Trata o presente dos relatos de um ferroviário que aposentou-se pela extinta Rede Ferroviária Federal, e concedeu uma interessante entrevista para a faculdade Fafiuv a respeito do período da enchente do ano 1983.
O serviço ferroviário foi peça essencial durante a enchente ocorrida há 30 anos,...Continuar leitura
Trata o presente dos relatos de um ferroviário que aposentou-se pela extinta Rede Ferroviária Federal, e concedeu uma interessante entrevista para a faculdade Fafiuv a respeito do período da enchente do ano 1983.
O serviço ferroviário foi peça essencial durante a enchente ocorrida há 30 anos, em 1983, e que devastou grande parte dos Estados do Paraná e Santa Catarina.
Quando a água subiu iniciando o alagamento das moradias no bairro São Cristovão em União da Vitória, o trem deu o alerta buzinando incessantemente, e fazendo com que as pessoas daquela localidade trouxessem suas mudanças até a beira dos trilhos para o embarque nos vagões.
Com isso, muitas famílias tiveram todos seus objetos salvos graças aos trens, pois a única alternativa durante três ou quatro noites foi a ferrovia. A Rede Ferroviária trouxe até o pátio da Estação de dez a doze vagões para auxiliar os necessitados, o que somando com outros vagões que já eatavam lá, resultou em mais de vinte vagões com desabrigados alojados dentro deles.
Nos relatou que a histórica Estação Ferroviária de União da Vitória, bem como os próprios vagões, serviram para abrigar as pessoas desalojadas pelas águas. Os donativos que vinham da capital e de outros outros chegavam na Estação de Paula Freitas, e lá eram repassados para caminhões para encaminhamento até o bairro São Cristovão, e posteriormente eram colocados em barcos para a travessia do rio até a cidade. Portanto, toda a estrutura da Rede Ferroviária - locomotivas, vagões, estação e funcionários - foram fundamentais no auxílio às vítimas da "enchente do século".Recolher