Nascido em São Paulo, em 1942, Roberto é neto ou filho de sírios, da cidade de Homs, mas não há registros suficientes para identificar se seus pais já eram nascidos no Brasil ou não. Seu avô, Nami Garib, nascido em 1888, migrou sozinho para o Brasil por volta de 1915.
O motivo de sua imigração foi a guerra durante o domínio dos turcos, Império Otomano. Nami Garib ficou hospedado numa espécie de pensão e trabalhava revendendo tecidos.
O sobrenome Garib significava uma profissão de cada família síria, significava o acolhimento ao estrangeiro, e por isso, sua família tinha uma hospedaria na cidade de Homs.
O nome da hospedaria era A Casa dos Garibes, casa de acolhimento. Vários elementos culturais sírios se mantiveram na família aqui no Brasil, durante um longo período, como por exemplo: nas festas vinham conjuntos musicais tocando em árabe, os homens sentavam em volta de uma fogueira na rua, enquanto tomavam chá de haxixe e conversavam.
A religião cristã ortodoxa da família se manteve por um bom tempo também, e algo que se manteve até hoje são as comidas árabes; continuamos fazendo alguns raros almoços com toda a família, em que se cozinham várias comidas árabes típicas. Voltando agora para a vida pessoal de Roberto, ele nasceu em São Paulo, na Mooca. Seus vizinhos eram espanhóis, italianos e árabes, então seu ouvido se adapta muito bem às novas línguas hoje em dia.
Ele e seu pai passaram a torcer fanaticamente para o Palmeiras após essa convivência com os italianos. Em sua convivência aqui, não sofreu nenhum tipo de preconceito em relação à sua descendência, muito pelo contrário, até porque todos ali na Mooca eram imigrantes, então havia um ótimo espírito de acolhimento estrangeiro. As crianças brincavam nas ruas, as mulheres de diferentes famílias conversavam em algum canto, os homens a mesma coisa.
Roberto começou a trabalhar aos 10 anos; seus pais não tinham boas condições financeiras. Para...
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Nascido em São Paulo, em 1942, Roberto é neto ou filho de sírios, da cidade de Homs, mas não há registros suficientes para identificar se seus pais já eram nascidos no Brasil ou não. Seu avô, Nami Garib, nascido em 1888, migrou sozinho para o Brasil por volta de 1915.
O motivo de sua imigração foi a guerra durante o domínio dos turcos, Império Otomano. Nami Garib ficou hospedado numa espécie de pensão e trabalhava revendendo tecidos.
O sobrenome Garib significava uma profissão de cada família síria, significava o acolhimento ao estrangeiro, e por isso, sua família tinha uma hospedaria na cidade de Homs.
O nome da hospedaria era A Casa dos Garibes, casa de acolhimento. Vários elementos culturais sírios se mantiveram na família aqui no Brasil, durante um longo período, como por exemplo: nas festas vinham conjuntos musicais tocando em árabe, os homens sentavam em volta de uma fogueira na rua, enquanto tomavam chá de haxixe e conversavam.
A religião cristã ortodoxa da família se manteve por um bom tempo também, e algo que se manteve até hoje são as comidas árabes; continuamos fazendo alguns raros almoços com toda a família, em que se cozinham várias comidas árabes típicas. Voltando agora para a vida pessoal de Roberto, ele nasceu em São Paulo, na Mooca. Seus vizinhos eram espanhóis, italianos e árabes, então seu ouvido se adapta muito bem às novas línguas hoje em dia.
Ele e seu pai passaram a torcer fanaticamente para o Palmeiras após essa convivência com os italianos. Em sua convivência aqui, não sofreu nenhum tipo de preconceito em relação à sua descendência, muito pelo contrário, até porque todos ali na Mooca eram imigrantes, então havia um ótimo espírito de acolhimento estrangeiro. As crianças brincavam nas ruas, as mulheres de diferentes famílias conversavam em algum canto, os homens a mesma coisa.
Roberto começou a trabalhar aos 10 anos; seus pais não tinham boas condições financeiras. Para entrar no ginásio do Estado, era preciso fazer um curso de Admissão, então, foi trabalhar em um escritório na Praça da Sé. O que ele ganhava trabalhando lá, era usado para pagar a escola de Admissão.
O escritório também era familiar, seus donos eram seu tio Mário Garibe e seu primo. Em relação às tecnologias da época, as mais avançadas a que ele tinha acesso eram o rádio de válvula e o telefone. Mas a tecnologia de ponta mesmo, da época, era o carro.
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