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Personagem: Sílvia Lipatin
Por: , 22 de outubro de 2020

A Dança da resiliência

Esta história contém:

A Dança da resiliência

Vídeo

Nasci no dia 14 de setembro de 1970, em Montevidéu, Uruguai. Comecei a dançar já muito cedo. Eu descobri que era isso que eu queria fazer, eu queria trabalhar com o corpo, todas essas mudanças físicas, essas transformações sempre foram muito perceptíveis, muito conscientes, do meu corpo, da minha posição, da minha forma de caminhar, de me locomover, de me posicionar no espaço. Quando eu tinha 15 anos eu já dançava numa academia, e um dia a dona da academia me disse “Silvia, eu acho que você leva jeito”. Ela tinha que viajar, ficou um tempo fora, e acabou me dando algumas turmas dela pra eu dar aula, para eu suplementar o lugar dela enquanto ela estivesse fora. E aí que eu me descobri. Descobri que era isso que eu amava, eu precisava mesmo era lidar com o corpo e lidar com gente. Não era só o corpo físico, mas o corpo emocional. E uma coisa que eu trago comigo, assim, é observar o outro, é perceber o outro através da sua imagem corporal. Eu decidi que queria fazer vestibular para Dança, para a Faculdade de Dança. Na época eu fiz a prévia, porque tinha uma prova prática, passei na prévia, mas o meu pai não me deixou fazer faculdade de dança, eu acabei fazendo vestibular para Engenharia Civil. Passei e fiz um ano da faculdade de Engenharia Civil. Mas o mais incrível é que uns meses após eu ter passado no vestibular da Engenharia Civil, eu tive um acidente de carro, eu fui atropelada e fiz uma lesão bem grave no joelho, tive que fazer uma cirurgia na época, tive que colocar pinos, parafusos no joelho. E de uma forma ou de outra aquilo me impulsionou a falar “não! Eu quero fazer dança mesmo”. Então quando chegou no final do primeiro semestre do curso de engenharia civil, eu estava me recuperando da cirurgia do joelho e falei “não! Eu vou fazer dança”. Eu também já trabalhava, continuava trabalhando com o sapateado. Na época foi muito incrível pra mim eu perceber como eu podia lidar...

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Dados de acervo

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Projeto Medley

Depoimento de Silvia Lipantin

Entrevistada por

Local

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Camila Inês Schmitt Rossi

P/1 – Você por favor, podia começar falando o seu nome completo, data e local de nascimento?

R – Claro! Bom dia! Me chamo Silvia Lipantin. Eu nasci no dia 14 de setembro de 1970, em Montevidéu, Uruguai.

P/1 – E qual o nome o nome dos teus pais?

R – Meu pai se chama Elias Lipantin Furmam e a minha mãe Rebeca

Beatriz Lipantin.

P/1 – E qual que é a origem da tua família?

R – É... a família do meu pai veio da Lituânia e a família da minha mãe veio da Polônia, um pouquinho antes da segunda guerra. Ambos chegaram no Uruguai e lá se conheceram.

P/1 – Ah, foram eles próprios que vieram não foram os teus avós...

R – Mentira, foram os meus avós! Os meus pais já nasceram no Uruguai.

P/1 – E você sabe alguma história dos seus avós?

R – É, na verdade os meus avós... por parte de pai, eles vieram antes da guerra e já vieram casados, tiveram quatro filhos no Uruguai, e o meu avô trabalhava com móveis, ele era marceneiro. Então, a minha infância inteira com relação aos meus avós por parte de pai, eu me lembro dessa questão de ter uma marcenaria, daquele cheiro de madeira né, de serragem, bem interessante. Os pais da minha mãe, os meus avós por parte de mãe, vieram da cidade de Lódz na Polônia, eles eu não conheci, mas eu sei que primeiramente eles chegaram em Buenos Aires. Meu avô trabalhava com relógios, arrumava relógios, concertava relógios, e acabaram vindo morar em Curitiba mais tarde, por conta que a minha tia – uma das filhas – acabou se casando com um curitibano. Então, eles acabaram se mudando pra Curitiba. Meu avô trabalhava com frangos em Curitiba.

P/1 – E teus pais? Eles faziam o que quando você era pequena?

R – Bom, o meu pai é formado em Arquitetura, então ele é arquiteto. Logo que nós chegamos no Brasil – porque eu nasci no Uruguai e vim...

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