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Por: Museu da Pessoa,

"Sonho que se sonha junto é realidade"

Esta história contém:

"Sonho que se sonha junto é realidade"

P/1 – Maneto, boa tarde.

R – Boa tarde.

P1 – Eu queria começar a entrevista perguntando o seu nome completo, data e local de nascimento.

R – É Valdemar de Oliveira Neto, dez de junho de 59. Nasci em Recife, Pernambuco.

P/1 – Maneto, você tem muitas recordações dessa sua infância no Recife... Você passou sua infância lá?

R – Toda infância lá, e “Maneto”, que é meu apelido, meu elemento mais forte de identidade, que é o meu nome, vem dos quintais do Recife, das brincadeiras com os irmãos. Meu avô era Valdemar de Oliveira, e eu Valdemar Neto, e o Valdemar Neto nos quintais virou Maneto, esse é o nome que eu trago comigo dos quintais do Recife, como parte da minha vida.

P/1 – E como era o Recife naquela época, anos 60?

R – Já era uma cidade de contrastes profundos. Depois ela foi crescendo e deteriorando, mas é uma cidade que ainda era possível você, vindo de uma família de elite, de classe média, conseguir viver na cidade sem ter consciência da pobreza. Eu acho que hoje isso não é possível no Recife de 53% de população abaixo da linha de pobreza, e com a violência transbordando, invadindo a casa das pessoas. Na época em que eu fui educado, era possível, sim, ser parte de uma elite, e foi assim que a gente foi educado, absolutamente protegidos, que vivia da casa pra escola, pro clube, pra casa da praia, pra chácara, pra granja, e você viver completamente inconsciente da situação da pobreza, mas ao mesmo tempo a pobreza estava ali, presente nos mangues, nas favelas, mas ela se dá de maneira muito menos conflitada como ela é hoje. É uma cidade, enfim, que tinha uma história cultural muito rica, e uma elite cultural muito produtiva, muito criativa. Eu tive uma infância de classe média, classe média alta, muito parte daquela elite, de uma elite cultural bastante criativa, interessante, e ao mesmo tempo no lugar em que tinha uma elite...

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Campanha Ashoka – História de mudança social

Depoimento de Valdemar de Oliveira Neto

Entrevista por ____________

Itatiba, 14/06/2005

Realização Museu da Pessoa

Código do depoimento: ASHOKA_CB004

Transcrito por Edson Osmar Rodrigues Arruda

Revisado por Ligia Furlan

P/1 – Maneto, boa tarde.

R – Boa tarde.

P1 – Eu queria começar a entrevista perguntando o seu nome completo, data e local de nascimento.

R – É Valdemar de Oliveira Neto, dez de junho de 59. Nasci em Recife, Pernambuco.

P/1 – Maneto, você tem muitas recordações dessa sua infância no Recife... Você passou sua infância lá?

R – Toda infância lá, e “Maneto”, que é meu apelido, meu elemento mais forte de identidade, que é o meu nome, vem dos quintais do Recife, das brincadeiras com os irmãos. Meu avô era Valdemar de Oliveira, e eu Valdemar Neto, e o Valdemar Neto nos quintais virou Maneto, esse é o nome que eu trago comigo dos quintais do Recife, como parte da minha vida.

P/1 – E como era o Recife naquela época, anos 60?

R – Já era uma cidade de contrastes profundos. Depois ela foi crescendo e deteriorando, mas é uma cidade que ainda era possível você, vindo de uma família de elite, de classe média, conseguir viver na cidade sem ter consciência da pobreza. Eu acho que hoje isso não é possível no Recife de 53% de população abaixo da linha de pobreza, e com a violência transbordando, invadindo a casa das pessoas. Na época em que eu fui educado, era possível, sim, ser parte de uma elite, e foi assim que a gente foi educado, absolutamente protegidos, que vivia da casa pra escola, pro clube, pra casa da praia, pra chácara, pra granja, e você viver completamente inconsciente da situação da pobreza, mas ao mesmo tempo a pobreza estava ali, presente nos mangues, nas favelas, mas ela se dá de maneira muito menos conflitada como ela é hoje. É uma cidade, enfim, que tinha uma história cultural muito rica, e uma elite cultural muito produtiva,...

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