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Por: Museu da Pessoa, 7 de maio de 2012

Histórias de um açoriano em São Paulo

Esta história contém:

Histórias de um açoriano em São Paulo

Identificação

Meu nome é Manuel Henrique Farias Ramos, nasci em 8 de maio de 1939, portanto faço 73 anos amanhã. Eu nasci nos Açores. Os Açores são um arquipélago de nove ilhas que fica entre o continente americano e o europeu. Homero, reza a tradição que ali teria sido a Atlântida. Nós acreditamos nisso, né? Nesse mito. É um arquipélago que tem em torno de trezentos mil habitantes e a ilha onde eu nasci, como foi a terceira a ser descoberta, chama-se Ilha Terceira. Por incrível que pareça Dom Pedro I, quando voltou a Portugal pra combater o irmão Dom Miguel, foi lá que ele foi pegar apoio, organizar as tropas, para cunhar moeda. Houve doação de joias, tudo, pra ele cunhar moeda e pra fazer um movimento bem sucedido chamado o Movimento Liberal.

Família

Meu pai Manuel Gonçalves Ramos e minha mãe, Emilia Gonçalves Farias. Bom, minha mãe, como era tradicional naquele tempo, era dona de casa e meu pai, a maior parte do tempo ele era bom profissional em carpintaria e marcenaria. Ele acabou fazendo, nos seus últimos 20 anos, fez empreitada com os americanos porque tem uma base americana das lajes lá na ilha, que foi montada pra Segunda Guerra mundial pelos ingleses. Depois foi cedida para os americanos e se mantém hoje. É considerada uma das três bases mais importantes pelo ponto estratégico e pela infraestrutura, para aviões cargueiros e todo o tipo. Então nos últimos vinte anos ele foi empreiteiro para trabalhar para os americanos. Tive um irmão, mas morreu pequenininho com onze meses, alguma coisa assim.

Infância

A infância foi no meio rural, uma infância um pouco diferente daquilo que a gente vê hoje no meio urbano. Quer dizer, a gente brincava na rua tranquilamente, jogava-se bola, futebol na rua, enquanto criança, aqueles jogos normais, esse tipo de coisa. A escola, aí é uma peculiaridade que vocês não conhecem, a alfabetização se dava numa pedra, é uma pedra que tinha um caixilho e o lápis,...

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Dados de acervo

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P1 – Boa tarde. Primeiramente eu gostaria de agradecer muito a sua participação. Pra começar eu gostaria que o senhor dissesse pra gente o seu nome completo, a data e o local de seu nascimento.

R – Meu nome é Manuel Henrique Farias Ramos, nasci em 8 de maio de 1939, portanto faço 73 anos amanhã.

P1 – O senhor nasceu onde?

R – Eu nasci nos Açores. Os Açores são um arquipélago de 9 ilhas que fica entre o continente americano e o europeu. Homero, reza a tradição que ali teria sido a Atlântida. Nós acreditamos nisso, né? Nesse mito. É um arquipélago que tem em torno de trezentos mil habitantes e a ilha onde eu nasci, como foi a terceira a ser descoberta, chama-se Ilha Terceira. Por incrível que pareça Dom Pedro I, quando voltou a Portugal pra combater o irmão Dom Miguel, foi lá que ele foi pegar apoio, organizar as tropas, para cunhar moeda. Houve doação de joias, tudo, pra ele cunhar moeda e pra fazer um movimento bem sucedido chamado o Movimento Liberal.

P1 – O senhor poderia falar pra mim o nome dos seus pais?

R – Manuel Gonçalves Ramos e Emilia Gonçalves Farias.

P1 – E o que eles faziam, qual era a atividade deles?

R – Bom, minha mãe, como era tradicional naquele tempo, era dona de casa, né, e meu pai, a maior parte do tempo ele era bom profissional em carpintaria e marcenaria. Ele acabou fazendo, nos seus últimos 20 anos, fez empreitada com os americanos porque tem um base americana das lajes lá na ilha, que foi montada pra Segunda Guerra mundial pelos ingleses. Depois foi cedida para os americanos e se mantém hoje. É considerada uma das três bases mais importantes pelo ponto estratégico e pela infraestrutura, para aviões cargueiros e todo o tipo. Então nos últimos vinte anos ele foi empreiteiro para trabalhar para os americanos.

P1 – O senhor tem irmãos?

R – Não. Tive um irmão, mas morreu pequenininho com onze meses, alguma coisa assim.

P1 – Certo. Conta pra gente um pouquinho como é que foi...

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