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Personagem: Celia Tilkian
Por: Museu da Pessoa, 3 de novembro de 2010

Um projeto pedagógico e político

Esta história contém:

Um projeto pedagógico e político

P/1 – Celia, bom dia. Obrigada por você ter vindo até nós para fazermos a coleta do seu depoimento. Eu vou fazer algumas perguntas que você já nos respondeu, mas é só pra deixar registrado, tá? Qual o seu nome, local e data de nascimento?

R – Meu nome Celia Tilkian, nasci em São Paulo em 10 de junho de 1948. Isso não valia contar (risos).

P/1 – O nome dos seus pais e qual a atividade profissional deles?

R – Meu pai é Roupen Tilkian, ele era industrial, e a minha mãe, Alcina Tilkian, era do lar (risos), prendas domésticas, nem sei como fala isso.

P/1 – E você sabe onde eles nasceram?

R – Então, nos documentos deles, consta que meu pai nasceu em Istambul e a minha mãe em Damasco. Mas como eles são fugitivos do genocídio armênio, a gente nunca sabe muito bem, né?

P/1 – Você sabe o nome dos seus avós?

R – Ah, sei, eu convivi com os meus avós. Os nomes que foram abrasileirados, o meu avô, pai da minha mãe, chamava Gregório, ele era dentista e exerceu a função aqui no Brasil durante muitos anos. A minha avó chamava Suzana. E os pais do meu pai, meu avô não chegou a vir pro Brasil, ele chamava Antônio, ele faleceu antes de vir pro Brasil e a minha avó chamava Maria. E depois de um certo tempo que eles chegaram aqui no Brasil, essa minha avó foi morar em Campinas, onde ficava a indústria do meu pai. Então, nós tínhamos um núcleo familiar em Campinas, que está lá até hoje, e outro núcleo aqui em São Paulo.

P/1 – Celia, vamos voltar um pouquinho. Você nos contou que seus pais e avós eram fugitivos do genocídio armênio. Eles comentavam alguma coisa de como foi esse processo, de como eles conseguiram fugir? Eles falavam pra você a respeito disso?

R – Então, você sabe que isso é uma coisa interessante? Eu estava até comentando com a Márcia no carro, eu não sei se a dor da fuga é uma coisa tão grande que eles não gostavam muito de falar sobre o...

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Dados de acervo

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Projeto Educação para o Mundo

Memória dos 30 anos da Escola Cidade Jardim/PlayPen

Entrevista de Celia Tilkian

Entrevistada por Márcia Ruiz e Camila Prado

São Paulo, 03 de novembro de 2010

Realização Museu da Pessoa

Entrevista MECJ_HV001

Transcrito por Karina Medici Barrella

Revisado por Bruna Ghirardello

P/1 – Celia, bom dia. Obrigada por você ter vindo até nós para fazermos a coleta do seu depoimento. Eu vou fazer algumas perguntas que você já nos respondeu, mas é só pra deixar registrado, tá? Qual o seu nome, local e data de nascimento?

R – Meu nome Celia Tilkian, nasci em São Paulo em 10 de junho de 1948. Isso não valia contar (risos).

P/1 – O nome dos seus pais e qual a atividade profissional deles?

R – Meu pai é Roupen Tilkian, ele era industrial, e a minha mãe, Alcina Tilkian, era do lar (risos), prendas domésticas, nem sei como fala isso.

P/1 – E você sabe onde eles nasceram?

R – Então, nos documentos deles, consta que meu pai nasceu em Istambul e a minha mãe em Damasco. Mas como eles são fugitivos do genocídio armênio, a gente nunca sabe muito bem, né?

P/1 – Você sabe o nome dos seus avós?

R – Ah, sei, eu convivi com os meus avós. Os nomes que foram abrasileirados, o meu avô, pai da minha mãe, chamava Gregório, ele era dentista e exerceu a função aqui no Brasil durante muitos anos. A minha avó chamava Suzana. E os pais do meu pai, meu avô não chegou a vir pro Brasil, ele chamava Antônio, ele faleceu antes de vir pro Brasil e a minha avó chamava Maria. E depois de um certo tempo que eles chegaram aqui no Brasil, essa minha avó foi morar em Campinas, onde ficava a indústria do meu pai. Então, nós tínhamos um núcleo familiar em Campinas, que está lá até hoje, e outro núcleo aqui em São Paulo.

P/1 – Celia, vamos voltar um pouquinho. Você nos contou que seus pais e avós eram fugitivos do genocídio armênio. Eles comentavam alguma coisa de como foi esse processo, de como eles...

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