(...) Quando eu vim de Portugália, eu trabalhava no hospital, pegava o ônibus, saltava no elevador, eu subia e descia, pegava aqui embaixo. Eu pegava dois ônibus… dois para ir, dois para voltar. E lá no Vasco da Gama, que eu morei no Vasco da Gama uma temporada, foi quando eu trabalhava aqui, e em Maçaranduba e chovia de noite. (...) Eu trabalhava aqui e pegava os ônibus tarde da noite. E chovia (...) Chovia de noite. E eu digo: “- Ih, sabe de uma coisa? Eu vou arranjar uma casa para eu morar aqui embaixo”. Padre Gardenal disse: “- Procure a casa pra a gente comprar”. Aí eu saí procurando. Em Maçaranduba olhei duas e não gostei. Não tinha saída, era um beco, não gostei. Aqui morava uns padre americano, jesuíta americano e eu digo: “ - Vou aí procurar nos Alagados.” Aí, quando foi um dia, o padre jesuíta disse assim para mim: “- Rapaz, você trabalha tão longe daqui, não nos custa nada. Nós vamos indo embora e deixamos essa casa pra vocês”. (...) Os padre americano iam embora e disse: “- Tem essa casinha aqui...” Ai era uma casinha baixinha, lá na frente (…) Ai eu dei entrada, naquela época era de 3 mil… pagamos 7… Aí eu fui trabalhar com os jesuítas. (...) Você sabe que ainda tem esse recibo guardado? Eu morei uns 2 anos na casinha baixinha de taipa. E esses jesuítas quando moravam aqui, eu trabalhava no centro depois ia pro hospital. Eu sentava pra almoçar mais eles. Eles compravam cachaça, cachaça Pitu… cachaça Saborosa… destilada… todo o tipo de cachaça. Botava na mesa, batia um limão. Botava cachaça com limão e dizia: “- Uísque americano!” (risada). Quem visita o alambique sente o cheiro. Davam um copinho desse tamainho pra você experimentar a cachaça. Mas bebia cachaça lá em casa! Me mudei pro barraco...Eu cheguei aqui em 70, vim de lá de Vasco da Gama, quando foi no 73 eu comecei a construir. Me...
Continuar leitura
(...) Quando eu vim de Portugália, eu trabalhava no hospital, pegava o ônibus, saltava no elevador, eu subia e descia, pegava aqui embaixo. Eu pegava dois ônibus… dois para ir, dois para voltar. E lá no Vasco da Gama, que eu morei no Vasco da Gama uma temporada, foi quando eu trabalhava aqui, e em Maçaranduba e chovia de noite. (...) Eu trabalhava aqui e pegava os ônibus tarde da noite. E chovia (...) Chovia de noite. E eu digo: “- Ih, sabe de uma coisa? Eu vou arranjar uma casa para eu morar aqui embaixo”. Padre Gardenal disse: “- Procure a casa pra a gente comprar”. Aí eu saí procurando. Em Maçaranduba olhei duas e não gostei. Não tinha saída, era um beco, não gostei. Aqui morava uns padre americano, jesuíta americano e eu digo: “ - Vou aí procurar nos Alagados.” Aí, quando foi um dia, o padre jesuíta disse assim para mim: “- Rapaz, você trabalha tão longe daqui, não nos custa nada. Nós vamos indo embora e deixamos essa casa pra vocês”. (...) Os padre americano iam embora e disse: “- Tem essa casinha aqui...” Ai era uma casinha baixinha, lá na frente (…) Ai eu dei entrada, naquela época era de 3 mil… pagamos 7… Aí eu fui trabalhar com os jesuítas. (...) Você sabe que ainda tem esse recibo guardado? Eu morei uns 2 anos na casinha baixinha de taipa. E esses jesuítas quando moravam aqui, eu trabalhava no centro depois ia pro hospital. Eu sentava pra almoçar mais eles. Eles compravam cachaça, cachaça Pitu… cachaça Saborosa… destilada… todo o tipo de cachaça. Botava na mesa, batia um limão. Botava cachaça com limão e dizia: “- Uísque americano!” (risada). Quem visita o alambique sente o cheiro. Davam um copinho desse tamainho pra você experimentar a cachaça. Mas bebia cachaça lá em casa! Me mudei pro barraco...Eu cheguei aqui em 70, vim de lá de Vasco da Gama, quando foi no 73 eu comecei a construir. Me mudei pro barraquinho aqui. Aí comecei a construir.
Recolher