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Por: Museu da Pessoa,

Histórias que não cabem em uma embalagem

Esta história contém:

Histórias que não cabem em uma embalagem

P1 - Bom, D. Tereza. Eu gostaria, para começar, se a senhora pudesse, falar o nome da senhora a data de nascimento, nome dos seus pais, local de nascimento...R - É, Maria Tereza Bezerra de Freitas. A data de nascimento, né? Eu nasci no dia 3 de setembro de 1931. Pais: Orestes Bezerra Chaves __________________ também, né? Francisca Carvalho de Freitas, cidade de (Condade?) 1904. 11 de maio de 1904. E meu pai é de 1899, 3 de dezembro. P2 - A cidade da senhora era qual?R - Aliança, Pernambuco.P1 - Em Pernambuco. E como que eram os seus pais, em casa? Como que foi a educação que eles deram para a senhora? R - Meu pai não queria que o filho pegasse nem uma faca. Mas não tinha disso porque, para isso, eu não obedecia nada. E minha mãe era ocupada. Ela tinha venda, ela tinha muito filho. E meu pai, a vida dele era viajar, nas fazenda, olhando o serviço, olhando o trabalho, né? E eu, o que eu fazia? “Ah, não pegue em faca”. E eu chupo laranja os outros descascando? Quem disse? Pegava em faca, descascava cana, descascava laranja... eu fazia, mexia até com fogão de lenha. Fazia o que eu bem queria. Ninguém podia comigo, porque minha mãe era ocupada, né? Ela: “não pode, não pode, não pode subir ali, que perigo, essa menina subir ali”, mas ele não estava vendo, ele ia sair e minha mãe também era ocupada, entrava para dentro do sítio. Ela, quando via, eu estava sentada lá em cima dos galho da goiabeira. Subia no pé de mamão, tinha disso não. eu nunca tive medo de nada. P1 - A senhora lembra de alguma coisa que marcou a infância da senhora? Alguma história?R - É isso mesmo, a gente andava no sítio, brincar muito. Mas quando chamava a hora de banho para a noite, a gente achava até ruim, porque a brincadeira era o dia inteiro. Não lembrava nem de comer, porque comia era fruta dentro do sítio. Nem lembrava que tinha que almoçar não, viu? Brincava muito. Fazia brincadeira de pular corda, brincadeira de...

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Dados de acervo

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Projeto Rhodia Farma 80 anos

Depoimento de Maria Tereza Bezerra de Freitas

Entrevistada por Rosana Miziara Lopes e José Carlos Vilardaga

Local: casa da entrevistada

São Paulo, 23 de outubro de 1998

Realização Museu da Pessoa

Código do depoente: RHF_HV009

Transcrito por: Juliana Motta

Revisado: Natália Pinto

P1 - Bom, D. Tereza. Eu gostaria, para começar, se a senhora pudesse, falar o nome da senhora a data de nascimento, nome dos seus pais, local de nascimento...

R - É, Maria Tereza Bezerra de Freitas. A data de nascimento, né? Eu nasci no dia 3 de setembro de 1931. Pais: Orestes Bezerra Chaves __________________ também, né? Francisca Carvalho de Freitas, cidade de (Condade?) 1904. 11 de maio de 1904. E meu pai é de 1899, 3 de dezembro.

P2 - A cidade da senhora era qual?

R - Aliança, Pernambuco.

P1 - Em Pernambuco. E como que eram os seus pais, em casa? Como que foi a educação que eles deram para a senhora?

R - Meu pai não queria que o filho pegasse nem uma faca. Mas não tinha disso porque, para isso, eu não obedecia nada. E minha mãe era ocupada. Ela tinha venda, ela tinha muito filho. E meu pai, a vida dele era viajar, nas fazenda, olhando o serviço, olhando o trabalho, né? E eu, o que eu fazia? “Ah, não pegue em faca”. E eu chupo laranja os outros descascando? Quem disse? Pegava em faca, descascava cana, descascava laranja... eu fazia, mexia até com fogão de lenha. Fazia o que eu bem queria. Ninguém podia comigo, porque minha mãe era ocupada, né? Ela: “não pode, não pode, não pode subir ali, que perigo, essa menina subir ali”, mas ele não estava vendo, ele ia sair e minha mãe também era ocupada, entrava para dentro do sítio. Ela, quando via, eu estava sentada lá em cima dos galho da goiabeira. Subia no pé de mamão, tinha disso não. eu nunca tive medo de nada.

P1 - A senhora lembra de alguma coisa que marcou a infância da senhora? Alguma história?

R - É isso mesmo, a gente andava no sítio, brincar...

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