Sinto cheiro de comida, me dirijo a geladeira da dispensa, a qual sempre tem coisa gostosa feita pela minha sogra, em geral são doces e a minha formiga interior celebra em voz alta. Vejo a cafeteira que demos de presente para ela, lembro do quanto ela ficou feliz e de como aprendemos juntas a mexer naquele mini robô, dos nossos cafés juntas em silêncio, mas cheio de troca de olhares e sorrisos simpáticos. Durante a pandemia, esse está sendo meu refúgio e meu ponto de trabalho, fica na rua de cima da minha casa e tem internet boa, que me possibilita trabalhar a distância (bem diferente do meu lar doce lar), me organizo profissionalmente aqui, entre uma refeição e outra, entre um sorriso e outro, entre uma conversa curta e outra.