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Por: Museu da Pessoa, 31 de maio de 2014

A luta pelo reconhecimento

Esta história contém:

A luta pelo reconhecimento

Vídeo

Meu nome é Valdenice Fernandes de Moraes, eu nasci em Morada Nova (CE) no dia 13/10/54. O nome do meu pai é João José Fernandes e da minha mãe Delzuite Lopes de Souza. Meu pai era da Polícia e vivia destacado de cidade em cidade. Às vezes, ele passava era cinco meses num canto e a minha mãe ficava gestante e na cidade que chegava ela paria os filhos. Quando a minha mãe me teve em Morada Nova, meu pai veio pra Fortaleza, pro quartel. Ele deixou a família em Caucaia, Garrote. Eu cheguei com idade de quatro anos aqui. A nossa casa era de taipa. E já tinha os 13 irmãos. De quinze só ficaram quatro. Quatro filhas.

Nossa infância era muito boa. A gente ia pras moitinhas, brincava com boneca de pano, quem fazia era a minha mãe. Brincava de ciranda. Hoje em dia não tem mais. Tinha uma senhora de idade que ela ensinava o ABC em casa, mas cheguei a ir pra escola. A professora não tinha ganho, ela ensinava voluntário, porque gostava de educar mesmo, pro desenvolvimento das crianças, pra saber ler, escrever, ter mais conhecimento. Eu fiz até o terceiro ano. Eu parei, não queria estudar, eu queria era ajudar a criar os meus irmãos que foi o tempo quando a minha mãe morreu. Eu era pequena. Ficou tudo só pelas nossas mãos e do papai.

Ele chegou a se juntar com uma prima do meu esposo, pai dos meus filhos. Eram primos, ele e a minha madrasta, passaram 15 anos juntos depois se casaram. Ele já tinha família com ela, quatros filho também. No início foi muito bom, mas, depois, não foi bom, não. Porque ninguém se dava muito. Porque quando se fala de primeira e segunda família não tem mais aquela união. Nós já não tinha mais o direito como os novos, a segunda achava que tinha mais poder. Ele se aposentou cedo, após um acidente com ele, uma virada de um transporte quando ele tava sendo transferido de um lugar pra outro, aí ele ficou com uma fratura na bacia. Ele gostava muito era de pescar e caçar. Na época tinha camarão, tinha siri,...

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Família

Dados da imagem Família de D. Valdelice em frente da casa atual. Valdelice, Valdênia (neta), Maria (filha), Júnio (filho), Jonas (filho falecido), e José Freire (sogro).

Período:
Ano 1990

Local:
Brasil / Ceará / Matões - Caucaia

Imagem de:
Valdelice Fernandes de Moraes

História:
A luta pelo reconhecimento

Crédito:
Álbum de família

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
casa, filhos, matões, netos

Família de D. Valdelice em frente da casa atual. Valdelice, Valdênia (neta), Maria (filha), Júnio (filho), Jonas (filho falecido), e José Freire (sogro).

Reforma da casa

Dados da imagem D. Valdelice com o marido em frente em casa em reformas. O dinheiro da reforma veio da indenização recebida pelo atropelamento e morte do filho.

Período:
Ano 1999

Local:
Brasil / Ceará / Matões - Caucaia

Imagem de:
Valdelice Fernandes de Moraes

História:
A luta pelo reconhecimento

Crédito:
Álbum de família

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
casa, indenização, reforma

D. Valdelice com o marido em frente em casa em reformas. O dinheiro da reforma veio da indenização recebida pelo atropelamento e morte do filho.

Período:
Ano 1998

Local:
Brasil / Ceará / Matões - Caucaia

Imagem de:
Valdelice Fernandes de Moraes

História:
A luta pelo reconhecimento

Crédito:
Álbum de família

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
casa, felicidade, neta

D. Valdelice com as netas, Valdênia e Valéria, na parte da sua casa.

Passeio

Dados da imagem D. Valdelice e seu marido foram à Barra do Cauípe comprar peixe para a família.

Período:
Ano 1994

Local:
Brasil / Ceará / Barra Do Cauípe

Imagem de:
Valdelice Fernandes de Moraes

História:
A luta pelo reconhecimento

Crédito:
Álbum de família

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
casal, passeio, barra do cauípe

D. Valdelice e seu marido foram à Barra do Cauípe comprar peixe para a família.

Aniversário da filha

Dados da imagem Aniversário de 24 anos da filha, Maria Adélia . D. Valdelice, Vanessa (neta) e Maria Adélia.

Período:
Ano 2000

Local:
Brasil / Ceará / Matões - Caucaia

Imagem de:
Valdelice Fernandes de Moraes

História:
A luta pelo reconhecimento

Crédito:
Álbum de família

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
festa de aniversario, neta, filha, alegria

Aniversário de 24 anos da filha, Maria Adélia . D. Valdelice, Vanessa (neta) e Maria Adélia.

Período:
Ano 1996

Local:
Brasil / Ceará / Matões - Caucaia

Imagem de:
Valdelice Fernandes de Moraes

História:
A luta pelo reconhecimento

Crédito:
Álbum de família

Tipo:
Fotografia

Palavras-chave:
horta, matões

Horta de D. Valdelice.

Dados de acervo

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Projeto CSP

Depoimento de Valdenice Fernandes de Moraes

Entrevistada por Eliete Pereira

Sítio Cercadão, Caucaia, Ceará 31/05/2014

Realização Museu da Pessoa

CSP_HV009_Valdenice Fernandes de Moraes

Transcrito por Cristiane Costa

P/1 – Dona Valdenice, pra gente começar (interrupção), eu gostaria que a senhora me dissesse o nome completo da senhora.

R – Meu nome Valdenice Fernandes de Moraes.

P/1 – Dona Valdenice, onde a senhora nasceu?

R – Eu nasci em Morada Nova.

P/1 – Morada Nova é um município ou é o nome de uma comunidade?

R – É uma cidade.

P/1 – É uma cidade?

R – É.

P/1 – E a data do nascimento da senhora?

R – Nasci no dia 13/10/54.

P/1 – Tá. O nome dos pais da senhora?

R – O nome do meu pai é José... João José Fernandes.

P/1 – E da mãe da senhora?

R – Delzuite Lopes de Souza.

P/1 – Eles eram lá, de Nova Morada?

R – Não, não. Nessa época é porque o meu pai era da Polícia mas ele sempre era daqui mas vivia destacado de cidade em cidade, você sabe que quando passa a ser policial, nessa época, há muitos anos, né, não parava nas cidades. Ele, às vezes, o mais que ele passava era cinco meses num canto e a minha mãe ficava gestante e na cidade que chegava ela paria os filhos.

P/1 – E o pai da senhora era policial do estado?

R – Era.

P/1 – Do Ceará?

R – Era.

P/1 – E você lembra quantas cidades vocês chegaram a morar?

R – Rapaz, a minha mãe teve 15 filhos e cada filho que nasceu foi numa localidade, num lugar diferente.

P/1 – Tá. Você lembra, assim, dessas mudanças?

R – Eu, assim, depois de grandinha, eu não tenho, porque eu já fui das mais novas.

P/1 – Então vocês viajavam menos?

R – Era. Que quando eu cheguei, quando a minha mãe me teve em Morada Nova, meu pai veio pra Fortaleza, pro quartel, né? Aí, ele deixou a família em Caucaia, Garrote, né? Aí, então, eu cheguei com idade de quatro anos aqui.

P/1 – Aqui que seria Caucaia,...

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