Facebook Info Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 21 de julho de 2007

Ontem e hoje, sempre Carnaval

Esta história contém:

Ontem e hoje, sempre Carnaval

Vídeo

Nasci na cidade de Araraquara, interior de São Paulo, em 1934. Nós viemos para São Paulo eu devia ter cinco anos de idade. Fomos morar no Alto do Pari, entre Canindé e Alto do Pari. O Brás era um bairro maravilhoso, era uma coisa fora de série, todo mundo era muito amigo, as ruas todas cheias de árvores. Nós voltávamos da escola, quem trabalhava também, geralmente sempre a essa hora, cinco, seis horas, jantávamos muito cedo e ficávamos sentados na rua, nas calçadas.

Todas as casas costumavam, durante o ano, guardar madeiras, aquelas caixas de madeira de feira, todo mundo juntava e, quando chegava nessa festa junina, nós colocávamos na rua. Cada casa fazia a sua fogueira, juntava duas, três casas para ter uma fogueira maior. E ali nós nos divertíamos muito, a criançada aproveitava, pulava amarelinha, pulava corda, e fazíamos pipoca. São coisas muito simples porque, naquela época, não se tinha muito luxo, as famílias eram mesmo de classe média para pobre.

E o Brás era muito animado. Tirando essa época, era época de Carnaval também, alegria geral, porque o Brás, ali entre Alto do Pari e o Brás, eram bairros de imigrantes, imigrantes italianos, portugueses, espanhóis, gente muito alegre, e gostavam de cantar, de brincar. Época de Carnaval, meses antes do Carnaval, todo mundo se preparava para a fantasia, principalmente para a garotada. Toda a garotada tinha a sua fantasia feita em casa por mãe, pela avó, e não tinha aquela inibição de sair fantasiado na rua, a gente não via a hora que chegasse aquela semana para botar a fantasia. Todos os dias, a gente ia e ficava na rua, ia para a casa dos vizinhos e exibia a sua fantasia para o amigo que morava mais longe. E o Carnaval era na Avenida Rangel Pestana, Celso Garcia, Largo da Concórdia e as ruas ali por perto.

Eu me lembro dos 14 anos meus, trabalhando na Casa Ibéria, nós reunimos um grupinho, fizemos uma roupa toda igual, formamos um bloco para ir ao baile no Cine Oberdan, ali...

Continuar leitura
fechar

Segunda vez no Sambódromo

Maria em sua segunda participação no Sambódromo de São Paulo, ao qual ficou responsável pelo enredo e desenhos de fantasias

período: Ano 1991
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Exposição de painéis natalinos

Maria foi responsável por toda a exposição de painéis natalinos, realizada no Banco do Brasil, unidade do Ipiranga

período: Ano 1975
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Noivado de Maria e Hudinilson

Hudinilson Urbano e Maria Apparecida em seu noivado

período: Ano 1956
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

De hoje até o fim

Nilson escreve no verso da foto sobre sua união com Maria, desejando eternidade para o relacionamento

período: Ano 1956
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Tradição carnavalesca

Gleides Aparecida Urbano, filha de Maria, no concurso de fantasia infantil em Catanduva. A fantasia foi feita por Maria para a sua filha de cinco anos, que ganhou o primeiro lugar da competição.

período: Ano 1968
local: Brasil / São Paulo / Catanduva
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Projeto Ponto de Cultura/Museu Aberto

Depoimento de Maria Apparecida Urbano

Entrevistada por Damaris do Carmo e Kelly Garrafa

São Paulo, 21/07/2007

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista PC_MA_HV035

Transcrito por Claudia Lucena

Revisado por Viviane Aguiar

Publicado em 10/10/2012

P/1 – Bom dia, Dona Apparecida.

R – Bom dia.

P/1 – Eu gostaria que a senhora falasse o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – É Maria Apparecida Urbano, nasci na cidade de Araraquara, interior de São Paulo.

P/1 – Em que ano?

R – 1934.

P/1 – Qual o nome dos pais?

R – Meu pai, Luís Colombo, minha mãe, Maria Aparecida Ferraz Colombo.

P/1 – E dos avós paternos?

R – Do meu avô é João Colombo e da minha avó, Ursulina.

P/1 – E dos avós maternos?

R – Elidia Campagnone e o avô é Benedito Bento Ferraz.

P/1 – Qual que era a atividade profissional dos pais da senhora?

R – Meu pai teve diversas atividades. Uma, quando eu nasci, ele era gerente do Grande Hotel de Araraquara. E nós tivemos uma fase, logo depois que eu nasci, o meu pai ganhou na loteria federal o primeiro prêmio. Com tanto dinheiro na mão, seria como o grande prêmio hoje da Sena, mas, com pouca orientação, naquele tempo não tinha bancos para se colocar, para ter juros. Com esse dinheiro, ele saiu da gerência do Grande Hotel e foi trabalhar com café. Exatamente quando ele quase colocou toda essa fortuna no café, veio a queima do café no governo do Getúlio Vargas, e todo o dinheiro foi por água abaixo. Depois disso, nós viemos para São Paulo, viemos morar em São Paulo, já com quase nada de dinheiro. Então, nós tivemos uma infância muito difícil, a vida deles muito difícil, aquele tempo não era fácil emprego. Foi também uma época depois de anos, alguns anos depois da Segunda Guerra Mundial. Havia muita dificuldade aqui em São Paulo para empregos, nós tivemos uma vida um pouco apertada.

P/1 – E a atividade da mãe da senhora?

R – Ela sempre...

Continuar leitura

Título: Ontem e hoje, sempre Carnaval

Data: 21 de julho de 2007

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo

Entrevistador: Keli Garrafa
Entrevistador: Damaris do Carmo
Revisor: Viviane Aguiar
Transcritor: Claudia Lucena
Autor: Museu da Pessoa

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

voltar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

    voltar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

      voltar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      voltar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.

      Receba novidades por e-mail:

      *Campos obrigatórios