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Por: Angelo Brás Fernandes Callou, 26 de abril de 2020

A Terra Treme

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A Terra Treme

A Terra Treme

Por Angelo Brás Fernandes Callou

Se o cinema é uma forma de conhecimento, como sugere Marc Vernet, Luchino Visconti (1906-1976) é um grande mestre. Todos os admiradores da sétima arte têm predileção por algum dos 17 filmes de ficção deste diretor italiano, projetados na história do cinema mundial.

Há os que se curvam à fase neorrealista do cineasta, isto é, a uma estética cinematográfica marcada por um realismo social à flor da pele, pelo desalento e dor, com mesclas de esperança, em geral inglórias. Numa chave ideológica, portanto, que contraria frontalmente a estética fascista do herói, do mito, da grande arte nacional heroica, tão recorrente no Brasil de agora, no governo, nas instituições, entre os artistas, entre os colegas de profissão, na via pública, no seio familiar. Nesta vertente está o emblemático Obsessão (1943) - pioneiro, por assim dizer, do neorrealismo no cinema italiano -, A Terra Treme (1948), Belíssima(1951) e, em certa medida, Rocco e seus Irmãos (1960).

Outros admiradores se prendem à chamada fase decadentista de Visconti, caracterizada, entre outros aspectos, como se refere Luciana Costa, pela emergência do mau, em detrimento do bem, pela descrença nas instituições e no próprio homem, abrindo as comportas, penso eu, para a solidão, o desvario e a depressão. São obras-primas dessa fase O Leopardo (1963), Os Deuses Malditos (1969), Morte em Veneza (1971), Violência e Paixão (1974). Há, ainda, os que são aficionados por toda a filmografia do diretor milanês. Vejo-me entre eles.

Com algum esforço, consigo uma vaga no curso Luchino Visconti, do Neorrealismo ao Decadentismo, promovido pelo Cinesesc Augusta, São Paulo, ano passado, sob a responsabilidade do professor e crítico de cinema Fernando Brito. Oportunidade rara, porque coincide com a Retensorospectiva Luchino Visconti, cujos filmes projetados vieram diretamente da Cinemateca Italiana para a tela do Cinesesc....

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