Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Personagem: Jorge da Cunha Lima
Por: Museu da Pessoa, 24 de maio de 2011

A epopeia de um burguês socialista

Esta história contém:

A epopeia de um burguês socialista

Vídeo

P/1 – Qual é seu nome, local e data de nascimento?

R – Jorge da Cunha Lima. Eu nasci em São Paulo, em 14 de Outubro de 1931.

P/1 – Seus pais são de São Paulo?

R – Meus pais são de São Paulo. Toda família é de São Paulo, eu nasci no Hospital Santa Rita, ali no planalto da cidade.

P/1 – Você sabe a origem dos seus avós? O que eles trabalhavam, o que eles faziam?

R – Eu tenho diversas origens. Meu avô paterno, que é o Cunha Lima, era... Todos vêm de origem de fazenda ou negócio de café. Esse meu avô trabalhou no banco comercial, mas sempre viviam... Foi muito interessante essa história, porque o meu avô paterno queria casar com a filha de um fazendeiro de São Carlos. Lá eles tinham uma fazenda chamada Palmares, com três filhas solteiras: Georgina, Lídia e Clarisse. O meu avô era apaixonado pela Georgina e era comissário de café. Um homem bonito, era um partido – digamos aceitável – por quem vivia em fazenda. Elas viviam em fazenda, tocavam piano, sei lá. O meu avô foi pedir em casamento a Georgina e o meu bisavô falou: “Não, aqui se casa com a mais velha. Enquanto a mais velha não casar, não vai ter casamento da Georgina.” O meu avô acabou casando com a Lídia, que era a mais velha, e as outras duas irmãs ficaram solteironas. A Georgina acabou vivendo em São Carlos, em um sobradão que ela herdou. A Lídia morou em São Paulo e no fim da vida – para mim, que era criança, era o fim da vida, eles deviam ter seus quarenta anos e eu achava eles velhíssimos – todos vieram morar com meu avô Lima em São Paulo, na casa dele. Ele foi, a vida inteira, um homem triste e taciturno. Ele entrava em casa, quando voltava do banco, atravessava a casa... Todas o respeitavam muito, mas eu tenho a impressão de que ele nunca mais teve o que eu chamava de alegria. Um homem mal humorado, duro, enérgico. Cheio de princípios, eu me lembro. A Georgina, a Lídia e a...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

O barbudo que grita
Vídeo Texto

Daniel Minchoni

O barbudo que grita
Botando vento na palavra
Vídeo Texto

Paulo Feliciano Barbosa Neto

Botando vento na palavra
Vídeo Texto
“Eu queria ser Chico Buarque”
Vídeo Texto

José Alisson da Paz Alves

“Eu queria ser Chico Buarque”

Essa história faz parte de coleções

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.