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Personagem: Fernando Costa
Por: Museu da Pessoa, 25 de outubro de 2011

A galeria que quase morreu

Esta história contém:

A galeria que quase morreu

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“Em 1962, com a inauguração da Galeria Borba Gato, nós tivemos pela primeira vez ali no nosso perímetro, Campo Belo, Brooklin, Santo Amaro, um conceito de galeria minishopping. Não havia outra galeria desse nível, com lojas de requinte; ela foi a pioneira. Nessa época, a Ótica Boa Vista foi para lá e agregou esse público de alemães e suíços que moravam no Alto da Boa Vista. Isso foi muito bom. O problema é que a galeria parou no tempo. Ela fazia parte de um conjunto de lojas ali pelas quais você ainda pagava um aluguel mais barato, mas, por outro lado, ela estava um pouco antiquada. Um pouco não, muito. A mesma instalação que tinha sido feita em 1962 permanecia até 1988. E Santo Amaro também já tinha expandido por todos os lados, por todas as ruas, já não se limitava mais àquele pedaço. E aí o que aconteceu? Em 1995 eu assumi a Galeria como síndico. Eu queria cuidar da parte do visual: trocar piso, pintar, mudar a fachada. E outras coisas também: precisava fazer poço artesiano e, principalmente, iniciar as reformas hidráulica e elétrica. Nós formamos, então, uma equipe, reformamos a Galeria e conseguimos deixá-la mais bonita. Ou seja, hoje ela é muito mais conceituada do que era há alguns anos. Tudo estava bem, ela parecia ter renascido, mas aí apareceu outra ameaça: começou a correr um boato a respeito de desapropriação. Cada comerciante recebeu o comunicado de desapropriação do Metrô, com a data que você teria que esvaziar, entregar o prédio. E isso aconteceu não só com a Galeria, mas também com os outros imóveis ao redor. Com os supermercados, que era a antiga Companhia Santo Amaro de Automóveis, que se transformou no Supermercado Futurama; os bancos, Caixa Econômica Federal, Santander, Banespa, todo o comércio daquele quarteirão foi atingido por aquela ameaça. E esse foi o momento de reagir. No começo houve algumas manifestações políticas, porque a galeria já deveria ter sido tombada...

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P/1 – Bom, senhor Fernando, primeiramente muito obrigado pela sua participação. Para começar a entrevista eu gostaria que o senhor falasse pra gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Meu nome completo é Fernando Costa. Sou nascido em 12 de novembro de 1964 na Santa Casa de Santo Amaro.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – O nome do meu pai é Sílvio José da Costa e o da minha mãe é Ana Cóssia da Costa.

P/1 – E você tem irmãos?

R – Tenho, nós somos em cinco irmãos. Eu sou o último. São duas irmãs mais velhas e, na seqüência, três homens.

P/1 – E qual que era a profissão dos seus pais?

R – Meu pai era contador, funcionário público. E vindo praticamente do interior de Santo Amaro, que ali era o bairro de Engenheiro Marsilac, que ainda se chama assim Engenheiro Marsilac. Saiu dali aos 16 anos pra estudar em Santos; estudando em Santos foi fazendo a formação. Foi trabalhar no Porto, foi trabalhar com importação e exportação de café. Depois disso ele foi pra escola que antigamente chamava Escola de Formação. Não era Contabilidade, ela recebia um título e eles eram chamados de guarda-livros. Então, depois ele veio pra São Paulo, prestou concurso público e acabou sendo admitido pela Prefeitura de São Paulo, em Santo Amaro. Dai depois ele se casou, teve vinda a família. Mas ele era um funcionário público e trabalhou no segmento de contador. Dentro da Prefeitura ele era o Contador-Chefe lá na ocasião, até ele se aposentar.

P/1 – E a sua mãe?

R – A minha mãe era do lar. Naquela época, minha mãe casou em 1950, e os trabalhos que existiam eram mais trabalhos domésticos, principalmente para uma cultura como a cultura dela que os pais eram italianos, vindo da Itália mesmo. Trabalhavam com exploração de carvão e elas, quando pequenas, trabalhavam ali na embocadura dos sacos de carvão. Então, ela não teve muito estudo, minha mãe teve só até o quarto ano primário. E...

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