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Personagem: Alberto Dines
Por: Museu da Pessoa,

O passado que fica

Esta história contém:

P/1 - Então, Dines, ia começar perguntando seu nome, data, local de nascimento.

R- Alberto Dines, 19 de fevereiro de 1932, Rio de Janeiro.

P/1 - Dines, você tava no Rio em outubro de 85?

R- De 75?

P/1 - 75.

R- Tava, tava, tava no Rio, tava no Rio, onde eu nasci e sempre trabalhei, não é? Tava no Rio e tinha recém-assumido o cargo de diretor da sucursal da Folha, no Rio de Janeiro, Folha de São Paulo, Rio de Janeiro. E também iniciando a minha contribuição como colunista político, coisa que eu nunca tinha feito na vida, em um jornal que não tinha página de opinião, durante muitos anos de 69 até logo depois da morte do Herzog, o jornal não tinha página de opinião. Tinha um comentário de Brasília, que era feito pelo Rui Lopes, que era uma coisa muito... Digamos, não era factual, era um comentário sobre algum fato do dia e que saía em páginas diferentes, de acordo com o assunto. Então a Folha, nessa mexida que ela fez, que eu acho da maior importância, porque não é... Repito, não é uma mexida formal, cosmética, como se faz muito, não, uma mexida em profundidade, um jornal que não tinha opinião resolveu expor a sua opinião de uma forma ostensiva num momento em que a imprensa ou estava sob censura ou estava em autocensura. Então a Folha naquele momento chamava atenção não apenas no circuito jornalístico, profissional, mas também junto aos leitores mais qualificados, que perceberam que de repente o jornal que na página dois tinha noticiário passou a ter opiniões e opiniões, digamos, muito ostensivas, muito fortes, né? Então a Folha tinha esse papel. E, junto com essa minha contratação, eu consegui, de contrabando, a autorização do Frias pra eu fazer uma coluna de crítica da imprensa, que na época não se falava em mídia, falava-se em imprensa. Eu queria fazer uma coisa no segundo caderno e tal, mas ele consentiu, aceitou a ideia do Cláudio Abramo que se fizesse no primeiro caderno, numa página...

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Projeto Herzog Hoje

Depoimento de Alberto Dines

Entrevistado por Mauro Malin e José Santos

São Paulo, 15 de agosto de 2005

Realização Museu da Pessoa

Código do depoimento CHH_CB003

Transcrito por Caroline Carrion

Revisado por Fernanda Regina

P/1 - Então, Dines, ia começar perguntando seu nome, data, local de nascimento.

R- Alberto Dines, 19 de fevereiro de 1932, Rio de Janeiro.

P/1 - Dines, você tava no Rio em outubro de 85?

R- De 75?

P/1 - 75.

R- Tava, tava, tava no Rio, tava no Rio, onde eu nasci e sempre trabalhei, não é? Tava no Rio e tinha recém-assumido o cargo de diretor da sucursal da Folha, no Rio de Janeiro, Folha de São Paulo, Rio de Janeiro. E também iniciando a minha contribuição como colunista político, coisa que eu nunca tinha feito na vida, em um jornal que não tinha página de opinião, durante muitos anos de 69 até logo depois da morte do Herzog, o jornal não tinha página de opinião. Tinha um comentário de Brasília, que era feito pelo Rui Lopes, que era uma coisa muito... Digamos, não era factual, era um comentário sobre algum fato do dia e que saía em páginas diferentes, de acordo com o assunto. Então a Folha, nessa mexida que ela fez, que eu acho da maior importância, porque não é... Repito, não é uma mexida formal, cosmética, como se faz muito, não, uma mexida em profundidade, um jornal que não tinha opinião resolveu expor a sua opinião de uma forma ostensiva num momento em que a imprensa ou estava sob censura ou estava em autocensura. Então a Folha naquele momento chamava atenção não apenas no circuito jornalístico, profissional, mas também junto aos leitores mais qualificados, que perceberam que de repente o jornal que na página dois tinha noticiário passou a ter opiniões e opiniões, digamos, muito ostensivas, muito fortes, né? Então a Folha tinha esse papel. E, junto com essa minha contratação, eu consegui, de contrabando, a autorização do Frias pra eu fazer uma coluna de crítica...

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