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Por: Museu da Pessoa, 10 de janeiro de 2012

Nunca vou te esquecer

Esta história contém:

Nunca vou te esquecer

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“Um dia veio aqui esse cara e falou que ele ia escrever o nome da ex-mulher dele, Marilda, Matilda, sei lá como é que era. Normalmente a pessoa escreve pequeninho, que é para fazer um agá com a menina. Mas não, ele escreveu aqui inteiro: ‘Nunca vou te esquecer.’ E ela tinha acabado de chutá-lo, de terminar com ele. O tatuador fazendo lá e a gente só atrás: ‘Meu Deus, o que esse cara está fazendo?’ Aí chega a mulher, uma mulher enorme; entra lá, não fala oi pra ninguém. Entra direto na sala, senta na frente dele e fica olhando pra ele. Sem brincadeira, ela ficou olhando pra ele uns 15 minutos e ele olhando pra ela. O tatuador começou a suar e aí ela foi embora. O cara terminou a tattoo, não falou com ninguém e foi embora atrás dela. Sei lá no que deu aquilo, mas ficou na memória aquele dia, um negócio constrangedor. A gente aconselha a não fazer o nome de ninguém, mas o cara é maior de idade, ele sabe o que faz da vida. Quase todos os que fazem, depois de alguns meses, voltam para cobrir com a gente; então cobertura lá é o tempo inteiro, tatuagem velha, tatuagem antiga, vai reformar, refazer tatuagem antiga, tem muito. É quase metade, porque as pessoas se arrependem. Fazem sem pensar, depois querem voltar e dar um jeito de consertar. Normalmente não fica bom. Esse segmento é péssimo se o cliente fica insatisfeito, porque na maioria das vezes não tem o que fazer. É o único mal. Mas, por outro lado, tatuagem de verdade, quando ela é bem-feita, quando é do jeito que é para ser feito, não tem preconceito. Tem casos de menininhas que vão com o pai, o pai odeia tatuagem. Aí fica lá; quando terminam, o pai gosta tanto que às vezes até volta pra fazer uma também. Acho que preconceito sempre vai existir, sempre vai ter pessoas que têm outra opinião, mas eu penso que está evoluindo. Depois do “Miami Ink”, que passou na televisão, a tatuagem virou outra, porque as pessoas...

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P/1 – Arthur, primeiramente eu gostaria de agradecer a sua participação. Pra começar, eu gostaria de perguntar o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Arthur Augusto Gomes Cotrim, eu nasci em São Paulo, em 1989.

P/1 – Que dia e mês?

R – Dia 18 de Setembro.

P/1 – Está certo. Você poderia falar pra mim o nome dos seus pais?

R – Meu pai se chama Antônio Miguel Cotrim e minha mãe Wanda Gomes de Castro.

P/1 – E o que eles fazem, qual a atividade deles?

R – Eles têm uma produtora de vídeo, minha mãe tem uma produtora, meu pai é publicitário, faz campanha política também, todo o tipo de propaganda.

P/1 – Você pode descrever um pouquinho disto pra gente?

R – Meu pai, ele faz campanha política na verdade, campanha publicitária de eleição, de prefeito, sei lá, de político. Eu nunca soube direito o que ele fazia (risos). É sério. Minha mãe tem uma produtora, eles usam a produtora dela pra fazer propaganda, fazer tanto pro trabalho do meu pai, como pra outras coisas.

P/1 – E você tem irmãos?

R – Eu tenho quatro irmãos.

P/1 – E como é você nessa escadinha?

R – Eu sou o único dos meus pais, minha mãe tem outros filhos e meu pai tem outra filha. Eu cresci sempre no meio dessa loucura, na confusão.

P/1 – E você conhece seus avós, chegou a conhecer seus avós?

R – Conheço meus quatro avós, um avô morreu já e tem três vivos. Eu me dou mais com as minhas avós, meus avôs são...

P/1 – (risos) E você conhece a origem da família?

R – A do meu pai, eu não sei, acho que eu nunca tive contato com eles, eu sou mais ligado na família da minha mãe. Eles são da Itália, meu bisavô, meus tataravôs eram da Itália, aí vieram para o interior, ficaram lá até a minha mãe vir pra cá. Minha mãe não, na verdade veio a minha avó com os filhos dela.

P/1 – E você disse que nasceu aqui em São Paulo. Você pode descrever pra gente a sua rua, na sua infância, na casa onde...

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