Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Personagem: José Alves de Mira
Por: Museu da Pessoa, 15 de setembro de 2007

O tropeiro era telefone e “levador” de recado

Esta história contém:

O tropeiro era telefone e “levador” de recado

Vídeo

Meu nome é José Alves de Mira, eu nasci em outubro de 2024, como é que é? De 1924, né? Meu pai trabalhava na enxada, plantava muito, a gente plantava muito e trabalhava com tropa. Nas colheitas, ele trabalhava com tropas. Baldear as coisas para a cidade era o trabalho dele. Levava arroz, feijão, milho, café. Quando vendia porco capado, vendia os capados também na roça, punha no cargueiro e levava para a cidade, para os açougues. Era o trabalho manual do caipira lá na roça.

Com sete anos, eu comecei a cantar na Folia de Reis do meu pai, com esse cavaquinho que está aí me acompanhando, que custou dez tostões aqui em São Paulo, porque lá não tinha instrumento para vender. E estou até hoje nessa lida, trabalhando na roça, trabalhando com a música, trabalhando com a cultura popular, que é uma coisa... Negócio de “folcrore”. Quando eu vim de Minas Gerais que encontrei essa palavra aqui em São Paulo. Eu não sabia dobrar a língua para falar essa palavra: “folcrore”. Até hoje não falo direito, né?

Essa senhora que me levou para a Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que é a Dona Ângela Savastano, agradeço muito ela por ter me posto, ter me procurado, como dançador de Moçambique e cantador de Folia de Reis, para entrar no grupo do Piraquara, que é o grupo que ela fez em homenagem aos Piraquaras da beira do Rio Paraíba. Estou até hoje nessa vida, 20 anos, cuidando da roça, cuidando da minha família, e me sinto honrado por isso.

Eu comecei a trabalhar com meu pai já com sete anos de idade. Comecei a acompanhá-lo na roça, na enxada, na tropa. Eu sou o único tropeiro ainda em atividade no Vale do Paraíba, que expõe... Tenho toda a tralha, não tenho mais burro porque estão acabando com tudo, mas tenho tudo em casa. Se você chegar lá e falar: “Quero uma cangalha, feita em 1800”, eu tenho. Aquele cabeçote feito com o gancho inteirinho não tem emenda, feito em 1820, da tropa do...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Vivendo do que se crê
Vídeo Texto

Pedro Francisco dos Santos

Vivendo do que se crê
A feira da minha vida
Vídeo Texto

Moises Bastos

A feira da minha vida
Um mineiro cheio de histórias
Vídeo Texto
Só vou ser músico!
Vídeo Texto

Maurício Galacci Pereira

Só vou ser músico!
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.