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Por: Museu da Pessoa,

Muito mais que cerveja na garrafa

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Muito mais que cerveja na garrafa

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P1 – Inicialmente, obrigado pela presença do senhor aqui. E, para começar, eu queria que o senhor dissesse seu nome completo, local e data de nascimento.

R – José Heitor Attílio Gracioso. Eu nasci em São Paulo, no bairro da Mooca, em 20 de novembro de 1931.

P1 – Os seus pais também são de São Paulo?

R – O meu pai era italiano, falecido já. Luis Gracioso, nascido em Castel de San Lorenzo, em Salerno, no sul da Itália. A minha mãe, Antonieta Burti, brasileira, nascida em São Paulo. Mas as famílias de ambos tiveram origem na Itália.

P1 – E qual era a atividade do seu pai?

R – Meu pai era modelista de calçados.

P1 – E sua mãe?

R – Minha mãe era do lar. Ajudava também, mas não tinha uma profissão definida.

P1 – E quando o senhor nasceu, eles já residiam na Mooca?

R – Já.

P1 – E como era a Mooca na época da sua infância?

R – Exatamente. Eu nasci na Rua Javari. Ela existe ainda hoje, onde está o velho campo do Atlético Juventus. O bairro da Mooca, como mais alguns anos depois eu fiquei sabendo e vendo, era um bairro industrial. Embora ficasse a três quilômetros da Praça da Sé, era um centro industrial. Já existia na Avenida Presidente Wilson a Companhia Antarctica Paulista. Na própria Rua Javari você encontrava o maior cotonifício, então, do Brasil, o Cotonifício Rodolfo Crespi. Na Rua João Antônio de Oliveira você tinha a Companhia Paulista de Louças Esmaltadas. Coisa que hoje você não vê mais lá: pratos de ferro esmaltados. E mais um pouco adiante, na Rua da Mooca, nós tínhamos a Fábrica de Calçados Clark. Então, bairro inteiramente industrial, a população era ainda dos imigrantes, que haviam deixado a Europa, principalmente Itália, principalmente Portugal, um pouco de espanhóis, para encontrar aqui no Brasil, as oportunidades que eles não tiveram, como pretendiam ter na Europa. E já você encontrava também aqueles que...

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Projeto Memória Viva Ambev

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de José Heitor Attílio Gracioso

Entrevistado por Fernando de Godoy e Fernando Amaro Mendes Neto

São Paulo, 08 de novembro de 2005

Código: AMBEV_HV016

Transcrito por Ana Elisa Antunes Viviani

Revisado por Vinícius Abrahão de Oliveira

P1 – Inicialmente, obrigado pela presença do senhor aqui. E, para começar, eu queria que o senhor dissesse seu nome completo, local e data de nascimento.

R – José Heitor Attílio Gracioso. Eu nasci em São Paulo, no bairro da Mooca, em 20 de novembro de 1931.

P1 – Os seus pais também são de São Paulo?

R – O meu pai era italiano, falecido já. Luis Gracioso, nascido em Castel de San Lorenzo, em Salerno, no sul da Itália. A minha mãe, Antonieta Burti, brasileira, nascida em São Paulo. Mas as famílias de ambos tiveram origem na Itália.

P1 – E qual era a atividade do seu pai?

R – Meu pai era modelista de calçados.

P1 – E sua mãe?

R – Minha mãe era do lar. Ajudava também, mas não tinha uma profissão definida.

P1 – E quando o senhor nasceu, eles já residiam na Mooca?

R – Já.

P1 – E como era a Mooca na época da sua infância?

R – Exatamente. Eu nasci na Rua Javari. Ela existe ainda hoje, onde está o velho campo do Atlético Juventus. O bairro da Mooca, como mais alguns anos depois eu fiquei sabendo e vendo, era um bairro industrial. Embora ficasse a três quilômetros da Praça da Sé, era um centro industrial. Já existia na Avenida Presidente Wilson a Companhia Antarctica Paulista. Na própria Rua Javari você encontrava o maior cotonifício, então, do Brasil, o Cotonifício Rodolfo Crespi. Na Rua João Antônio de Oliveira você tinha a Companhia Paulista de Louças Esmaltadas. Coisa que hoje você não vê mais lá: pratos de ferro esmaltados. E mais um pouco adiante, na Rua da Mooca, nós tínhamos a Fábrica de Calçados Clark. Então, bairro inteiramente industrial, a...

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