P – Então para começar Olisses, eu queria que você dissesse seu nome completo, local e data de nascimento. R - Meu nome completo é Olisses Luis Marmentini, sou natural da cidade de Erechim, Rio Grande do Sul. Nascido no dia 27/6/75. P – Toda tua família é do Sul? R - Toda minha f...Continuar leitura
P – Então para começar Olisses, eu queria que você dissesse seu nome completo, local e data de nascimento. R - Meu nome completo é Olisses Luis Marmentini, sou natural da cidade de Erechim, Rio Grande do Sul. Nascido no dia 27/6/75.
P – Toda tua família é do Sul? R - Toda minha família é natural do Rio Grande do Sul.
P – E como é que você foi parar no Aché? Como é que você trabalha hoje me Manaus? Como é que foi essa história? R - Bom, a minha história no Aché, ela é uma continuidade da minha história em Manaus praticamente. Porque o mesmo tempo que eu tenho de casa, que eu tenho dentro da empresa Aché, eu tenho também na cidade de Manaus. Tudo já vem há um certo tempo devido a um único parente da família que está residindo em Manaus, hoje tem 20 e tantos anos de residência fixa em Manaus. E há muito tempo fazia, repetia e refazia o convite, a mim em passeios pela cidade lá de Erechim para que viesse. Para que fosse para Manaus para fazer alguma coisa na cidade. Que seria mais promissor. Todos sabem que o Rio Grande do Sul tem várias peculiaridades uma delas é que tem um custo de vida bem acessível, porém tem um índice de rentabilidade um pouco inferior a outros locais. E foi um dos fatores que chamou a minha atenção depois de um certo tempo.
P – Tua família trabalhava com o quê? R - O meu pai sempre foi cooperativista. Sempre trabalhou em uma empresa cooperativa
da região. Minha mãe sempre foi dona de casa. fazendo alguns trabalhos extras como professora de datilografia. Mas nada além disso. E eu trabalhava na época, no ano de 98 em uma indústria de jeans. Trabalhava na área de vendas. E no final de 97 quando essa minha tia foi passear novamente na cidade, refez o convite. Porém com uma proposta mais encantadora do que das outras vezes. Ela propôs que eu fosse com ela para Manaus para colocar uma padaria. Abrir uma padaria, lá. Uma confeitaria com padaria na cidade. Me interessou. Fiquei interessado até pela situação financeira que eu vivia no momento. Estava trabalhando mas não era aquilo que eu queria. Eu queria mais para mim. Fiquei entusiasmado com a idéia. Fiz curso de padeiro. Na época eu era noivo. A gente resolveu que iria casar. Eu e minha esposa. É, atual esposa. Iríamos casar e iríamos enfrentar junto essa nova jornada da nossa vida. E fomos os dois fazer curso de confeiteiro, de padeiro. Passamos aí 2 meses fazendo esse curso. Isso foi de janeiro até a época que a gente viajou. Marcamos data de casamento. Tudo em questão de no máximo 2 meses de prazo. Então na verdade foi a decisão tomada em janeiro. O curso de confeiteiro e padeiro iniciado em fevereiro. No dia 25 de abril a gente casou. No dia 5 de maio a gente viajou para Manaus. No dia 16 de maio eu tive o primeiro contato com o Aché já por telefone, com um currículo que eu já havia entregue a um amigo que eu conhecia. Em dois dias que eu estava em Manaus. Em um almoço. E conversando com ele, falando, pediu se eu não queria entregar um currículo a ele. E eu passei informação de que não era o meu interesse. Porque o meu interesse era de abrir um negócio próprio juntamente com a minha tia. Na verdade eu ia só administrar o negócio. Só trabalhar no negócio. E, mas por casualidade do destino, ou até por, como dizem, ironia do destino faltava uma peça. Faltava uma máquina para a gente botar a padaria para funcionar. E nas lojas que forneciam essa máquina, tinha uma única distribuidora, de qualquer forma ia demorar em torno de 60 a 90 dias para se chegar essa máquina na cidade de Manaus. Por eu não conhecer em que se tratava a área, em que o Aché trabalhava, o que era Aché por ter sido um convite assim um tanto aleatório eu resolvi entregar esse currículo a ele. Que eu conheci nesse almoço. Para ver o que era? Pensando na minha idéia assim de fazer uns 3 meses, 4 meses. O tempo que iria ficar sem...
P – Demorar para chegar a maquina? R - Isso, sem a máquina para montar a padaria, fazer um trabalho extra para não ficar sem ter nenhum tipo de renda. Entreguei esse currículo mas também não tinha esperança de que isso fosse surtir efeito. E para minha surpresa, na outra semana como falei, fui contatado pela empresa. Fui fazer a entrevista. Aí que eu fui saber o que se tratava, o que eu ia fazer. E aí que eu tive outras interrogações: “Mas eu estou em Manaus há uma semana e meia. Eu não tenho carro. Eu não conheço a cidade. Nunca vi propaganda farmacêutica. Eu não sei o que é, para onde vai, não sei nada disso.” Aí o meu gerente na época, o Melquisedeque ele olhou para mim e disse: “Você tem vontade? Tem interesse? Tem garra? Tem determinação?” Eu digo: “Isso não falta. Isso é uma coisa que não falta realmente.” “Tá bom. A gente vai avaliar a tua situação.” Eu continuei fazendo os processos de seleção. Todinhos. Eram, segundo informações na época, eram mais de 30 candidatos que estavam concorrendo a duas vagas. E no processo final todo eu acabei sendo um dos selecionados. E, foi uma correria porque de sexta para segunda eu tive que conseguir um carro para trabalhar. Eu tive que arrumar assim tudo o que eu precisava de momentâneo. Então eu sofri bastante. Sofri bastante porque eu não conhecia nada na cidade.
P – Você lembra do primeiro dia de propagandista? Dos primeiros dias? R - Eu lembro praticamente dos primeiros três meses...
P – É? R - ...de trabalho que hoje eu paro, penso naquele início de trabalho que eu tive que foi um momento difícil da minha vida. Que às vezes a gente até pensava em desistir. Mas colegas dando aquele apoio, aquela força para a gente. Minha própria esposa na época, dando um apoio muito importante. A minha tia que estava aqui também, dando aquela incentivo, aquela força. Então foi ajudando a superar aqueles obstáculos. A gente vem de um local que tem um clima diferente. já é um empecilho. E eu sem ter conhecimento
também, comprei um carro na época sem ar-condicionado. Então já foi um problema que eu tive que ir superando aos poucos. Eu com nem 2 meses na cidade já estava com um cálculo renal de quase um centímetro de comprimento. Então quer dizer, tive além das dificuldades de trabalho, estava com problemas na saúde por em virtude de falta de líquido no organismo. Porque a gente não era acostumado. Não tem o hábito de beber muita água na cidade, no Sul. Então foram períodos difíceis. Onde eu trabalhei muito, o tempo todo com supervisão. Para poder conhecer o setor. Conseguia fazer uma visitação não o que era exigido, porque eu andava muito na rua pedindo para todo mundo onde é que eu ia chegar? Então foram 3 meses de muita batalha, de muita garra, de muita determinação. De força de vontade. Porque para conseguir superar, conseguir atingir aquilo que a empresa estava querendo e precisava. E eu me superar ao mesmo tempo porque eu tinha que conhecer um local totalmente diferente. uma cultura totalmente diferente. um jeito de vestir, de andar totalmente diferente, em pouco tempo. Porque era o tempo que eu tinha para me fixar na empresa ou eu não serviria para a empresa.
P – Em que área você começa a atuar? R - Eu comecei a atuar em uma área aleatória. Não era central e não era periférica. Era em um setor praticamente do meio. No meio de campo como falam. Então passei 1 ano praticamente atuando nesse setor que era na época o setor 102. E logo após isso passei para uma outra área que é o setor 101. Setor de centro ao qual eu trabalho até hoje. São 4 anos já e alguns dias completados agora no dia primeiro de junho. 4 anos de empresa. Sempre nessa mesma área. Nessa área central da cidade.
P – O que você acha que valeu mais a pena? R - Bom, eu acho que um aspecto positivo a gente tira, eu por exemplo eu tiro dessa, vamos supor dessa passagem. Dessa
trajetória toda que eu tive, acho que é o exemplo para todos os problemas que eu tenho hoje. Hoje no meu dia-a-dia. Quando eu acho que alguma coisa é impossível, que alguma coisa está difícil para você resolver, eu paro e começo a pensar naqueles momentos que eu vivi. Há 4 anos atrás. Eu acho que dificilmente alguma coisa agora pode ser pior do que aquilo que eu passei há 4 anos atrás. Então foram momentos assim de muita determinação, de muita batalha, mas que eu cheguei até aqui. então se eu cheguei até aqui passando por aquelas dificuldades com certeza o que tiver que vir daqui para a frente é moleza.
P – E surgiram bons relacionamentos com os médicos nessa história? R - Ótimos. Hoje eu tenho um círculo de amigos muito grande na cidade. As pessoas que trabalham na empresa realmente são uma família. Eu particularmente me apeguei muito às essas pessoas porque eu não tinha família aqui. então todo mundo com quem eu tinha uma relação propriamente dentro da empresa, ficou sendo a minha família. Não só minha como da minha esposa. Então a gente se apegou muito às pessoas do local. Diretamente com a empresa e posteriormente com algumas amizades em bairro, em condomínio, aquele negócio todo. Então hoje a gente tem um vínculo de amizade, eu arriscaria dizer acho que até maior do que na própria cidade onde eu nasci, me criei por quase 20 anos. Tenho na parte médica como você falou, a gente tem algumas amizades assim mais, com uma afinidade maior até pelo fato de Manaus ser um centro muito atrativo para profissionais de área médica de outros locais. Hoje nós temos um painel médico de médicos de São Paulo, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, Paraná, em um número razoável. E essas pessoas que vêm de fora, quando tem um contato com alguém que vem de lá e já está adaptado aqui é, acaba criando uma afinidade um pouco maior. E a gente tem, não só com eles é claro, mas com isso desenvolve uma afinidade maior com o nosso público alvo especificamente. Que é o médico.
P – E você acha que esse pólo atrativo decorre do quê? R - Pólo atrativo em Manaus é realmente pela oferta maior de trabalho. E a remuneração que é oferecida de certa forma melhor do que em outros locais. A mão de obra é mais fácil. Tem mais opções, mais oportunidades. Com um pagamento maior. É claro que o custo de vida também é um pouco mais alto. Mas compensa.
P – E do relacionamento com o médico tem alguma história marcante? Ou uma campanha que tenha te chamado muita atenção? R - Não, especificamente eu acho que não tem assim nenhuma história mais marcante. Até por quê os momentos de maior dificuldade como falei que atravessei nesse período, eu acho que até não me atentei a certas digamos acontecimentos momentâneos possivelmente com o trabalho. Aí posteriormente quando a gente foi pegando aquela habilidade, aquele, a desenvoltura normal do trabalho a gente já foi criando aquele vínculo de amizade com os profissionais da saúde. Então não tem assim um momento diferenciado com, especificamente com o relacionamento médico.
P – Mas você acha que os propagandistas do Aché têm um diferencial em relação a outros propagandistas?
R - Olha, eu (riso) sou suspeito em falar. Porque eu acho que a gente está aqui dentro, está vivenciando essa empresa, respirando essa empresa dia após dia. Mas o que a gente ouve no dia-a-dia no campo, no trabalho, na nossa guerra diária com outras empresas é que a gente sempre é diferente. Por algo, por menor que seja o ato a gente faz a diferença. E a gente ouve isso do profissional de saúde. Seja em uma ação, seja em um brinde, seja em um simples ato que a gente resolva desenvolver a gente alcança e consegue ouvir o nosso público alvo de profissional médico que a gente é diferente. E a gente procura com certeza fazer essa diferença. O nosso dia-a-dia, o nosso trabalho realmente é buscar o algo mais. Buscar o diferente.
P – E você deu uma virada total na tua vida, né? Mudou de cidade, mudou de trabalho, não dá nem para desvencilhar Manaus do Aché?
R - É, como eu citei no começo é impossível eu separar Manaus e Aché. Porque os dois aconteceram muito juntos. Eu praticamente cheguei em Manaus em maio, na metade do mês de maio eu já estava fazendo treinamento de novos no Aché. Fui efetivado no mês de junho. Primeiro dia do mês de junho. Então é impossível eu desvincular um do outro. e minha vida realmente foi uma virada total. Água e vinho. Totalmente diferente. Não tem explicação. Eu cheguei em Manaus praticamente sem nada. Eu tinha uma reservazinha de nada.
P –
E Estava morando com a tia ou não?
R - Logo que eu cheguei em Manaus sim, morava com a minha tia. Mas dentro de três meses o período de adaptação todo foi mudado todinho também depois de 3 meses. Já passei para uma casa para mim. Alugada para mim. Então tudo o que eu tenho hoje foi construído aqui em Manaus, eu com o Aché. Então é impossível desvincular Aché e Manaus. Eles tem que andar junto.
P – E que balanço você faz disso? R - Eu diria que...
P – Valeu a penar ter... (riso) ? R - Eu diria que Manaus e Aché hoje para mim eles representam – é claro que depois da minha família – eu acho que não seria nada, não teria feito nada se não tivesse uma boa educação. não tivesse tido oportunidade de estudar, oportunidade de conhecer. De saber quais são os melhores hábitos. As melhores maneiras de se portar. Então eu acho que a minha família foi extremamente fundamental na minha criação. Então tirando, saindo da minha família a partir da hora que eu comecei a andar por minhas próprias pernas como se diz, eu acho que Manaus e Aché para mim hoje é 100%. Tudo o que eu fiz, tudo o que eu tenho, depende disso. Então a minha razão de ser hoje como pessoa responsável pela minha família vem de Manaus e vem de Aché. Então a minha história de conquistas se resume a Manaus e Aché.
P – E por fim, queria te fazer mais uma pergunta o que você achou de ter contado um pouquinho da tua história aqui? R - Achei interessante a gente estar colocando essas, digamos assim, essas barreiras que a gente viveu no nosso dia-a-dia porque muitas vezes a gente pode até de uma certa forma estar auxiliando alguém a superar algum obstáculo na vida. Essa história que eu estou contando aqui eu já fui indagado outras vezes por outras pessoas, que por conhecer um pouquinho de como foi a minha chegada em Manaus e como está sendo hoje em dia. Já fizeram uso dessa história para realmente fazer exemplificar alguns problemas corriqueiros, até de empresa. Então eu acho que para mim é motivo de orgulho poder contar essa história porque no final da história eu realmente sou um vencedor. Eu não acabo essa história como infelizmente tive que parar e voltar. Não. Eu estou aqui. é real. Já se passaram 4 anos e muitos mais vão se passar, com toda certeza.
P – Com certeza. Muito obrigado. R - Obrigado a vocês.Recolher