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Personagem: Jackson Martins Cruz
Por: Museu da Pessoa, 27 de setembro de 2011

Caminhões contra moradores

Esta história contém:

Caminhões contra moradores

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“Lá em Minas nós trabalhávamos como redespacho; quer dizer, nós tínhamos uma parceria com uma transportadora de São Paulo. Essa transportadora, a F. Lebedenco, levava as mercadorias dos nossos clientes de São Paulo para Belo Horizonte, e nós levávamos de Belo Horizonte para o interior. Isso onerava o preço porque, afinal, era o preço de duas transportadoras e com o tempo os clientes começaram a ficar insatisfeitos com esse pagamento duplo. Eu conversei com meu pai, nós vimos a necessidade de acabar com esse custo e o único jeito de conseguir isso era eu mudando para lá. São Paulo estava crescendo muito nos anos 80. As transportadores tinham saído do Parque Dom Pedro, passado pelo Brás e estavam se instalando em pontos da Vila Maria, Vila Galvão. No início, nós ficamos na Vila Maria, num galpão junto com mais quatro transportadoras, convivendo com os problemas das quatro. A parte do aluguel que a gente pagava ia para a despesa do arrendador do galpão e acontecia que ele não pagava a imobiliária. Então, olha, foi uma vida difícil, e aquela situação começou a nos incomodar. Da Rua Curuçá, 681, quase esquina com a Severa, fomos para outro galpão próximo, na Rua Padre João Antônio. E aí, evoluindo, logo depois de um ano, mudamos para a Rua Eli. Aí as coisas melhoraram, mas, por outro lado, os moradores começaram a reclamar da presença dos caminhões na Vila Maria. O caminhão parava na porta da rua, da garagem. O proprietário tinha que buzinar, tinha que xingar os caminhoneiros para sair de casa. Essa era a época do Jânio Quadros e a providência que a prefeitura tomou foi expulsar as transportadoras. Nossa empresa chegou a ser fechada administrativamente e nós reabrimos em seguida. Passados mais alguns dias, a prefeitura convocou a Polícia Militar, eles vieram e lacraram a transportadora; e aí nós também violamos o lacre e continuamos a trabalhar. Nós precisávamos. Eram multas diárias que a transportadora...

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Dados de acervo

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P/1 – Bom Sr. Jackson, primeiramente eu gostaria de agradecer a sua participação, em nome do Museu da Pessoa. Para começar eu gostaria que você dissesse o seu nome completo, o local e a data de seu nascimento.

R – Bom dia, Lucas. Meu nome é Jackson Martins Cruz. Eu sou natural de Belo Horizonte, Minas Gerais.

P/1 – E o dia do seu nascimento?

R – Trinta e um de março de 1952.

P/1 – E qual é o nome dos seus pais?

R – Meu pai é José Antônio Cruz e minha mãe é Gina Martins Pereira Cruz.

P/1 – Você poderia descrever eles para mim? Como eles eram? O que eles faziam?

R – Sim. Meu pai era filho de funcionário público e minha mãe filha de fazendeiros. A família muito grande, tanto de um quanto de outro. Foram empresários de autopeças e eu convivi com essa família grande dentro deste ambiente comercial e agrícola.

P/1 – E o Sr. tem irmãos?

R – Tenho. São sete irmãos. Nós somos oito, eu tenho sete irmãos e todos os irmãos trabalham na empresa atualmente. Na Empresa de Transportes Martins.

P/1 – E como é o Jackson nessa escadinha? É o mais velho? O do meio?

R – Ele é o mais velho. Eu sou o mais velho dos oito. Estudei... Meu pai teve condições, porque era comerciante e empresário do transporte rodoviário de carga, e tive condições de estudar. Ele e minha mãe ambos formados até o nível secundário e davam muito valor ao estudo. Então eu pude concluir, apesar de estar trabalhando e casado, eu conclui o curso de Administração de Empresas.

P/1 – E você tem alguma lembrança dos seus avós? Você lembra o nome deles?

R – Tenho. Sebastião Augusto Martins e Milita, Maria Assunção Pereira.

P/1 - E você tem alguma lembrança gostosa desse período com os seus avós? Alguma coisa que marcou?

R – Sim. Por força, mesmo viajando naquele tempo, estrada de terra, ao viajar para visitar os parentes, os avós, eu viajava de trem, viajava às vezes de ônibus ou de caminhão, porque a própria empresa...

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