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Por: Museu da Pessoa, 1 de janeiro de 2007

Palmas: um banco social

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Nem dei para ser padre, nem dei para guerrilheiro, fui ser banqueiro, aliás, briguei com a minha família, com meus amigos. Eu fiz várias vezes treinamento de guerrilha, no meu fim de semana a gente ia para o mato, com um fusível, espingarda para fazer o treinamento porque nós acreditávamos que pelo menos ia chegar o dia que íamos invadir o quartel e libertar os padres, queria o quê? Então a gente fazia treinamentos de guerrilha na selva e tudo mais, mas tudo clandestino e até hoje eu conto essa história e dizem que é mentira! Ninguém me vê no meio do mato com um rifle na mão, comendo porcaria, mas assim, era uma vida de dupla face, eu era um seminarista puro, bom de batina e o guerrilheiro lá no meio do mato, comendo mato para libertar os padres. E era uma dupla riqueza! Aí enfim, a minha vida foi isso até o dia que eu fui embora para Fortaleza. Eu peguei a mala, enchi com as minhas poucas coisas que eu tinha, coloquei na cabeça, dentro do ônibus, consegui o dinheiro da passagem do ônibus com os padres lá e foi uma cena linda porque todo mundo chorava, eu me lembro como se fosse hoje, era o povo da pastoral, as senhoras, a juventude, que era o meu lado alegre da coisa e os militantes também vieram na rodoviária, todo mundo me deixou lá, eu estava um ano para virar padre, então todo aquele povo queria o padre da comunidade e eu era muito querido também, é isso, aí foi todo mundo para a rodoviária deixar o padre, aquela coisa bem, isso era o quê era janeiro de 84, e eu lá dentro do ônibus e todo mundo chorando e eu lá: “Tchau, tchau, eu volto!”, aquela coisa toda de despedida de rodoviária e meus amigos todos...Mas era importante, uns cantavam músicas da igreja mais tradicionais “Maria de Nazaré, Maria me cativou!”, o outro: “Na terra dos homens pensando em pirâmide há ricos em cima e pobres na base, e o povo da base ia fazer cair a velha pirâmide!”, uns cantavam música revolucionária,...

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