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Por: Museu da Pessoa, 1 de agosto de 2013

Não quero ser esquecido

Esta história contém:

Não quero ser esquecido

Minha casa na infância era enorme, era aquela típica casa do interior que… sabe, enorme! A casa da minha vó, era um casarão grande, um quintal enorme, porque no quintal tinha criação de gado, tudo, eu não cheguei a ver a criação de gado, porque o meu avô faleceu antes de eu nascer, né, mas era uma casa enorme, com o teto bem alto, ah, toda vez que eu lembro dela eu só penso em uma mansão, de tão grande que ela era pra mim, sabe? E uma das coisas interessantes lá, é que tinha uma parte da casa, né, logo no inicio, que tinha uma escada e tinha uma espécie de segundo andar dentro da casa, andar de cima e os degraus eram bem pequenos e uma das minhas diversões de infância na época, era tentar subir escondido lá, que a minha avó não deixava, ela ficava louca, né? Ai, quando menos se esperava, estava eu lá, subia o primeiro degrau, conseguia subir o primeiro degrau, descia, ai outro dia, subia mais dois degraus, até que eu cresci, e tive autorização de ir até lá em cima, até porque casa antiga, de interior, geralmente tem morcego, essas coisas assim, e a minha avó tinha muito medo de morcego, ela me ensinou, inclusive, que uma das formas de você espantar morcego era batendo palma. Ai, quando aparecia um morcego de noite pela casa, eu corria pra debaixo da mesa, uma mesa enorme, toda de madeira, enorme e ficava batendo palma debaixo da mesa, pra ver se os morcegos iam embora. Ainda hoje, quando eu vejo um morcego assim, eu lembro disso e às vezes, ainda bato palma pra ver se espanto os morcegos.

Quando eu era pequeno, era a minha avó que exercia a autoridade lá em casa, ela sempre foi aquele estereotipo da sinhá, da senhora, a chefe de família, sabe? Ela sempre foi o elo principal da família, era uma pessoa rígida, firme, mas sempre fazia tudo por todo mundo. Era uma senhora assim, que era muito conhecida pela rua. O nome dela era Francisca Carneiro Vasconcelos Aguiar, só que todo mundo conhecia ela como Queridinha, a...

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P/1 – Edmar, você pode começar falando seu nome completo, local e data de nascimento?

R – Meu nome completo é Francisco Edmar Cialdine Arruda, eu nasci em nove de abril de 1980, em Sobral.

P/1 – Até quanto tempo você ficou em Sobral?

R – Na verdade, em Sobral, eu só fiz nascer, a minha família toda é de uma cidade vizinha de lá, Massape, e ai, eu morei por lá, praticamente a primeira fase da minha infância, meus pais vieram pra cá, quando eu era pequeno, com a minha irmã mais velha e eu fiquei lá, ainda um tempo mais com a minha avó. Ai depois, que eu vim pra cá.

P/1 – Como que é o nome do seu pai?

R – Mario

P/1 – Mario?

R – Mario de Nazaré Arruda

P/1 – E da sua mãe?

R – Eugênia Célia Cialdine Arruda

P/1 – O quê que o seu pai faz?

R – O meu pai, ele atualmente, ele trabalha com transporte, transporte de criança…

P/1 – Mas na época, ele fazia o quê?

R – Na época… já trabalhou de tanta coisa, mais fácil perguntar o que ele não fez, mas eu acho que na época, ele trabalhava com almoxarifado, armazém, uma coisa assim do tipo

P/1 – E a sua mãe?

R – A minha mãe é funcionaria pública do estado

P/1 – Ela já era lá, quando você nasceu?

R – Não, acho que não, acho que ela foi se tornar funcionaria depois que eu nasci, ai trabalhava lá e ai, conseguiu transferência pra cá, porque o meu pai já tava morando aqui

P/1 – Em quantos irmãos vocês são?

R – Somos três, tem a mais velha, né, eu sou o do meio e tem a caçula

P/1 – Como que era a sua casa de infância?

R – Era enorme, era aquela típica casa do interior que… sabe, que… enorme, enorme! A casa da minha vó, era um casarão grande, um quintal enorme, porque no quintal tinha criação de gado, tudo, eu não cheguei a ver a criação de gado, porque o meu avio faleceu antes de eu nascer, né, mas era uma casa enorme, com o teto bem alto, ah, toda vez que eu lembro dela eu só penso em uma mansão, de tão...

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