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Por: Museu da Pessoa, 4 de março de 2005

Nelson Pereira dos Santos

Esta história contém:

Nelson Pereira dos Santos

Vídeo

IDENTIFICAÇÃO

Nelson Pereira dos Santos, eu nasci em São Paulo, em 22 de outubro de 1928.

FAMÍLIA

Meu pai era Antonio Pereira dos Santos. Meus avós paternos eu não conheci, mas sei que um deles, o meu avô paterno, era José Pereira dos Santos. Os avós maternos eu conheci: o meu avô era José também, Pançoldo Binari, era italiano do Veneto, e minha avó, Rosa Tosetto Binari. Meu pai era alfaiate e minha mãe era a companheira do alfaiate. A profissão dela, como se dizia, era ser mãe. Meu avô materno, o italiano, também era alfaiate. Os avós paternos eu não conheci. O meu pai ficou órfão com 12 anos de idade, órfão de pai e mãe. Então, provavelmente esse lado da família é completamente desconhecido. Tenho três irmãos, o mais velho já falecido.

INFÂNCIA

Bairro

Eu nasci no Brás. Eu sou o caçula. Dessa parte do Brás eu lembro muito vagamente. Logo em seguida, quando eu tinha dois ou três anos, mudamos para o Bexiga, onde passei a minha infância e o começo da adolescência. O Bexiga daquela época era como o Brás também, tinha uma presença italiana muito forte. No Brás tinha os italianos do Norte, que eram do Veneto. E no Bexiga eram os italianos do Sul: napolitanos, calabreses, sicilianos etc. E, como no Brasil, há uma relação muito parecida com a de nordestino versus sulista. Tinha muita afinidade e muita rivalidade.

Futebol

[A rivalidade era vista] no dia-a-dia, na relação de futebol principalmente. Futebol e política – em segundo lugar política, primeiro vinha o futebol. Então, em São Paulo, por exemplo, os times de futebol eram mais ligados à origem étnica de cada um. O Palmeiras era o time dos italianos, chamava Palestra-Itália. O Corinthians era o time dos espanhóis e afins. O São Paulo Futebol Clube era o time que tinha se originado do time paulistano, que era o time da elite, mas que ficou sendo o time mais popular e, portanto, o que tinha mais torcida. Mas com o tempo...

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Dados de acervo

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P/1 – Boa tarde!

R – Boa tarde.

P/1 – Queria começar pedido que o Senhor nos fale o seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Nelson Pereira dos Santos, eu nasci em São Paulo, em 22 de outubro de 1928.

P/2 – O Senhor pode falar para a gente o nome dos seus pais e avós?

R – Meu pai, Antonio Pereira dos Santos, meus avós paternos eu não conheci, mas eu sei que um deles, o meu avô paterno era José Pereira dos Santos e os avós maternos eu conheci: o meu avô era José também, Toseto Binari, era italiano do Veneto e minha avó Rosa Toseto Binário.

P/2 – O Senhor pode falar para a gente a atividade dos seus pais?

R – Meu pai era alfaiate, minha mãe, a companheira do alfaiate, profissionário como disse era ser mãe, né ? Meu avô materno, o italiano, também alfaiate.

P/2 – E os paternos o Senhor não conheceu muito?

R – Não conheci. O meu pai ficou órfão com 12 anos de idade, órfão de pai e mãe, então, provavelmente esse lado da família é um lado completamente desconhecido, né?

P/2 – E o Senhor tem irmãos?

R – Tenho três irmãos. Um falecido, o mais velho.

P/2 – E o Senhor nasceu em que lugar de São Paulo?

R – Eu nasci no Braz.

P/2 – E o Senhor pode contar para a gente um pouquinho como que foi a infância lá, com esses três irmãos?

R – Pois é, eu sou o caçula, né? Então, essa parte do Braz eu lembro muito vagamente. Logo em seguida, quando eu tinha 2 ou 3 anos, mudamos para o Bexiga, onde eu passei a minha infância e o começo da adolescência.

P/2 – Como que foi um pouco essa infância, conta para a gente como que era o Bexiga naquela época?

R – O Bexiga daquela época era como o Braz também, tinha uma presença italiana muito forte. No Braz tinham os italianos do Norte, não é, que era do Veneto, enfim... E lá no Bexiga eram os italianos do Sul, napolitanos, calabreses, sicilianos etc. E como pouco no Brasil, há uma relação muito parecida, nordestino versus...

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