Dia onze de abril de 2017 foi um dia frio e com chuviscos. Eu estava a caminho da faculdade por volta das quatro da tarde. Por coincidência, quando entrei no ônibus, reconheci o menino que estava sentado no último banco, com fone de ouvido e a mochila no banco do lado. Nós estudávamos na mesma ...Continuar leitura
Dia onze de abril de 2017 foi um dia frio e com chuviscos. Eu estava a caminho da faculdade por volta das quatro da tarde. Por coincidência, quando entrei no ônibus, reconheci o menino que estava sentado no último banco, com fone de ouvido e a mochila no banco do lado. Nós estudávamos na mesma faculdade, tínhamos conversado por poucos minutos há umas semanas atrás, nada demais: perguntas corriqueiras do tipo "onde você mora?", "nossa, eu te conheço te algum lugar", "por qual caminho você vem pra faculdade?".
Quando o vi, ele estava acenando para eu sentar do lado dele, recolhendo a mochila do banco e tirando o fone de ouvido. Juntei-me a ele e conversamos no caminho que se seguiu, durante uma hora e meia. Demos risadas juntos, e parecia que nos conhecíamos a tempo. Marcamos de nos encontrar todos os dias para fazermos a mesma rota para a faculdade. Ele me ligava e avisava que estava chegando no lugar onde eu estava, e assim se seguiu por cinquenta e quatro dias. Nós ríamos juntos, conversávamos sobre todos os assuntos possíveis e impossíveis e ele se tornou a parte favorita do meu dia. Eu me apaixonei de forma descomplicada e incompreensível. Tudo que eu sempre idealizei estava comigo todo dia, me tirando sorrisos e acolhendo meus medos. No dia cinco de junho nos beijamos e o céu virou céu de ano novo, meu coração se transformou em pista de dança, meu sorriso ficou maior que a muralha da China e eu quis me tranformar no imperador Shah Jahan e construir o Taj Mahal como prova de amor. Daquele dia em diante, tudo se tranformou e minha vida passou a ser compartilhada, igual a essa história de amor.Recolher