P/1 – Bom dia, Carlos.
R/1- Bom dia
P/1- Você poderia falar o seu nome completo, data e local de nascimento?
R/1- Pois não. O meu nome é Carlos Roberto de Souza. Eu nasci em 22/09/1957, na cidade de Itaúna, Minas Gerais.
P/1- Qual a sua função aqui na Companhia?
R/1- Eu sou analista.
P/1 - Analista?
R/1 -Analista.
P/1 - Há quantos anos você trabalha aqui?
R/1 -Vai fazer 29 anos
P/1 - 29 anos?
P/1 - E como foi que você entrou? Era Brahma, né, antes?
R/1 - Era Brahma. Na época, quando entrei aqui na Brahma o processo seletivo tinha que fazer umas provas, e tinha também na época era datilografia, quantos toques você dá por minuto. Fui selecionado. Ingressei na Companhia no dia primeiro de março de 1978, no cargo de mecanógrafo. Trabalhei uma parte do tempo em mecanografia, na área financeira. Depois, eu fui mexer com a área de patrimônio e seguros da Companhia. Depois da área de patrimônio de seguros da Companhia, eu fui mexer também com ...uma parte mais assim, era patrimônio, mas mais direcionado a imobilizado (?) mesmo, de equipamentos, essas coisas assim e tal. Depois me transferi pra área de gente, cuidando de produtos da área de serviços gerais, como refeitório, transporte de funcionários, vigilância, portaria, essas coisas no geral, jardinagem, limpeza. E me encontro até hoje.
P/1 -A Companhia mudou muito todos esse anos?
R/1 - Pra ser sincero, sim. A Companhia, eu acho que ela mudou e evolui ao mesmo tempo. É claro que mudança sempre tem algumas coisas, né? Mas, como se diz, eu, Graças a Deus, eu consegui também absorver essas mudanças e estou aqui até hoje.
P/1 - Porque você passou por algumas mudanças, né? Pela Garantia - o Banco Garantia - depois a fusão ... Como que foi isso? Você poderia falar um pouquinho? Se mudou muito?
R/1 - A Brahma já era ... com certeza era bem mais lenta, quando eu ingressei, era mais tranqüila em questão de empresa. Você trabalhava num ritmo menos acelerado. Mas...
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P/1 – Bom dia, Carlos.
R/1- Bom dia
P/1- Você poderia falar o seu nome completo, data e local de nascimento?
R/1- Pois não. O meu nome é Carlos Roberto de Souza. Eu nasci em 22/09/1957, na cidade de Itaúna, Minas Gerais.
P/1- Qual a sua função aqui na Companhia?
R/1- Eu sou analista.
P/1 - Analista?
R/1 -Analista.
P/1 - Há quantos anos você trabalha aqui?
R/1 -Vai fazer 29 anos
P/1 - 29 anos?
P/1 - E como foi que você entrou? Era Brahma, né, antes?
R/1 - Era Brahma. Na época, quando entrei aqui na Brahma o processo seletivo tinha que fazer umas provas, e tinha também na época era datilografia, quantos toques você dá por minuto. Fui selecionado. Ingressei na Companhia no dia primeiro de março de 1978, no cargo de mecanógrafo. Trabalhei uma parte do tempo em mecanografia, na área financeira. Depois, eu fui mexer com a área de patrimônio e seguros da Companhia. Depois da área de patrimônio de seguros da Companhia, eu fui mexer também com ...uma parte mais assim, era patrimônio, mas mais direcionado a imobilizado (?) mesmo, de equipamentos, essas coisas assim e tal. Depois me transferi pra área de gente, cuidando de produtos da área de serviços gerais, como refeitório, transporte de funcionários, vigilância, portaria, essas coisas no geral, jardinagem, limpeza. E me encontro até hoje.
P/1 -A Companhia mudou muito todos esse anos?
R/1 - Pra ser sincero, sim. A Companhia, eu acho que ela mudou e evolui ao mesmo tempo. É claro que mudança sempre tem algumas coisas, né? Mas, como se diz, eu, Graças a Deus, eu consegui também absorver essas mudanças e estou aqui até hoje.
P/1 - Porque você passou por algumas mudanças, né? Pela Garantia - o Banco Garantia - depois a fusão ... Como que foi isso? Você poderia falar um pouquinho? Se mudou muito?
R/1 - A Brahma já era ... com certeza era bem mais lenta, quando eu ingressei, era mais tranqüila em questão de empresa. Você trabalhava num ritmo menos acelerado. Mas também muitas vezes pela composição da Companhia. Depois, quando chegou, criou-se a AmBev ...Até pra falar a verdade, eu tava no carro um dia, escutando falando da fusão, que eu custei até acreditar que ... pelo ... a facha (?) que tinha a Brahma com a Antarctica, achava que isso era impossível. E a gente também adaptou, teve mudanças pelo ritmo das coisas, mas tudo bem.
P/1 - Quais os principais setores em funcionamento aqui nessa Fábrica?
R/1 - Setores de ?
P/1 - Em funcionamento aqui na fábrica, assim, produtos que são produzidos ...
R/1 - Hoje nós produzimos Brahma, Skol, Antarctica, Antarctica Original e refrigerante em lata: Guaraná, Sukita, Pepsi.
P/1 - E qual é a área de abrangência dessa fábrica, que ela....?
R/1 - Pra comercialização? Nós atingimos todo o estado de Minas Gerais e quando necessário a gente também dá suporte a outros estados
P/1 - Você tem 29 anos de Companhia, né? Como que é trabalhar há 29 anos aqui?
R/1 – Olha, eu me sinto assim... Eu acho que a AmBev, ou a Brahma, como se diz, quando começou, foi uma coisa boa que aconteceu na minha vida, nesse prazo que eu me tornei, digamos assim, profissional ...na parte de ... que consegui adquirir alguma coisa, foi no trabalho junto com a AmBev e eu posso dizer com certeza que na região, com certeza é uma das melhores empresas que tem.
P/1 – É a maior em presa aqui ?
R/1 – É, e em questão também de oferecer condições de trabalho, de oportunidades ... eu acho que sim.
P/1 - Quais as principais políticas da Companhia?
R/1 - As principais políticas da Companhia “é” ter um produto no mercado a baixo custo, que atenda as expectativas do consumidor. Questão de ética. E encantar sempre o nosso consumidor, que é o nosso cliente final.
P/1 - Essa fábrica foi a primeira fábrica a receber o ISO. Como é que isso? Você poderia falar um pouquinho?
R/1 – No início, a gente começou a trabalhar na ISO, né, e, como se diz, a gente começou a implantar as coisas, como cinco “S”, que a gente ainda não tinha. Então, a fábrica, na época, mudou todo o seu material, principalmente de escritório, mudou todas as mesas, pelo layout, por tudo, pra adaptar isso. A gente começou a focar em regras, coisas que a gente não tinha, por causa da ISO. Mas eu acho que Pra empresa foi um crescimento muito grande. Porque hoje a gente (não ?) consegue se manter dentro dos padrões de qualidade, dentro dos padrões de cinco “S”. Isso eu acho que é muito bom.
P/1 – Com tantos anos de companhia, você deve ter muitas histórias que você viu acontecer aqui, de todo tipo...
R/1 - Com certeza...
P/1 - Você lembra de alguma que é peculiar? Que quando você lembra dos seus anos, você fala “ahh”? Assim, com colega ?
R/1 - Eu lembro historinha aqui, igual começou, até da época da Brahma. Quando eu entrei, tinha um rapaz que trabalhava comigo, porque eram dois mecanógrafos, eu e ele. Aí, eu entrando aqui pensando “quantos anos você trabalha aqui, Paulo ?” “Eu trabalho aqui há cinco anos.” “Nossa, já pensou daqui... quando eu chegar a cinco anos igual a você ?” E ele pegou e me contou uma história, que um dia o gerente fabril ia visitar as áreas e ele ia conhecer o gerente fabril. E na época, que eles falaram, era o doutor Roberto. E o doutor Roberto entrou na sala dele antes, antes do previsto pra ele conhecer, e perguntou pra ele: “E aí Paulo, como é que tá aí ?” “É, sô. É hoje eu to meio nervoso, porque eu vou conhecer o doutor Roberto, ele vai vir cá hoje”. Ele não sabia, mas estava conversando com o dr. Roberto. Então quando o doutor Roberto voltou depois pra visitá-lo mesmo é que ele viu que já tinha falado. Então isso foi uma coisa ... Mas, e olha aí pra você ver, eu tinha vontade de ficar os cinco anos que ele já tinha, ele saiu e eu estou aí pra fazer 29.
P/1 – Ficou, e as coisas mudaram, né ?
R/1 – (Não ?) mudaram.
P/1 – Carlos, nesses anos todos, na sua trajetória de trabalho na Companhia, tem algum momento, provavelmente você tem mais de um, que te marcou muito?
R/1 – Olha, têm vários momentos, “igual” a você está falando. Um dos momentos que eu me sinto hoje assim, que eu gosto muito de falar na AmBev, ______ fiquei pra mim, é porque desde que eu entrei na Companhia, e depois de um certo tempo, em 1988, mais ou menos, criou-se o BEC, que é o clube dos funcionários, que chamava “Brahma Esporte Clube”, que é o BEC. E desde aquela época pra cá, de 1988, eu fazia parte da diretoria, comecei como tesoureiro, depois fui diretor financeiro, primeiro tesoureiro e tal ... E agora lá vou pro meu terceiro mandato como presidente, meu terceiro triênio. Quer dizer, vou pra nove anos só como presidente do clube. Então isso me coloca, assim, diferente. Porque hoje eu abraço o BEC como se fosse meu. Eu desenvolvo as coisas, tento fazer o BEC crescer como se realmente fosse uma coisa pra mim. Mas o que eu faço é pra todos os funcionários, pra todos os usuários do clube.
P/1 - Você poderia falar sobre o clube? Como é que é? As atividades?
R/1 - Nosso clube tem uma área, mais ou menos, aproximada, né, de mais ou menos uns 80.000 m2 de terra, de terreno. Nós temos dois campos “Societys”, um campo de futebol oficial, uma quadra de futebol de salão, uma quadra de vôlei, uma quadra de areia de futebol, uma piscina de porte - não é grande - é de porte médio, uma sauna feminina, uma sauna masculina, um salão de jogos e um salão pra festas também, que comporta em torno de mais ou menos, quando tem um evento até nosso de PEF, comemoração, confraternização de família, só o salão, todo coberto, com mesas cadeiras, tudo em ordem (?) deve ocupar mais ou menos umas 1200 pessoas.
P/1 - Ele fica onde?
R/1 - Fica dentro da cidade de Juatuba mesmo .
P/1 – Dentro da cidade?
R/1 - Daqui lá deve dar um quilômetro e meio, dois quilômetros.
P/1 – E você acha que ele ... Qual a importância que ele tem pros funcionários ?
R/1 – Primeiro, a maior importância que ele tem é que sempre que tem uma confraternização de toda a fábrica com os familiares, os eventos são feitos lá. Segundo, tudo isso que eu te falei que o clube tem é oferecido ao funcionário, que é sócio, que paga uma taxa mensal de seis reais, que é muito barato. Uma cerveja nossa em garrafa lá hoje, por exmplo, uma Brahma, uma Skol, uma Antarctica, você toma hoje no bar a R$1,50 - no bar. E você ainda pode comprar nossos produtos na portaria. Cada sócio pode levar, cada funcionário-sócio, pode levar quando acompanhantes quiser, enquanto convidados, com o convite a preço simbólico: três reais. E usar toda a estrutura que o clube tem. E o clube ainda tem mais outra coisa que eu não falei: nós temos mais três (?) áreas individuais pra um lazer de churrasco, todas individuais. Cada área tem: uma churrasqueira, uma pia, e uma tábua de cortar carne. E mais uma mesa, com quatro cadeiras e que comporta, queira ou não queira, três famílias.
P/1 - Isso é importante? Você acha que ajuda na integração?
R/1 - Com certeza, eu acho que sim. Porque - há pouco tempo nós fizemos - todo ano, é de praxe, o clube junto com a Companhia, a gente está fazendo o campeonato de futebol Society. Agora a gente está pretendendo fazer também o campeonato de truco. Eu acho que tudo que é esporte, eu acho que faz ter uma integração maior e as pessoas se aproximarem mais. Eu acho que sim.
P/1 - Qual a importância que a Companhia tem na sua vida ?
R/1 – A importância que eu te falei antes, né? Quando eu entrei na Companhia, igual eu falei a minha idade, sou de 57, eu tinha 19 pra 20 anos. Eu vou fazer 49 anos. A Companhia é que fez eu como se diz, como eu te falei, crescer, tanto profissional, como graças a Deus... pelos meus bens que eu tenho hoje tudo, pela a família que eu consegui constituir e tal... a família ta dentro, a AmBev ta nisso Brahma ta nisso aí pra mim. Pra mim, que comecei aqui jovem, né, e hoje já está mais velho... mas eu acho que se eu talvez eu não tivesse na Companhia, eu não poderia ter o que eu tenho hoje... assim, em questão não só de bens, mas também de convívio. Porque igual você falou no início, eu comecei com a Brahma ... e várias pessoas passaram, então que que a gente fez? A gente criou muita amizade, a gente se relacionou com muita gente, né? E eu acho que o importante é isso também, questão da gente ter o convívio, e hoje com a própria cidade aqui, eu tenho muito relacionamento com a cidade. Por que? Porque eu sou de uma cidade vizinha que é Itaúna. Mas meu maior tempo eu estou em Juatuba. Então eu tenho um relacionamento, graças a Deus, muito grande em Itauna e um relacionamento muito grande também em Juatuba. Isso pra mim, eu acho que como ser humano, o que que a gente pode querer? É ter um bom relacionamento com todos.
P/1 - A Companhia ela é uma Companhia que os funcionários ? A estar se desenvolvendo profissionalmente, pessoalmente?
R/1 - Com certeza. Com certeza. A Companhia, além de ela ter, constantemente, hoje né, a oportunidade que ela faz é o seguinte: sempre quando tem uma vaga, a vaga é colocada a nível interno. Caso ela não seja preenchida interno é que depois que vai para o equipamento externo. Então, é uma oportunidade sim de crescer. Porque sempre está tendo apropriado, né? E sempre também estamos exportando pessoas para outras unidades, né? Então crescimento com certeza tem muito.
P/1 - Existe uma rotatividade muito grande de pessoal ou não?
R/1 – Não tanto, mas Minas por exemplo pode dizer, nós tivemos várias pessoas, mas muitas pessoas que nós temos na nossa administração central e outras unidades. Pessoas que hoje são gerente fabris hoje que já passaram por aqui. Então, eu acho que Minas consegue exportar muitas pessoas, e o crescimento das pessoas aqui dentro, é só a pessoa querer se dedicar e trabalhar com respeito, com responsabilidade que a pessoa consegue chegar a algum lugar. Com certeza que sim.
P/1 - Como é que você vê essa iniciativa da Companhia de estar resgatando a história dela, montando um acervo, ouvindo um pouco dos seus funcionários, você acha que isso é positivo ?
R/1 - Eu também acredito que sim, porque, tanto que se não fosse positivo a empresa acho que não estaria nem preocupada com esse item, né? Se ela já começa a preocupar, eu acho que eles vem valorizar as pessoas que já tem mais tempo de Companhia, igual eu, né, que nunca tivemos uma oportunidade dessa. Então eu até agradeço por participar.
P/1 - Nós estamos terminando, Carlos. Você gostaria de falar alguma coisa que eu não te perguntei, que você acha importante, que você lembrou desses anos?
R/1 - Não, acho que nós conversamos bastante.
P/1 - Você quer deixar um recado, pros colegas, pra Companhia?
R/1 – Gostaria. Gostaria de dizer o seguinte, pra todos que tem vontade de crescer, com certeza estão na empresa correta. É só, como diz, arregaçar as mangas e a pessoa vai atingir o seu ideal.
P/1 - E o que achou de estar aqui conversando com a gente um pouquinho?
R/1 - Muito bom. Nunca tinha passado por essa experiência, né? M
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