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Personagem: Renaldo Perez
Por: Museu da Pessoa, 19 de fevereiro de 2005

Na escola da vida, não há férias

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Na escola da vida, não há férias

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P1 - Bom, começar a entrevista, vou pedir pro senhor falar de novo o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R- Renaldo Perez, estou com 87 anos, nasci no dia 20 de maio de 1918 na cidade de Cuiabá, Mato Grosso.

P1- E o senhor estava nos falando que ficou vinte dias só em Cuiabá.

R- Eu saí logo após o meu nascimento. Meu pai tinha vendido um hotel que ele tinha, apesar dele ser marceneiro, ele tinha hotel cosmopolita e houve um tiroteio no hotel, político, e minha mãe, quando eu nasci... Eu nasci até preto, meio carbonizado, eu nasci antes da data. E logo em seguida, alguns meses depois, saímos de Cuiabá. Naquela época levavam-se muitos dias no transporte de... fluvial, era o único transporte que existia com o resto do Brasil, era via o Rio Paraguai que ia pra Corumbá. De Corumbá já pegava a estrada de ferro que vinha pra São Paulo para o resto do Brasil. O único meio de comunicação com Cuiabá nessa época, mesmo quem vinha de fora, era através de Buenos Aires, via Rio Paraguai, pra pegar no Rio da Prata, pegava o Rio Paraguai e subia pro Rio Cuiabá...

P1- Mas o senhor foi morar em Corumbá? Ou o senhor foi morar em outra cidade?

R- Fui morar pra Corumbá. Viemos pra Corumbá, ficamos radicados lá porque já tínhamos um tio que morava em Corumbá. E papai então ficou em Cuiabá, por algum período. Nove, oito anos, nós ficamos em Corumbá, depois nos mudamos para Campo Grande, que já tinha um irmão que era contador de uma grande empresa, que era a Vasques e Companhia, ele favoreceu a ida de meu pai, minha mãe e os filhos, éramos oito, ele já morando em Campo Grande.

P1- E me fala uma coisa seu Renaldo, o que o senhor lembra... O senhor lembra de alguma coisa de quando o senhor era criança lá em Corumbá, assim, que o senhor cresceu, como é que era?

R- Ah, em Corumbá, eu lembro bem de uma revolução. Entraram pela minha casa, pularam o muro, a tropa do exército se esquartelou dentro da minha casa, da...

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Museu Aberto

Depoimento de Renaldo Perez

Entrevistado por Claudia Leonor e Ana Paula Severiano

São Paulo, 19 de fevereiro de 2005

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista número: MA_HV109

Revisado por Fernanda Regina Ferreira

P1 - Bom, começar a entrevista, vou pedir pro senhor falar de novo o seu nome completo, o local e a data de nascimento.

R- Renaldo Perez, estou com 87 anos, nasci no dia 20 de maio de 1918 na cidade de Cuiabá, Mato Grosso.

P1- E o senhor estava nos falando que ficou vinte dias só em Cuiabá.

R- Eu saí logo após o meu nascimento. Meu pai tinha vendido um hotel que ele tinha, apesar dele ser marceneiro, ele tinha hotel cosmopolita e houve um tiroteio no hotel, político, e minha mãe, quando eu nasci... Eu nasci até preto, meio carbonizado, eu nasci antes da data. E logo em seguida, alguns meses depois, saímos de Cuiabá. Naquela época levavam-se muitos dias no transporte de... fluvial, era o único transporte que existia com o resto do Brasil, era via o Rio Paraguai que ia pra Corumbá. De Corumbá já pegava a estrada de ferro que vinha pra São Paulo para o resto do Brasil. O único meio de comunicação com Cuiabá nessa época, mesmo quem vinha de fora, era através de Buenos Aires, via Rio Paraguai, pra pegar no Rio da Prata, pegava o Rio Paraguai e subia pro Rio Cuiabá...

P1- Mas o senhor foi morar em Corumbá? Ou o senhor foi morar em outra cidade?

R- Fui morar pra Corumbá. Viemos pra Corumbá, ficamos radicados lá porque já tínhamos um tio que morava em Corumbá. E papai então ficou em Cuiabá, por algum período. Nove, oito anos, nós ficamos em Corumbá, depois nos mudamos para Campo Grande, que já tinha um irmão que era contador de uma grande empresa, que era a Vasques e Companhia, ele favoreceu a ida de meu pai, minha mãe e os filhos, éramos oito, ele já morando em Campo Grande.

P1- E me fala uma coisa seu Renaldo, o que o senhor lembra... O senhor lembra de alguma coisa de quando o senhor era...

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