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Por: Ianarema Coutinho Oliveira, 9 de novembro de 2023

Meu caneco de plástico azul

Esta história contém:

Meu caneco de plástico azul

Lá pelos anos de 1971, eu vivia com meus pais e meus irmãos na roça.

Eu tinha apenas três anos de idade.

Tudo de bom que acontecia em nossas vidas de criança, acontecia na casa de vovô Juvenal e vovó Maristela.

Vovô não era desses avôs que se apegam muito aos netos e lhes dão muita importância, ele era um homem que havia colocado doze filhos na face da terra

Colocou a todos para trabalharem no cabo da enxada logo cedo o chão era seco e duro, era quase sertão, que só via chuva, uma ou duas vezes por ano.

Dizia que tinham que plantar para comer e para comer, teriam então que trabalhar e plantar.

Sua descendência era italiana e ele pronunciava algumas vezes, palavras que não conseguíamos compreender.

Minha avó dona Maristela, era uma pessoa completamente alheia às situações do cotidiano, não gostava dos afazeres domésticos e sempre estava se sentindo mal.

Gostava mesmo era de ouvir novela de rádio, num cantinho da sala, onde ninguém pudesse importuná-la.

Mas, o que vovó mais adorava na vida era viajar.

Isso sim!

Para tanto, vovó sempre dava um jeitinho de convencer meu avô a mandá-la para uma viagem a lugares que ela considerava importante para se restabelecer dos seus mal estares.

Essas viagens eram quase sempre constantes.

Quando vovó estava em casa, gostávamos de dormir meus irmãos e eu, na casa dela, porque eu particularmente, adorava me sentar no chão, junto aos seus pés, para ouvir novela de rádio junto com ela.

Como casaram-se ainda muito jovens, meus avós tinham três filhos que eram da mesma idade que eu e meus dois irmãos, ou seja, tios e sobrinhos com a mesma idade.

Por isso, dividíamos tudo, desde as roupas até os calçados, incluindo aí, até as escovas de dentes.

Não era hábito comum entre as famílias, essa coisa de escovar os dentes todos os dias e se era, na roça ninguém ligava muito para isso.

Minha mãe era instruída e tentava transmitir seu...

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