que era um país extremamente complicado, religioso, tradicional, conservador, então...

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Projeto GERH

Depoimento de João Augusto Reverendo de Miranda

Entrevistado por Márcia Ruiz e Stela Tredice

Itu, 30/09/2005

Realização: Museu da Pessoa

GERH_HV001_João Augusto Reverendo de Miranda

Transcrito por Maria da Conceição Amaral da Silva

Revisado por Jader Chahine

P1 – Bom dia, João Augusto.

R – Oi. Bom dia, Márcia. Bom dia, Estela.

P2 – Bom dia.

P1 – Eu gostaria que você desse o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Eu me chamo João Augusto Reverendo de Miranda. Eu imagino sempre que alguém na família queria um padre na família, que era muito comum em Portugal, onde eu nasci. Então botaram Reverendo aí no meio. Esse Reverendo, no tempo do primário, era um negócio complicado, porque os meus colegas me gozavam demais por causa desse Reverendo. No fim eu acabei aprendendo e tirava vantagem disso. Eu nasci em 14 de outubro de 1943 em lugar muito bonito chamado São Jacinto. É uma pequena ilhazinha, mas muito pequena mesmo. Acabou se transformando numa base militar portuguesa perto de uma cidade grande chamada Aveiro. Eu sou português, eu vim para o Brasil com onze anos. Vim para o Brasil em 1955. Meu pai veio uns quatro anos antes. Minha família estava muito bem em Portugal, mas tinha um primo dele que escrevia para ele regularmente, naquela época, dizendo que este país era uma maravilha, que aqui dinheiro dava em árvores. Ele acreditou e veio para cá. Sofreu muito nos primeiros anos como imigrante. Meu pai, depois, com o tempo, ele acabou tendo algum sucesso na carreira, ele acabou sendo um dos construtores do estádio do Morumbi. A empresa dele ganhou algumas concorrências em Brasília, ele fez muitos prédios e deixou muitas praças em São Paulo, que davam a ele muito orgulho. Era um português bravo, como a maioria dos portugueses.

P1 – Me diz o nome do seu pai, o nome de sua mãe.

R – Meu pai chamava-se, João Maria de Miranda e minha mãe chamava-se Ana Emília Reverendo.

P1 – E os...

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