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P/1 – Obrigada pela entrevista e para começar eu queria que a senhora contasse o seu nome completo.R – Meu nome completo. Meu nome é Chrisanthchrisema Sousa Santos.P/1 – E o local e data de nascimento.R – Eu nasci em Botafogo, no Rio de Janeiro (pausa) e eu tô com essa idade (risos).P/1 – E qual que é a data do nascimento?R – Oitenta e seis, já feitos. Eu caminho pra oitenta e sete.P/1 – E qual que é a data do seu nascimento?R – O dia do meu aniversário?...P/1 – Isso.R – ...25 de maío de 1923.P/1 – E esse nome Chrisanthema, a senhora sabe a história dele?R – A história do meu nome não ia ser Chrisanthema, sabe? Os meus padrinhos, que eu não conheci, eles viram o nome (Chrisanta?) que ia ser o meu nome, mas na hora de escrever o nome, na hora do meu batizado, ele achou que (Chrisanta?) não era nome. E aí aumentou, botou Chrisanthema. Se eu soubesse falar naquela ocasião, eu falava: “Não, eu não quero”. Mas eu era pequenininha, né? Quer dizer que aí passou. Agora eu não... ficou por isso mesmo...P/1 – Não sabe da onde veio esse nome?R – ...não.P/1 – E a senhora sabe a origem dos seus pais?R – Dos meus pais?... P/1 – É.R – ...os meus pais, eles casaram em Portugal, meu sangue é português purinho. Eles casaram lá em Portugal e o meu paí veio pro Brasil. Minha mãe ficou lá. E ficou, ficou, ficou, ficou. A cidade onde ela morava era uma cidade pequena e não dava notícia, e as vizinhas: “Ele não vaí voltar maís; ele arranjou outra mulher; ele não sei o quê”, a minha mãe ficou: “Não, eu tenho que saber o que é que está acontecendo”. Ele não mandava nada: não mandava dinheiro, não ajudava em nada. E ela esperando, esperando. Um dia ela falou: “Eu vou pro Brasil. Eu vou me encontrar com o meu marido e eu vou descobrir o que está acontecendo: se ele arrumou outra esposa, outra...

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P/1 – Obrigada pela entrevista e para começar eu queria que a senhora contasse o seu nome completo.

R – Meu nome completo. Meu nome é (Chrisantema?) Sousa Santos.

P/1 – E o local e data de nascimento.

R – Eu nasci em Botafogo, no Rio de Janeiro (pausa) e eu tô com essa idade (risos).

P/1 – E qual que é a data do nascimento?

R – Oitenta e seis, já feitos. Eu caminho pra oitenta e sete.

P/1 – E qual que é a data do seu nascimento?

R – O dia do meu aniversário?...

P/1 – Isso.

R – ...25 de maío de 1923.

P/1 – E esse nome (Chrisantema?), a senhora sabe a história dele?

R – A história do meu nome não ia ser (Chrisantema?), sabe? Os meus padrinhos, que eu não conheci, eles viram o nome (Chrisanta?) que ia ser o meu nome, mas na hora de escrever o nome, na hora do meu batizado, ele achou que (Chrisanta?) não era nome. E aí aumentou, botou (Chrisantema?). Se eu soubesse falar naquela ocasião, eu falava: “Não, eu não quero”. Mas eu era pequenininha, né? Quer dizer que aí passou. Agora eu não... ficou por isso mesmo...

P/1 – Não sabe da onde veio esse nome?

R – ...não.

P/1 – E a senhora sabe a origem dos seus pais?

R – Dos meus pais?...

P/1 – É.

R – ...os meus pais, eles casaram em Portugal, meu sangue é português purinho. Eles casaram lá em Portugal e o meu paí veio pro Brasil. Minha mãe ficou lá. E ficou, ficou, ficou, ficou. A cidade onde ela morava era uma cidade pequena e não dava notícia, e as vizinhas: “Ele não vaí voltar maís; ele arranjou outra mulher; ele não sei o quê”, a minha mãe ficou: “Não, eu tenho que saber o que é que está acontecendo”. Ele não mandava nada: não mandava dinheiro, não ajudava em nada. E ela esperando, esperando. Um dia ela falou: “Eu vou pro Brasil. Eu vou me encontrar com o meu marido e eu vou descobrir o que está acontecendo: se ele arrumou outra esposa, outra companheira”. Um dia ela fez essa surpresa, ela veio pro Brasil....

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