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Por: Museu da Pessoa, 5 de setembro de 2005

Os caminhos internos e externos de Maria Lúcia

Esta história contém:

Os caminhos internos e externos de Maria Lúcia

P/1- Bom, antes de mais nada, boa tarde.R- Boa tarde.P/1- Obrigada por estar aqui com a gente, por ter disponibilizado algumas horinhas, aí, do seu dia, pra gente te ouvir. Eu queria que você começasse dizendo, assim, seu nome completo, a data e o local do seu nascimento.R- Bom, meu nome é Maria Lucia Braz de Aguilera, antes era Maria Lucia Vieira Braz. Eu nasci em Porciúncula, uma cidadezinha do norte do Estado do Rio, no dia 28 de janeiro de 1944, um pouco antes de terminar a Segunda Guerra.P/1- E o nome dos seus pais e avós?R- Bom, o nome do pai é (Nírio?) Coutinho Braz e o nome da mãe é Néia Lanes Viera Braz. O pai do meu pai, João Francisco Braz, era conhecidíssimo na região porque foi a primeira pessoa que, na época da Guerra, construiu uma usina. Foi a maior usina do Estado do Rio de algodão e processamento de cereais, arroz... E, então, ele é super conhecido naquelas redondezas, muito respeitado. E foi uma figura, assim, de importância bem grande. Era uma pessoa ótima. Eu tenho lembranças imensas do meu avô. É uma pessoa muito grande pra mim. O meu avô materno era daqueles coronéis, né? Então, lá naquela época, quando eu era muito criança, era muito engraçado porque todo mundo, assim, decidia quem, a vida das pessoas. Então, tinha reunião dos coronéis nas fazendas. E às vezes eu acordava, era criança, acordava três horas da tar... da noite e via o pessoal chegando com aqueles lampiões, sabe? E o pessoal a cavalo pra decidir as coisas sobre a política. Então, a política era feita ali, na sala das fazendas. E eu achava aquilo, assim, muito interessante. Uma das melhores lembranças que eu tenho da minha vida. Isso acontecia do lado da minha mãe. Então, meu avô paterno era uma pessoa muito influente na política da região. Então, governadores. Todo mundo que era eleito, a gente já sabia até quem ia ganhar. Quer dizer, hoje eu vejo isso sendo mais velha, né? Mas naquela época, era voto de cabresto,...

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Dados de acervo

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Projeto Memória Unimed-Rio(Memória)

Realização Instituto Museu da Pessoa

Entrevista de Maria Lucia Braz de Aguilera

Entrevistada por Carla Vidal e Roberta Gonçalves

Rio de Janeiro, 05 de setembro de 2005

Código: UMRJ_HV013

Transcrito por Anabela Almeida Costa e Santos

Revisado por Maria Gabriela Verga Arriero

P/1- Bom, antes de mais nada, boa tarde.

R- Boa tarde.

P/1- Obrigada por estar aqui com a gente, por ter disponibilizado algumas horinhas, aí, do seu dia, pra gente te ouvir. Eu queria que você começasse dizendo, assim, seu nome completo, a data e o local do seu nascimento.

R- Bom, meu nome é Maria Lucia Braz de Aguilera, antes era Maria Lucia Vieira Braz. Eu nasci em Porciúncula, uma cidadezinha do norte do Estado do Rio, no dia 28 de janeiro de 1944, um pouco antes de terminar a Segunda Guerra.

P/1- E o nome dos seus pais e avós?

R- Bom, o nome do pai é (Nírio?) Coutinho Braz e o nome da mãe é Néia Lanes Viera Braz. O pai do meu pai, João Francisco Braz, era conhecidíssimo na região porque foi a primeira pessoa que, na época da Guerra, construiu uma usina. Foi a maior usina do Estado do Rio de algodão e processamento de cereais, arroz... E, então, ele é super conhecido naquelas redondezas, muito respeitado. E foi uma figura, assim, de importância bem grande. Era uma pessoa ótima. Eu tenho lembranças imensas do meu avô. É uma pessoa muito grande pra mim. O meu avô materno era daqueles coronéis, né? Então, lá naquela época, quando eu era muito criança, era muito engraçado porque todo mundo, assim, decidia quem, a vida das pessoas. Então, tinha reunião dos coronéis nas fazendas. E às vezes eu acordava, era criança, acordava três horas da tar... da noite e via o pessoal chegando com aqueles lampiões, sabe? E o pessoal a cavalo pra decidir as coisas sobre a política. Então, a política era feita ali, na sala das fazendas. E eu achava aquilo, assim, muito interessante. Uma das melhores lembranças que eu tenho...

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