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Por: Museu da Pessoa,

Nascimento e renascimento

Esta história contém:

P/1 – Começando, Vânia, eu queria que você dissesse o teu nome inteiro, a data e o local de nascimento.

R – Vânia Daura de Morais Rosa. Eu nasci em Extrema, no Estado de Minas Gerais, no dia 20 de junho de 1959.

P/1 – Bom, Vânia, eu queria que você falasse sobre a sua infância: quais as memórias, as lembranças que você tem da sua infância? As mais antigas?

R – Bom, o que mais ficou marcado é a rua da minha casa. Extrema é uma cidade bem de interior mesmo, e eu devia ter uns quinze primos, mais ou menos, e todos nós morávamos na mesma região, bem próximos um do outro. A figura que fazia com que todos nós ficássemos próximos era o meu avô, que era uma pessoa muito poderosa, então na infância ele foi uma figura muito forte na minha vida. Nós brincávamos na rua de queimada, de futebol... E nós brincávamos na rua da minha casa, a imagem mais forte da minha infância tem a ver com ele mesmo, o meu avô, porque ele criou os cinco filhos dele, são duas mulheres e três homens, mas com o poder sobre todas as famílias. Ele tinha o poder financeiro sobre todos os filhos, porque nós morávamos nas casas dele, então ele dominava realmente toda a família. Como éramos vários primos e mais as crianças da rua também, a imagem que mais me marca são as vezes em que a gente brincava e ele sempre aparecia, ele era proprietário... Tinha o único posto de gasolina da cidade e uma frota de uns trinta caminhões, mais ou menos. Fazia transporte de São Paulo a Belo Horizonte. E nós brincávamos nessa rua em que os caminhões transitavam e estacionavam, era assim constante a interferência dele nas nossas brincadeiras, e eram interferências aparentemente violentas, porque ele espantava as crianças da rua com um chicote, sabe? Só que de todos os netos, a neta mais ligada afetivamente, que realmente conseguia sentar no colo dele, dar carinho e receber também, essa neta era eu. Eu poderia ser considerada a...

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Dados de acervo

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Museu da Pessoa

Depoimento de Vânia Daura de Morais Rosa

Entrevistadado por Ari Meneghini

Local, 27/11/1999

Realização Instituto Museu da Pessoa

Código: MA_EA_HV119

Transcrito por Rosangela Maria Nunes Henriques

Revisado por Ligia Furlan

P/1 – Começando, Vânia, eu queria que você dissesse o teu nome inteiro, a data e o local de nascimento.

R – Vânia Daura de Morais Rosa. Eu nasci em Extrema, no Estado de Minas Gerais, no dia 20 de junho de 1959.

P/1 – Bom, Vânia, eu queria que você falasse sobre a sua infância: quais as memórias, as lembranças que você tem da sua infância? As mais antigas?

R – Bom, o que mais ficou marcado é a rua da minha casa. Extrema é uma cidade bem de interior mesmo, e eu devia ter uns quinze primos, mais ou menos, e todos nós morávamos na mesma região, bem próximos um do outro. A figura que fazia com que todos nós ficássemos próximos era o meu avô, que era uma pessoa muito poderosa, então na infância ele foi uma figura muito forte na minha vida. Nós brincávamos na rua de queimada, de futebol... E nós brincávamos na rua da minha casa, a imagem mais forte da minha infância tem a ver com ele mesmo, o meu avô, porque ele criou os cinco filhos dele, são duas mulheres e três homens, mas com o poder sobre todas as famílias. Ele tinha o poder financeiro sobre todos os filhos, porque nós morávamos nas casas dele, então ele dominava realmente toda a família. Como éramos vários primos e mais as crianças da rua também, a imagem que mais me marca são as vezes em que a gente brincava e ele sempre aparecia, ele era proprietário... Tinha o único posto de gasolina da cidade e uma frota de uns trinta caminhões, mais ou menos. Fazia transporte de São Paulo a Belo Horizonte. E nós brincávamos nessa rua em que os caminhões transitavam e estacionavam, era assim constante a interferência dele nas nossas brincadeiras, e eram interferências aparentemente violentas, porque ele espantava as crianças da...

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