, nasci de 7 meses em 1955, a mortandade de prématuros era quase 100%, sobrevivi, mas fui uma criança muito doente na primeira infância e por ficar muito na cama, minha mãe sempre me oferecia livros infantis com muitas ilustrações, que depois descobri, eram os clássicos adaptados para crianças: Dom Quixote, As Viagens de Gulliver, o Barão de Münchhausen.
Mais adiante, aos cinco anos, fui alfabetizado pelo meu avô materno no \\\"método\\\" que eu chamo de \\\"PEDAGOGIA DO AFETO\\\", provavelmente foi o que fez me apaixonar pelo encanto das palavras encantadas, mas antes, estrategicamente, ele me presenteou com a coleção ( 12 volumes ) das \\\"HISTÓRIAS DO VOVÔ FELÍCIO\\\", pra aguçar meu \\\"desejo de leitura\\\".
A partir daí passei a ler de tudo inclusive quadrinhos que tios avós me davam (do lado do meu pai, \\\"Pererê\\\" do Ziraldo e da minha mãe \\\"Turma do Franginha\\\" do Mauricio de Sousa, que mais tarde viraria \\\"Turma da Monica\\\", no suplemento juvenil da Correio da Manhã) e acredito que por isso, comecei a tentar \\\"escrever\\\" muito cedo.
Ainda no primário, havia um projeto de leitura que julgo muito importante na minha formação, onde as crianças interessadas iam à tarde para sala de leitura onde era lido, em voz alta, por cada um de nós, tudo do Monteiro Lobato, eu amava. Nesse periodo também surgem pra mim os livros de aventura, Mob Dicky; Tom Sawyer; Huckleberry Finn, Jules Verne e o cinema.
No ginasial (1967/1970) indicado pela professora de LP e Literatura, li, entre outros livros clássicos nacionais (Ubirajara, Dom Casmurro, O Cortiço, A Moreninha, Memória de um Sargento de Milicias, Iracema, Quincas Borba etc.leitura obrigatória), \\\"O Diário de Dany\\\", lançado em 1965 e que foi um sucesso entre o conservadorismo da época (a ditadura dos milicos assassinos engatinhava, não nos esqueçamos), seu autor, Michel Quoist, um presbítero e escritor reacionário francês. Claro, desconhecendo o...
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, nasci de 7 meses em 1955, a mortandade de prématuros era quase 100%, sobrevivi, mas fui uma criança muito doente na primeira infância e por ficar muito na cama, minha mãe sempre me oferecia livros infantis com muitas ilustrações, que depois descobri, eram os clássicos adaptados para crianças: Dom Quixote, As Viagens de Gulliver, o Barão de Münchhausen.
Mais adiante, aos cinco anos, fui alfabetizado pelo meu avô materno no \\\"método\\\" que eu chamo de \\\"PEDAGOGIA DO AFETO\\\", provavelmente foi o que fez me apaixonar pelo encanto das palavras encantadas, mas antes, estrategicamente, ele me presenteou com a coleção ( 12 volumes ) das \\\"HISTÓRIAS DO VOVÔ FELÍCIO\\\", pra aguçar meu \\\"desejo de leitura\\\".
A partir daí passei a ler de tudo inclusive quadrinhos que tios avós me davam (do lado do meu pai, \\\"Pererê\\\" do Ziraldo e da minha mãe \\\"Turma do Franginha\\\" do Mauricio de Sousa, que mais tarde viraria \\\"Turma da Monica\\\", no suplemento juvenil da Correio da Manhã) e acredito que por isso, comecei a tentar \\\"escrever\\\" muito cedo.
Ainda no primário, havia um projeto de leitura que julgo muito importante na minha formação, onde as crianças interessadas iam à tarde para sala de leitura onde era lido, em voz alta, por cada um de nós, tudo do Monteiro Lobato, eu amava. Nesse periodo também surgem pra mim os livros de aventura, Mob Dicky; Tom Sawyer; Huckleberry Finn, Jules Verne e o cinema.
No ginasial (1967/1970) indicado pela professora de LP e Literatura, li, entre outros livros clássicos nacionais (Ubirajara, Dom Casmurro, O Cortiço, A Moreninha, Memória de um Sargento de Milicias, Iracema, Quincas Borba etc.leitura obrigatória), \\\"O Diário de Dany\\\", lançado em 1965 e que foi um sucesso entre o conservadorismo da época (a ditadura dos milicos assassinos engatinhava, não nos esqueçamos), seu autor, Michel Quoist, um presbítero e escritor reacionário francês. Claro, desconhecendo o complô reacionário e toda manipulação que estava por trás do \\\"inocente\\\" livro, embarquei completamente no delírio e iniciei também meu diário, foi minha primeira experiência literária e minha primeira frustração, o \\\"brilhantismo\\\" de Dany (que na verdade não era um menino da minha idade, como me fizeram acreditar) era inalcançável ... em paralelo, escrevia \\\"poesia\\\" para possiveis canções, em função dos festivais da canção, das aulas de música e do grêmio aos sábados, que trocava com um outro colega que realmente virou poeta.
Aí, 1969, surge O PASQUIM (um divisor de águas) e em 70 fiquei em segundo lugar (em todo estado da Guanabara) num concurso literário promovido pelo jornal O GLOBO e a livraria Argentina El Ateneu e aquilo foi uma epifania. Todos estes fatosligadis a educação formal e não formal, contribuíram para minha transcendência.
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