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Personagem: Nilton Dias da Rosa
Por: Museu da Pessoa, 26 de maio de 2007

O “filhinho” da caninha-verde

Esta história contém:

O “filhinho” da caninha-verde

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Meu apelido foi minha mãe que arrumou para mim. As pessoas ficam querendo saber: “Mas por que Filhinho?” Filhinho é porque minha mãe: “Filhinho, vem cá, filhinho, oh, meu filhinho.” Com aquele negócio de tanto carinho que ela tinha comigo, esse apelido pegou, que bem poucas pessoas aqui na cidade sabem meu nome completo.

Eu não sei se é defeito, ou se vale alguma coisa, mas eu não esqueço nada, muito difícil eu esquecer o que se passa comigo. Eu tenho recordação da minha infância. Teve um dia em que eu estava contando qualquer coisa desse tempo, uma pessoa falou para mim: “Seu Filhinho, quem gosta de passado é museu.” Eu não gostei de ela falar isso para mim, mas eu não zanguei com ela, não. Falei: “Oh, menina, muito obrigado.” Agradeci, né? Não gosto que ela me corrija.

Cheguei em casa e falei com a minha mãe que eu ia trabalhar na Central do Brasil. Ela foi e falou: “Ué, você vai para a Central, onde é que você vai dormir? Onde você vai comer?” Eu falei para minha mãe: “De dia, eu como pão e bebo água, já estou alimentado!” Falei para minha mãe. “Quando chegar a noite, eu fico andando por lá. Enquanto não arranjar lugar, eu fico andando por lá. Quando eu vir uma árvore que tenha bastante, bastante folha, eu fico ali debaixo para não cair muito sereno.” A minha mãe não gostou muito, não ficou muito satisfeita de eu falar isso.

Eu vinha [da roça] para a cidade com aquela vontade de namorar as mocinhas, quatro quilômetros de coragem que eu tinha. Chegava, ficava passeando por aí, depois vim morar para cá. Mas teve um dia em que cheguei em minha casa, era dia de Carnaval. O meu pai falou assim: “Meu filho, Filhinho, estão te esperando aqui para você sair.” Os vizinhos lá, um grupo que tinham. “Estão te esperando para você sair hoje na caninha-verde.” Eu olhei: “Pai, eu não posso sair na caninha-verde. Eu...

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