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Por: Museu da Pessoa, 7 de junho de 2003

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P/1 - Bem, eu queria começar a nossa entrevista pedindo nos diga o seu nome completo, a data e o local de nascimento.

R - Maria do Céu Ferreira Carvalhaes. Nasci no dia 24 de julho de 1913.

P/1 - Aqui em São Paulo, Maria do Céu?

R - Aqui em São Paulo, na Água Branca, na Rua Carlos Vicari, número 45.

P/1 - O nome do seu pai?

R - Francisco Ferreira.

P/1 - E o nome de sua mãe?

R - Beatriz dos Santos Ferreira.

P/1 - Eles nasceram aqui no Brasil?

R - Os dois nasceram em Portugal. Meu pai em Braga, minha mãe na cidade do Porto.

P/1 - Certo. Você sabe por que eles vieram para o Brasil?

R - Meu pai veio para o Brasil com sete anos de idade, com o irmãozinho. Meu avô já tinha vindo pra fundar uma fábrica de cerâmica chamada Cerâmica Paulista, que foi fundada na Água Branca em 1886 ou 1888, não me lembro bem, ali onde é a estação [de trem] da Água Branca. Ele veio e depois veio a família.

Ali foi que ele se criou e com dezessete anos recebeu a cidadania brasileira, que foi dada a todos os portugueses que já estavam há algum tempo no Brasil. Ele ficou com cidadania dupla.

Ele estudou em São Paulo e mais tarde fez o curso de Oficiais do Exército. Ele não era obrigado, era uma espécie de preparação a mais. Tem as fotografias lindas dele e do irmão dele, tenho a espada dele.

P/1 - Mas ele conheceu sua mãe aqui no Brasil?

R - Não. Eram contra-parentes. Minha avó paterna foi passear em Portugal e lá ela tornou a retomar o conhecimento com as primas do outro lado. E a família da minha mãe era prima por afinidade. E por acaso a minha mãe tinha... (risos) (cochicha) Interessa isso?

P/1 - Interessa.

R - Ela tinha rompido um desses noivados do sepulcro de cinco anos porque o rapaz estava estudando Medicina. Não sei por que desmancharam o noivado e ela queria se jogar no rio. (risos)

P/1 - (risos) Nossa!

R - O Porto tem aquelas pontes maravilhosas, feitas pelo Eiffel, então de...

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Museu Aberto

Depoimento de Maria do Céu Ferreira Carvalhaes

Entrevistada por Cláudia Fonseca e Bárbara Tavernard

São Paulo, 07/06/2003

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista nº MA_HV023

Transcrição por Monize Moura e Genivaldo Cavalcanti Filho

Revisado por Gilsara Mattos Cõrtes e Genivaldo Cavalcanti Filho

P/1 - Bem, eu queria começar a nossa entrevista pedindo nos diga o seu nome completo, a data e o local de nascimento.

R - Maria do Céu Ferreira Carvalhaes. Nasci no dia 24 de julho de 1913.

P/1 - Aqui em São Paulo, Maria do Céu?

R - Aqui em São Paulo, na Água Branca, na Rua Carlos Vicari, número 45.

P/1 - O nome do seu pai?

R - Francisco Ferreira.

P/1 - E o nome de sua mãe?

R - Beatriz dos Santos Ferreira.

P/1 - Eles nasceram aqui no Brasil?

R - Os dois nasceram em Portugal. Meu pai em Braga, minha mãe na cidade do Porto.

P/1 - Certo. Você sabe por que eles vieram para o Brasil?

R - Meu pai veio para o Brasil com sete anos de idade, com o irmãozinho. Meu avô já tinha vindo pra fundar uma fábrica de cerâmica chamada Cerâmica Paulista, que foi fundada na Água Branca em 1886 ou 1888, não me lembro bem, ali onde é a estação [de trem] da Água Branca. Ele veio e depois veio a família.

Ali foi que ele se criou e com dezessete anos recebeu a cidadania brasileira, que foi dada a todos os portugueses que já estavam há algum tempo no Brasil. Ele ficou com cidadania dupla.

Ele estudou em São Paulo e mais tarde fez o curso de Oficiais do Exército. Ele não era obrigado, era uma espécie de preparação a mais. Tem as fotografias lindas dele e do irmão dele, tenho a espada dele.

P/1 - Mas ele conheceu sua mãe aqui no Brasil?

R - Não. Eram contra-parentes. Minha avó paterna foi passear em Portugal e lá ela tornou a retomar o conhecimento com as primas do outro lado. E a família da minha mãe era prima por afinidade. E por acaso a minha mãe tinha... (risos) (cochicha) Interessa isso?

P/1 - Interessa.

R - ...

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