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Personagem: Aldo Minchillo
Por: Museu da Pessoa, 16 de maio de 2012

Pé molhado

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Pé molhado

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“Em 1941 eu fui trabalhar com um tio que já tinha ligação com o ramo de couro, isso foi na Rua Carneiro Leão, no Brás. Fui lá para ser contador da firma e eventualmente ajudar nas vendas. Era uma firma do meu tio, mas depois foi evoluindo, eu entrei de sócio alguns anos depois, fiquei sócio com a ajuda do meu pai e nós transformamos a firma na Casas de Couro São Crispim. O ramo de couro e peles tinha força em São Paulo porque nós, os atacadistas, recebíamos mercadoria do Norte, do Nordeste, principalmente do Sul, e a revendíamos aos pequenos fabricantes de calçados, aos consertadores de calçados, alguém que fazia artefatos, alguma mala. Nós tínhamos o comércio do ramo de couros estabelecido aqui na capital, principalmente no Brás e no Anhangabaú. Havia bons atacadistas, mas os curtumes começaram a se instalar em São Paulo, tendo aqui um depósito ou um representante. Com isso, eles nos expulsaram do comércio no ato. A gente tinha que procurar um ou outro que não tinha representação e, enfim, fomos perdendo a força. Fomos só atendendo industriais menores, por exemplo, do lado da Vila Mariana, Jabaquara, do lado da Avenida Santo Amaro, do lado de Santana e Tucuruvi, do lado da Lapa, do lado de Pinheiros. No meu caso, por exemplo, quando começou a ficar ruim o atacado aqui em São Paulo, nós passamos a fazer o interior, porque lá ainda tinha pequenas fábricas de sandálias: Limeira, Birigui, Franca. E por aqui abrimos filiais para poder atender pequenos consertadores, então nós chegamos a ter seis lojas. Tive loja na Avenida Santo Amaro, na Voluntários da Pátria, Praça Marechal Deodoro, Praça da Liberdade, Belém... eram pontos intermediários, mas até isso foi acabando, porque, se alguém abriu mais adiante, depois também segurou e não tinha para todo mundo. Então fomos diminuindo o número de lojas e veio a ideia de colocar peruas na rua para vender diretamente para o consertador de calçados. Aí o que aconteceu?...

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P/1 – Bom, senhor Aldo, primeiramente, muito obrigado por ter aceitado o nosso convite pra participar do nosso projeto. Eu gostaria que a gente começasse essa entrevista com o senhor respondendo pra gente o seu nome completo, o lugar e a data do seu nascimento.

R – Aldo Minchillo, nascido em São Paulo, Capital, em quatro de Setembro de 1924.

P/1 – E qual é o nome dos seus pais?

R – Mínio Minchillo e Joana Barbie Minchillo.

P/1 – O sobrenome indica que eles são italianos né?!

R – Apenas o meu pai que veio para cá com 12 anos, a minha mãe é filha de pai e mãe italianos né?!

P/1 – E o senhor sabe um pouquinho da história da chegada do seu pai no Brasil, pra onde ele foi, de onde ele veio?

R – O meu pai é nascido no setor de Abruzzo, mais ou menos na altura de Roma, mas já é mais pro Adriático, na cidade de Campobasso. E lá é um local onde predominam as montanhas de granito, porque elas fazem a queda para o mar Adriático. Então, os residentes dessa pequena aldeia tinham como caminho na vida trabalhar com granito, tanto que as casas lá todas eram construídas em pedra, e o meu pai veio pra cá e trabalhou no ramo de granito e mármore, fez até algumas obras importantes, mas ele veio trazido por um tio que já estava aqui no Brasil mais ou menos no mesmo ramo.

P/1 – E o senhor sabe em qual região de São Paulo ele ficou, pra onde ele veio exatamente?

R – Ele veio direto aqui pra São Paulo, ficou perto do Largo do Arouche, onde moravam os tios, depois mudou para o Largo dos Pirineus, junto da Praça Marechal Deodoro, em seguida, quando teve o negócio próprio, na Mooca, na Rua Visconde de Parnaíba, nós mudamos próximo lá da oficina, era o local que eles tinham pra trabalho né?! E lá eu passei até alguns anos depois de me casar e hoje estou na Aclimação, já há 40 anos.

P/1 – O senhor mencionou que o seu pai chegou a trabalhar com granito aqui no Brasil mesmo...

R – Aqui em São Paulo principalmente.

P/1 – O...

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