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Personagem: Maria Mikaelian
Por: Museu da Pessoa, 3 de março de 2016

Como nossos pais

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Como nossos pais

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Nunca namorei, nunca. Nem bati papo, nem fiquei de conversa ao telefone. Portão, nem pensar. Nós não podíamos sair de casa. Quando eu e as minhas irmãs ficamos moças apareceram candidatos, rapazes que vinham nos pedir em casamento. Mas nós não abríamos a boca. O costume da família era rígido, e nós seguimos o ritmo. Lembro que um dia meu pai chegou do trabalho e falou para mim: — Filha, eu te dei. — Pai, para quem o senhor me deu? — Dei você para o Paulo. — Como assim!? Não estou sabendo de nada. — Você vai ficar noiva com ele. — Pai, o senhor está brincando? Como é que o senhor está me dando? — Não, filha, é boa gente, é armênio também. São bons, trabalhadores. Uns dias depois saí com o Paulo para jantar. E para conhecê-lo. Era o nosso primeiro encontro. Fomos nós dois e o meu irmão. Quando chegamos ao restaurante, observei bem o jeito dele de me levar até a mesa, de me servir, os modos. Olhei assim e pensei: “Nossa, deve ser um bom menino”. Unhas limpinhas, o tipo dele de vestimenta. Eu tinha dezessete anos; ele, dezenove. Assim que cheguei em casa meu pai perguntou: — Que você achou? — Pai, é esse mesmo. E aí já acertamos tudo que havia para acertar. A família dele veio em casa, contente. A minha também, todos reunidos, e aí firmamos o compromisso.

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