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Personagem: Norma Rodrigues Silva
Por: Museu da Pessoa, 19 de março de 2015

Cuidar dos outros

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Cuidar dos outros

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Meu nome é Norma Rodrigues Silva, nasci em 3 de abril de 1938, em São Lourenço, Minas Gerais. Meu pai é Antônio Amâncio Rodrigues, minha mãe, Mariana Soares. Meu pai roubou a minha mãe do marido dela, e depois se separaram. Ela teve eu e o Ailton, que morreu. Ficou eu só de filha dela, mas ela tinha outros filhos, que eram o Zinho, o Jorge e a Teresinha. Eu era a bastarda. Meus avós me odiavam da parte de mãe, por causa do meu pai. A minha mãe era casada com outro homem e, eles começaram a namorar e ficaram amantes e ele roubou ela, fugiu com ela, por isso que os meus avós maternos não gostavam de mim. Quando eu ia na casa deles, da avó Maria e do avô João, ela falava assim: “A diaba já está vindo para comer”, porque eu ia para comer mesmo. Meu pai morava com a minha avó, minha avó Ripa. Depois que eles se separaram, minha avó Ripa que ficou cuidando de mim. Eu era muito malcriada, era uma capetinha.

Eu não convivi com o meu pai e minha mãe. Meu pai trabalhava em São Paulo, minha mãe no Rio de Janeiro e eu em Minas, de casa em casa. Eu vivia na casa dos vizinhos. Essa família do seu Zequinha e dona Celina, meu pai pagava pensão, não era pensão naquele tempo, falava outro nome e meu pai mandava o dinheiro para eles e a Dona Celina jogava no bicho e gastava o dinheiro. Eles começaram a me maltratar, não bater em mim, não, mas não me dava leitinho à noite, que as meninas tomavam na canequinha com farinha. Para mim não dava porque o meu pai não mandava o dinheiro da pensão. Um dia o meu pai foi em São Lourenco, ele descobriu que mandava o dinheiro, mas a Dona Celina falou que jogava no bicho. Eu não quis ficar mais e fui morar em outro lugar, com o meu tio também, não deu certo. Eu fui criada assim, cada dia na casa dos outros. O meu pai não deixava eu viver com a minha mãe, eu tinha loucura para viver com a minha mãe, mas ele não deixava, porque ela não agia bem. Naquele tempo tinha muito preconceito. Eu fui...

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