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Por: Museu da Pessoa, 13 de abril de 2017

Jeff: do tombo ao pódium

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Jeff: do tombo ao pódium

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Sou Jefferson - com dois ‘efes’ - Silva Santos. Nasci aqui mesmo, na Capital de São Paulo, em 22 de setembro de 1978. Meus pais tinham ocupações modestas: meu pai era motorista e depois se tornou dono de um bar na periferia, onde a gente morava; minha mãe sempre foi costureira mas, no final da vida, trabalhou como doméstica. Formávamos uma família comu. Eu, meu pai, minha mãe e uma irmã mais nova que eu. Humilde, mas harmoniosa. E sempre recebemos orientação, principalmente da mãe, para que nos afastássemos do mau caminho (drogas, bebida, etc.) e optássemos pelo estudo, pela religião e pelo esporte.

Dentro disso, meu pai, uma pessoa um tanto rude mas de muita generosidade, me encaminhou, criança ainda, para a capoeira. Ao primeiro golpe mais forte, chorei e quis desistir. Mas meu pai me fez ver que a vida é luta, e dela não se foge. Acabei gostando da capoeira. Também gostava de correr e gostava de futebol. Nas periferias, sem opções de lazer e cultura, o campinho de futebol, a garotada jogando pé no chão, é sempre uma tradição. Acalentei, como todo garoto pobre da periferia, o sonho de ser um jogador profissional, ganhar muito dinheiro e mudar a realidade da minha família. De estudar, não gostava não. Indisciplinado, briguento, mau aluno, trocava a sala de aula pela torcida no estádio.

E aí, em plena adolescência - 16 anos - eu perdi meu pai. Perdi para uma vida desregrada como dono de bar: bebida, cigarro, sedentarismo, comida gordurosa. Aliás, era o padrão na família dele e entre os clientes do bar. O fato é que meu pai amargou um final de vida sofrido demais. E não faltaram aí componentes de um drama já conhecido: a separação, a solidão, condições degradantes de vida, a completa entrega ao vício. Tudo isso foi muito triste para mim e, de certa forma, encurtou minha infância, minha adolescência, principalmente porque, com a morte do meu pai, coube-me responsabilidades de...

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