Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 5 de junho de 1997

"O grande progresso na terapêutica está por vir"

Esta história contém:

P/1 - Começando, eu gostaria que o senhor fizesse uma identificação com seu nome completo, data e local de nascimento.

R - O meu nome completo é Elisaldo Luiz de Araújo Carlini, eu nasci na cidade de Ribeirão Preto, [no] dia 9 de junho de 1930.

P/1 - Isso, Dr. Carlini, então...

R - Vou continuando ou...

P/1 - Fique à vontade. É uma conversa descontraída, não tem nenhuma formalidade. Eu queria, só pra gente pegar uma trajetória, traçar uma cronologia... As origens, pegando inicialmente pelo lado do seu pai. O que o senhor conhece? As origens da sua família, de onde vêm, se são imigrantes?

R - Voltando pra Ribeirão Preto, meu nome Elisaldo vem do meu avô, que era Elisaldo Ferreira Goio, que foi um dos primeiros… Acho que foi o primeiro médico que chegou na cidade de Ribeirão Preto. Ele foi uma pessoa muito marcante na família. Ele morreu em 1937, relativamente jovem, mas eu me lembro muito bem; eu tinha 7 anos. Eu me lembro até da cena do enterro de meu avô.

Ele foi uma pessoa que marcou muito porque a família foi muito rica, tinha muitas fazendas. Na década de 20 ele perdeu tudo, por duas coisas: primeiro, em jogo e, segundo, com a grande queda que houve no preço do café. A família ficou meio marcada com isso, quer dizer, era uma família que teve uma tradição na cidade e que perdeu o status.

A minha mãe era uma professora primária. Ela me contava que, naquela época, meu avô tinha três carros, numa cidade pequena como Ribeirão Preto. Era um luxo total, né? Minha avó materna era uma pessoa semi-alfabetizada. Uma mulher, dizem, muito bonita. A minha mãe era a mais velha de dezessete, uma tropa de dezessete. E o meu avô era um verdadeiro patriarca, quer dizer, os filhos iam se casando e as filhas também; a tendência era ir se agregando à família e não, simplesmente, separando. Então, eu me lembro, meu avô morreu quando eu tinha sete anos, mas eu devia ter uns quatro, cinco ou seis anos... Eu me...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Abifarma 50 anos

Depoimento de Elisaldo Carlini

Entrevistado por Luiz André Prado e Cláudia Leonor

São Paulo, 05/06/1997

Entrevista nº ATD_HV022

Realização: Museu da Pessoa

Transcrito por Teresa Melo

Revisado por Genivaldo Cavalcanti Filho

P/1 - Começando, eu gostaria que o senhor fizesse uma identificação com seu nome completo, data e local de nascimento.

R - O meu nome completo é Elisaldo Luiz de Araújo Carlini, eu nasci na cidade de Ribeirão Preto, [no] dia 9 de junho de 1930.

P/1 - Isso, Dr. Carlini, então...

R - Vou continuando ou...

P/1 - Fique à vontade. É uma conversa descontraída, não tem nenhuma formalidade. Eu queria, só pra gente pegar uma trajetória, traçar uma cronologia... As origens, pegando inicialmente pelo lado do seu pai. O que o senhor conhece? As origens da sua família, de onde vêm, se são imigrantes?

R - Voltando pra Ribeirão Preto, meu nome Elisaldo vem do meu avô, que era Elisaldo Ferreira Goio, que foi um dos primeiros… Acho que foi o primeiro médico que chegou na cidade de Ribeirão Preto. Ele foi uma pessoa muito marcante na família. Ele morreu em 1937, relativamente jovem, mas eu me lembro muito bem; eu tinha 7 anos. Eu me lembro até da cena do enterro de meu avô.

Ele foi uma pessoa que marcou muito porque a família foi muito rica, tinha muitas fazendas. Na década de 20 ele perdeu tudo, por duas coisas: primeiro, em jogo e, segundo, com a grande queda que houve no preço do café. A família ficou meio marcada com isso, quer dizer, era uma família que teve uma tradição na cidade e que perdeu o status.

A minha mãe era uma professora primária. Ela me contava que, naquela época, meu avô tinha três carros, numa cidade pequena como Ribeirão Preto. Era um luxo total, né? Minha avó materna era uma pessoa semi-alfabetizada. Uma mulher, dizem, muito bonita. A minha mãe era a mais velha de dezessete, uma tropa de dezessete. E o meu avô era um verdadeiro patriarca, quer dizer, os filhos iam...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Todos nós precisamos de amor
Vídeo Texto

Andreia Aparecida Evangelista

Todos nós precisamos de amor
Jeff: do tombo ao pódium
Vídeo Texto

Jefferson Silva Santos

Jeff: do tombo ao pódium
A esperança da Vila Albertina
Texto

Sebastião de Oliveira Paes

A esperança da Vila Albertina
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.