Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 15 de setembro de 2011

Mundo animal

Esta história contém:

Mundo animal

Vídeo

“Eu sempre tive porquinho de estimação, cabrito de estimação. Depois, lá pelas tantas eles sumiam.’Mas cadê o porco?’ ‘O porco já estava muito grande; foi para uma fazenda.’ Tinha uma galinha, a Cinzenta. Super de estimação! Quando nós mudamos de Araraquara, foi o drama não trazer a galinha. Lembro que eu quis ser pianista, dançarina clássica, correspondente estrangeira e estudei francês. Acabei me formando em Direito. Exerci por oito anos, mas eu não gostava, eu me sentia sufocada, porque a vida do advogado é do escritório para os fóruns, é fila, é burocracia. Eu me sentia chateada com aquilo e um dia uma vizinha que ia comprar uma loja de equitação me perguntou: “Quer ser minha sócia?” Na hora que ela falou, pareceu estranho, eu nunca tinha pensado naquilo. A loja era na Vila Nova Conceição, ali encostado com Moema e, para piorar, eu estava morando na Serra da Cantareira. Mas eu topei; resolvi ver no que ia dar. Tudo bem, só que no último momento ela desistiu. Aí eu pensei: ‘Bom, agora estou nisso, agora vou.’ No começo foi complicado, porque tudo tem seu lado técnico; então são os acessórios, as embocaduras, por exemplo, seja freio, seja bridão. Você tem que saber que tipo de embocadura um cavalo precisa, porque um puxa a cabeça para esquerda, outro para a direita, o outro cisma de ficar com a cabeça mais derrubada. Eu tive que aprender um bocado de coisas, então comecei a ler: revistas, uns poucos livros que tinha sobre o assunto. Fui lendo. Aprendi que você pode montar com qualquer camisa, mas nas provas é obrigatório um uniforme, e esse uniforme quem determina é a FEI, Federação Equestre Internacional. Tem que ter uma casaca, tem que ter uma camisa para as mulheres que o colarinho é alto, tipo colarinho de padre. O culote tem que ser branco ou bege. Bota tem que ter, capacete de proteção, chicote. A luva não é obrigatória, mas é bom usar porque aumenta a...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

P/1 – Vera, boa tarde. Primeiro eu gostaria de agradecer de você ter aceitado o nosso convite, de vir ao Museu para dar essa entrevista e começar pedindo para você falar para a gente seu nome completo, local e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Vera Regina D´Egmont de Moraes, nasci aqui em São Paulo, em 28 de junho de 1942.

P/1 – Vera, qual é o nome dos seus pais?

R – Meu pai chamava-se Rubens Van Varemberg D´Egmont, era de descendência belga e italiana, e minha mãe, Zilah Teixeira Correa D´Egmont, bem brasileira o Teixeira Correa, e o D´Egmont do meu pai.

P/1 – E qual que era a atividade deles? O que eles faziam?

R – Meu pai ele foi funcionário federal a vida toda, ele era auditor fiscal, mas ele também teve atividades comerciais, digamos assim. Então, ele trabalhou com venda de terras, com loteamentos. E teve um sítio uma vez que foi uma experiência muito interessante, que ele comprou de uns italianos em Jundiaí. Então, esses italianos lá dentro tinham vinhedos, tinha uma pequena fábrica de vinhos, que era um encanto. Era uma construção toda de pedra, muito alta, com uns tonéis imensos de madeira. Não sei por que, mas eles, os italianos, chamavam aquela pequena fábrica de cantina. Eu nunca soube por que, porque eu era bem pequena, mas eles a chamavam cantina. Então, meu pai teve essa segunda e terceira atividade. Era um homem, assim, muito inteligente, muito empreendedor, querendo que os filhos realmente tivessem asas e batessem as asas, sabe? Ele sempre nos impulsionou para frente. Minha mãe foi uma pessoa maravilhosa, porque ela perdeu os pais aos três anos de idade, naquela famosa epidemia de febre espanhola, que matou muitas, muitas pessoas. Então, foi educada por tios. Ela morava na época na região de Ribeirão Preto. Foi realmente uma pessoa lutadora, muito inteligente. Ela também exerceu várias atividades, ela foi, por exemplo, professora em fazendas, porque na região de Ribeirão Preto tinha muitas...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Cowboy da bota ao chapéu
Vídeo Texto

Sebastião Faria Pedroza

Cowboy da bota ao chapéu
A São Paulo da minha época...
Vídeo Texto
Vídeo Texto

Cecilia Barros de Mello Falavigna

"Se está na minha mão, é porque eu sou capaz"
Ligeiramente atrasado e totalmente desarmado
Vídeo Texto

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.