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Personagem: Laiane Louize Lopes
Por: Museu da Pessoa,

Falando de si

Esta história contém:

Falando de si

“Às vezes eu fico um pouco...como se fala? Frustrada. Porque eu não consigo falar direito e fica uma coisa chata. Não conto nem a metade da minha vida, não consigo abrir, entendeu. Pras pessoas eu sou difícil mesmo de abrir. Até com psicólogo não consigo falar sobre a minha vida eu. Eu nunca estou pronta pra falar nada, entendeu? Aí fico tentando lembrar de mim. Eu tento pensar, eu falo assim “Nossa, será que eu fui assim?”, porque eu queria saber um pouco sobre a minha vida quando eu era pequena. Minha mãe conta, mas muitas coisas eu esqueci. Uma trava que eu tenho. Mas eu gostaria de contar sobre a minha vida... Quando eu nasci, a minha mãe já estava doente. Já a conheci doente. Ela faz hemodiálise desde que eu sou pequena. Eu não a vi trabalhando nunca. Não. Ela ganha INPS (Instituto Nacional de Previdência Social). Eu sonhava em ser médica ou policial. Mas aí eu não fui nenhum dos dois. Fui crescida na igreja, não saía muito. Só com os jovens da igreja mesmo, pra retiro. Eu sempre fui fechada, na minha vida fui sem, assim, abertura. Eu brincava, fazia as coisas, mas não tive muito contato com ninguém. Eu fazia cursos, fiz Pró-Jovem, trabalhava com menor de idade, mas poucos contatos. Com dezoitos anos tive meu primeiro emprego de carteira assinada, na creche Santa Mônica. Eu era educadora de criança. Que eu adoro, adoro criança. Por isso estou nesse projeto com outras amigas, o Celebrando Festas. Tem as meninas que sabem fazer bolo, docinhos, salgados: fazemos eventos pras crianças. Eu fico na recreação. Conviver com elas tem sido bom, porque antes eu tinha pouca coragem. Agora estou tendo mais atitude. Somos em cinco e contratamos outras pessoas pra fazer coisas. Tem castelinho, tem moto, tem um jipe, a gente tem duas motos. E é isso, pra onde que as pessoas alugaram, pediram a gente leva lá. Isso pra mim é importante, lidar com as pessoas. Porque pra mim é uma dificuldade falar e interagir...

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Projeto: Mulheres Empreendedoras Chevron

Entrevistada por

Depoimento de Laiane Louize Lopes

Rio de Janeiro, 21/05/2012

Realização: Museu da Pessoa

Código do depoimento: MEC_HV030

Transcrito por Adriana Rinaldi / MW Transcrições (Mariana Wolff)

Revisado por Grazielle Pellicel

P -

R - Laiane Louize Lopes

P – Laiane, muito obrigado em nome do Museu da Pessoa. Qual seu nome, local e data de nascimento?

R – Meu nome é Laiane Louize Lopes.

P – Onde você nasceu, Laiane?

R – Nasci aqui, no Rio de Janeiro.

P – E o nome dos seus pais?

R – Só tenho mãe.

P – Certo.

R – Vânia Lopes.

P – Você tem alguma recordação da sua mãe, do que ela fazia?

R – A minha mãe, eu, quando nasci, conheci ela, já era doente. Ela faz hemodiálise, e desde pequena. Eu não vi ela trabalhando, não. Ela ganha INPS [INSS].

P – E ela te contava algumas histórias sobre a infância dela, você teve esse contato?

R – Tive, bastante.

P – Você lembra de alguma história que a sua mãe te contou?

R – Ah, tem várias histórias assim.

P – Você se mudou com a sua família de algum lugar?

R – Eu morava lá em cima, (pausa) aqui no Borel, mas lá em cima, no final velho. Aí eu me mudei lá pra baixo.

P – E por que vocês se mudaram?

R – Porque ficou melhor pra minha mãe e minha vó.

P – Certo. Com relação à sua infância, você passou a sua infância...

R – Lá em cima.

P – E como é que era?

R – Ué, normal.

P – Do que você brincava, então?

R – De tudo.

P – Você tem alguma brincadeira que você se lembra, que ficou marcante?

R – (pausa) É porque, assim, eu tenho dificuldade de lembrar um pouco da minha infância. Aí eu não...

P – Não se lembra... E o que você queria ser quando você crescesse? Você tinha algum sonho?

R – Tinha. Eu queria ser médica ou policial.

P – Certo.

R – Mas aí eu não fui nenhum dos dois.

P – E você gostava de brincar disso quando você era pequena?

R –...

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