Um episódio bizarro ocorreu quando um grupo de colegas me carregou para um lupanar. Era uma casa bem no centro de Santo Amaro cuja cafetina tinha o apelido de "Maria Comprida", uma senhora bem alta, de idade avançada que residia em uma casa antiga na Rua Padre José Maria.
Não tive outra alternativa senão ir porque o complô era armado exclusivamente tendo em vista a minha pessoa. Eu que em meus sonhos imaginava realizar um primeiro encontro sexual com uma jovem que possuísse a beleza e as qualidades de uma atriz, tendo como ambiente um lugar refinado, vi ruírem por terra toda aquela fantasia que havia criado em minha adolescência quando me vi naquele casebre, diante daquela mulher idosa, enrolada em um xale, sentada em uma sala rústica, tendo ao seu lado três mulheres que não igualavam-se nem de longe ao que havia sonhado.
O Rubens, que era o mais velho do grupo, falou com Da. Maria: "Nós queríamos uma mulher"
Ela balançou a cabeça para o lado das três mulheres sentadas ao seu lado e disse: "-Tem isso ai, pode escolher"
Escolher o quê Mas entre elas havia uma mulher casada, que por sinal era mãe de umas garotas com quem eu paquerava, sendo esposa de um militar. Para defini-la teria de assassinar o idioma e dizer que era a "menos pior". Escolhi aquela e entrei no quarto, porque os colegas insistiam que eu fosse o primeiro.
No quarto ela não consentiu em despir-se e eu vendo a cama com roupas imundas que deveria ter abrigado muitas pessoas, e com a cabeça cheia de cerveja não consegui esboçar nem um pequeno sinal de desejo e só o que pude fazer foi pagar regiamente a dona, por nada, e dar-lhe uns conselhos para que não prosseguisse naquela vida, enganando ao marido e às filhas. Ela saiu dali e mesmo que os meus colegas insistissem não se relacionou com mais ninguém, pelo menos aquela noite, não sei se cumpriu a promessa que me fez. E eu, assim prossegui invicto. Graças a Deus fui preservado para que pudesse realizar o meu sonho,...
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Um episódio bizarro ocorreu quando um grupo de colegas me carregou para um lupanar. Era uma casa bem no centro de Santo Amaro cuja cafetina tinha o apelido de "Maria Comprida", uma senhora bem alta, de idade avançada que residia em uma casa antiga na Rua Padre José Maria.
Não tive outra alternativa senão ir porque o complô era armado exclusivamente tendo em vista a minha pessoa. Eu que em meus sonhos imaginava realizar um primeiro encontro sexual com uma jovem que possuísse a beleza e as qualidades de uma atriz, tendo como ambiente um lugar refinado, vi ruírem por terra toda aquela fantasia que havia criado em minha adolescência quando me vi naquele casebre, diante daquela mulher idosa, enrolada em um xale, sentada em uma sala rústica, tendo ao seu lado três mulheres que não igualavam-se nem de longe ao que havia sonhado.
O Rubens, que era o mais velho do grupo, falou com Da. Maria: "Nós queríamos uma mulher"
Ela balançou a cabeça para o lado das três mulheres sentadas ao seu lado e disse: "-Tem isso ai, pode escolher"
Escolher o quê Mas entre elas havia uma mulher casada, que por sinal era mãe de umas garotas com quem eu paquerava, sendo esposa de um militar. Para defini-la teria de assassinar o idioma e dizer que era a "menos pior". Escolhi aquela e entrei no quarto, porque os colegas insistiam que eu fosse o primeiro.
No quarto ela não consentiu em despir-se e eu vendo a cama com roupas imundas que deveria ter abrigado muitas pessoas, e com a cabeça cheia de cerveja não consegui esboçar nem um pequeno sinal de desejo e só o que pude fazer foi pagar regiamente a dona, por nada, e dar-lhe uns conselhos para que não prosseguisse naquela vida, enganando ao marido e às filhas. Ela saiu dali e mesmo que os meus colegas insistissem não se relacionou com mais ninguém, pelo menos aquela noite, não sei se cumpriu a promessa que me fez. E eu, assim prossegui invicto. Graças a Deus fui preservado para que pudesse realizar o meu sonho, anos depois, por ocasião do meu casamento. Cumpria, assim, em minha vida, o preceito exarado na Palavra de Deus de conservar puro o leito nupcial: "Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém aos que se dão à prostituição e aos adúlteros Deus os julgará." (Epístola aos Hebreus 13:4)
(José Wladimir Klein enviou seu depoimento para o Museu da Pessoa em 06 de julho de 1998 pela página na internet, atualizada em 29 de janeiro de 1999.)
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