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Por: Ricardo França de Gusmão, 15 de fevereiro de 2024

A PROFESSORA INQUISIDORA

Esta história contém:

DEPOIMENTO RFG (Memória)

.

PROFESSORA OU BANDIDA, EIS A QUESTÃO

(Reconstituição de um crime dentro de sala de aula)

RICARDO FRANÇA DE GUSMÃO

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Eu era aluno da antiga 5ª série ginasial quando este episódio aconteceu. A professora passou um dever de casa após apresentar em aula a música Rosa de Hiroshima, dos Secos e Molhados, letra de Vinícus de Moraes. Eu tinha 9 anos. nada sabia da vida, mas, por ter uma infância conturbada, familiar, comecei a escrever poesia aos 8 anos de idade. A poesia sempre foi a minha \\\'janela.

Mais tarde, me formei em jornalismo e conquistei 3 prêmios de reportagens de direitos humanos (Dois desses prêmios foram internacionais: Sociedade Interamericana de Imprensa-SIP e Mercosul; e o terceiro de dimensão nacional). A reportagem que ganhou o prêmio da SIP denunciou o tráfico de drogas em escolas do Rio de Janeiro, entre outros temas de segurança pública

Vejam o que essa professora fez comigo. Praticamente me deu ‘voz de prisão’ em sala de aula, após eu entregar o ‘dever de casa’. Escrevi um ‘poeminha’ sobre o barquinho Agapito, personagem criado por Walt Disney. Ela disse que era plágio, me tomou o poema, o arrancando a folha do meu caderno. E disse – comigo de pé, na frente da turma - que iria “pesquisar”, pois “plágio dá cadeia, sabia?”.

Anos depois, quando eu cursava jornalismo na Universidade Gama Filho, aqui no Rio de Janeiro, a encontrei no pátio da universidade. Ela fazia Direito. Acho que tinha uma certa psicopatia. Foi a minha vez de enquadrá-la. O que ela fez, hoje, sob a visão do estatuto da criança e do adolescente (ECA), é crime. E isso sim, dá cadeia.

E, naquele momento, enfim, eu estava falando não com uma estudante de Direito ou professora de português. mas com uma \\\'bandida\\\', que, por pouco, não conseguiu destruir a carreira/vida de um menino que escrevia poesia.

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A PROFESSORA INQUISIDORA, A ROSA DE HIROSHIMA E O POEMA DO BARQUINHO...

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