Nossa mãe completa este ano noventa e hum anos de existência bem vivida. Se Deus quiser irá chegar aos cem. Casou com nosso pai, Arnaldo Leite, com o qual gerou 07 filhos, Marinaldo, Milagres, Teresinha (falecida), Frassinete, Roberto, Assis e Fátima. O nosso pai há cinco anos foi a um chamado celestial e deixou nossa mâe, Maria Violeta Lula Leite com os filhos, todos já encaminhados.
Nossa flor, Viola como é intimamente chamada, apesar de já ter viajado bastante na estrada da vida, é uma pessoa incansável e incomparável, toda sua vida foi direcionada para a formação da família tendo como ingredientes o amor, a dedicação, a paciência, o enfrentamento das horas difíceis. Somos de uma geração que quando crianças ouvíamos cantigas de ninar, tomávamos leite ferrado, chá de cidreira, erva-doce, capim santo, lambedor de hortelã da folha grossa, enxofre.
Quando estávamos com sarna, povermina quando estávamos com vermes, melhorai quando a cabeça ou o dente estava doendo. Nossa roupa era lavada com sabão marrom, passada e engomada em ferro de carvão, camisas e vestidos costurados na maquina singer. Comíamos muito cuscuz de coco, feijão com toucinho, arroz doce, papa de maizena, isso sem falar nos doces de coco, jaca, goiaba, leite, jambo e tantos outros. - E quem fazia tudo isso? – Dona viola.
Era a fiscal das ordens do nosso pai que ao sair de casa ordenava que fôssemos estudar. Viola, nas horas de folga leu quase todos os clássicos da literatura brasileira. É portadora de uma caligrafia invejável. Durante muito tempo foi professora em uma escola municipal, situada no bairro dos Expedicionários, no turno noturno. Não lembramos de vê-la dando surra na filharada. Apenas uma vez seu filho mais velho (Marinaldo) levou um puxão de orelha, que até hoje tem uma orelha mais baixa do que a outra. O motivo deve ter sido muito grave. Esse mesmo zé da orelha puxada, na véspera de um carnaval, ganhou de viola, um boné e...
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Nossa mãe completa este ano noventa e hum anos de existência bem vivida. Se Deus quiser irá chegar aos cem. Casou com nosso pai, Arnaldo Leite, com o qual gerou 07 filhos, Marinaldo, Milagres, Teresinha (falecida), Frassinete, Roberto, Assis e Fátima. O nosso pai há cinco anos foi a um chamado celestial e deixou nossa mâe, Maria Violeta Lula Leite com os filhos, todos já encaminhados.
Nossa flor, Viola como é intimamente chamada, apesar de já ter viajado bastante na estrada da vida, é uma pessoa incansável e incomparável, toda sua vida foi direcionada para a formação da família tendo como ingredientes o amor, a dedicação, a paciência, o enfrentamento das horas difíceis. Somos de uma geração que quando crianças ouvíamos cantigas de ninar, tomávamos leite ferrado, chá de cidreira, erva-doce, capim santo, lambedor de hortelã da folha grossa, enxofre.
Quando estávamos com sarna, povermina quando estávamos com vermes, melhorai quando a cabeça ou o dente estava doendo. Nossa roupa era lavada com sabão marrom, passada e engomada em ferro de carvão, camisas e vestidos costurados na maquina singer. Comíamos muito cuscuz de coco, feijão com toucinho, arroz doce, papa de maizena, isso sem falar nos doces de coco, jaca, goiaba, leite, jambo e tantos outros. - E quem fazia tudo isso? – Dona viola.
Era a fiscal das ordens do nosso pai que ao sair de casa ordenava que fôssemos estudar. Viola, nas horas de folga leu quase todos os clássicos da literatura brasileira. É portadora de uma caligrafia invejável. Durante muito tempo foi professora em uma escola municipal, situada no bairro dos Expedicionários, no turno noturno. Não lembramos de vê-la dando surra na filharada. Apenas uma vez seu filho mais velho (Marinaldo) levou um puxão de orelha, que até hoje tem uma orelha mais baixa do que a outra. O motivo deve ter sido muito grave. Esse mesmo zé da orelha puxada, na véspera de um carnaval, ganhou de viola, um boné e uma camisa listrada. Os queixos inchados e a boca sem abrir direito não lhe permitiu o uso do presente. Papeira! Diagnosticou viola.
Toda mãe tem predileção por todos os filhos, mas não podemos negar que seu xodó é........(segredo de estado). Neste dia 28 de maio de 2012, nós, filhos da flor queremos externar lhe que a amamos de todo o coração, não temos palavras para agradecer-lhe por tudo que tem feito pela prole. Que nosso Deus na sua onipotência lhe conceda um centenário com saúde e a presença de todos os filhos, noras, genros, netos, e bisnetos. É flamenguista, gosta das canções de Chico Buarque de Holanda e não perde as novelas da globo e os filmes de Mister Been.
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